sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Capítulo 05

 Love game


Quando nos demos conta de que só faltavam 2 dias pra viagem, nós percebemos que tínhamos uma missão: trocar dólares e libras por euros.
Eu mandaria alguém ir por mim se eu não tivesse com mais de mil libras no bolso. Mas também não creio que eu ficaria livre, porque os meninos arranjariam algum compromisso com a gravadora para deixar tudo sobre nós e Jimmy.
Nós marcamos de nos encontramos na cada de Chel, que tinha pedido desculpas a mim pelo surto no outro dia. Arrumei-me e fui, ouvindo meu iPod a todo volume, me lembrando de alguns acontecimentos das férias.

Flashback On

Nos reunimos às margens do Rio Tâmisa às 8 horas pra esperar o espetáculo de fogos que partiria do Parlamento. Estávamos sentados sobre uma mureta e um frio insuportável dominava a noite do dia 31 de dezembro.
Encolhi-me contra meus braços, na tentativa de me aquecer mais um pouco. Joe, que até então vinha bancando um cavalheiro desligado, passou seu braço esquerdo ao redor das minhas costas e me trouxe para mais perto, fazendo nossos joelhos se cruzarem. Perguntei a mim mesma se ele só estava fazendo isso porque os outros 4 casais estavam aninhados também.
Observei a garrafa de conhaque tremer na minha mão. Enchi meu copinho e virei uma dose, sentindo um calor aquecer a ponta dos meus dedos. Porém, não sabia se o calor era só pelo conhaque ou também um dos efeitos do perfume de Joseph.
Pouco a pouco, as pessoas iam chegando e preenchendo mais ainda o local. Pouco a pouco, eu e o resto da turma esvaziávamos mais uma garrafa de Conhaque, que era escondida sempre que um policial passava perto da gente.
Chegou a um ponto em que eu pude desenterrar minhas mãos de meus bolsos e esticar meus dedos. Comecei a fazer uma série de movimentos com eles, notando que Joe os encarava, curioso.
- O que tá tendo fazer? – ele indagou finalmente. Malditas luvas vagabundas que não aqueciam direito!
- Tentando manter meus dedos quentes e com circulação. – respondi, sorrindo sem mostrar os dentes. Jonas riu e botou sua mão sobre a minha, apertando-a levemente. Sorri e inclinei minha cabeça em sua direção, notando que ele mantinha um sorriso enviesado.
- Acho que nós devíamos ter trazido um colchão. – Joseph riu, apontando para Chelsea e James com a cabeça. Fiz um sinal negativo com a minha e ri de forma anasalada.
- Como eles conseguem ter tanto fogo? – pensei alto.
- A pergunta é como eles conseguem demonstrar tanto fogo? Eu tenho fogo praquilo tudo, mas acho desnecessário esses amassos em público. – levantei meu olhar mais uma vez, encarando sua feição séria, mas completamente provocante.
- Tem, é? – então eu ouvi minha voz indagar de forma charmosa. Oh-oh. Tarde demais para retirar o que eu disse. Vi Jonas tornar a me olhar nos olhos, mantendo seu lábio inferior entre os dentes, de um jeito atraente. O engraçado é que ele conseguia ser sexy sem ser vulgar; eu não conseguia, me sentia estranha.
- Duvida? – seus movimentos não esperaram por uma resposta minha, até porque ele sabia que os meios levariam àquele mesmo fim: o beijo.
Deixei que nossos lábios ressecados pelo frio se alisassem, numa competição para ver quem resistiria à provocação. Eu, obviamente, cedi meus lábios no momento em que percebi o que estava acontecendo novamente. Permiti que nossas línguas se tocassem lentamente, fazendo o mundo ao meu redor parar. Joguei minhas pernas por cima das de Joseph, nos aproximando mais. Suas mãos se encontravam encaixadas em meus cabelos, se movendo de acordo com meus movimentos.
Eu não pararia, se não fosse pelo pensamento que me invadiu.
- Isso porque você era contra dar uns beijos em público. – murmurei, ainda de olhos fechado, contra seus lábios. Abri meus olhos, encontrando seu sorriso branco e tímido à minha frente.
- Não me importo de ir contra os meus princípios essa noite. – ele me lançou uma piscadela, acompanhada de outro sorriso.

Flashback Off

Cheguei à casa dos Jonas em menos de 20 minutos perdida em pensamentos. A porta foi aberta por uma Selena saltitante. Notei que o cômodo estava preenchido por 8 cabeças. Faltava o Joseph, como sempre.
Ao passo em que eu adentrava a sala, ele ia descendo as escadas com uma camisa com decote em V e o cabelo desarrumado, inusitadamente charmoso, me lembrando de mais uma cena do ano novo.

Flashback On

Com um copo de plástico praticamente transbordando de champagne, brindei com o pessoal. Enquanto os fogos de artifício começavam a preencher o céu, caindo em cascatas reluzentes, eu bebericava o líquido e fazia os pedidos de sempre mentalmente.
Quero que tudo se resolva esse ano. E, foi pensando nisso, que olhei rapidamente para o semblante mal-iluminado de Joseph. Tornaria a olhar pra frente, se não fosse uma mão a me puxar pela cintura. Sorri instantaneamente, sem nem precisar olhar para cima para reconhecer a quem pertencia a mão.

- Sabe... – Jonas começou a falar. A queima de fogos havia acabado há um tempo, e agora nós 10 estávamos praticamente sozinhos em frente ao Palácio de Buckingham. Eu, que antes estava com as costas coladas ao muro, girei meu corpo na direção do de Joe. – Um passarinho fofoqueiro me contou hoje que uma menina chamada Demetria estava prestes a namorar. – enviesei um sorriso.
- Ah, é mesmo? Menina esperta essa. E quem é o felizardo? – perguntei, fingindo não saber do que se tratava.
- O passarinho falou que é um menino que anda pelas redondezas de Londres com sua banda. – Joseph mantinha uma expressão naturalmente encantadora.
- E ele é bonito? – indaguei, vendo-o tirar as mãos dos bolsos dianteiros da calça.
- Muito bonito, quase um príncipe. – ele riu suavemente, me fazendo acompanhá-lo. Dei um empurrãozinho de leve em sua barriga. – Pois é, e o plebeu, que se acha um príncipe, quer ficar de verdade com essa Demetria. – Jonas retraiu seu sorriso para falar.
- Que menina sortuda, não? – mordi meu lábio inferior, mantendo-o preso por um tempo, e encarando seus olhos encantadores.
- Demetria, você quer ser minha garota de sorte? – finalmente acabou a estória. Não contive um sorriso imenso e confirmei veemente com a cabeça. Sorrindo de igual forma, Joe se aproximou e me tomou em seus braços, selando o nosso, então, namoro.

Flashback Off

Os seguranças que mantinham a pose na porta da agência de turismo nos olharam de soslaio assim que saímos, os 10, da loja. Certo... não era estranho encontrar 10 pessoas juntas, mas 10 pessoas juntas falando alto e fazendo brincadeiras era.
E com o dinheiro devidamente trocado, fomos pra uma cafeteria que tinha ali perto.
Tirei meu sobretudo - fazia muito frio – assim que senti o bafo quente do aquecimento ao entrar no pequeno Café da esquina. Ocupamos um sofá e três cadeiras, já que Liam não pôde ir e os casais não se importavam de se espremer no sofá. Agora você imagina 6 pessoas num sofá de 3 lugares. Tenso.
“Can’t read my, can’t read my, no you can’t my poker face.” O celular de Joe começou a tocar subitamente, fazendo com que todos olhássemos pra ele.
- Lady GaGa? – Nick falou em meio a risadas. Jonas mostrou-lhe o dedo médio e atendeu.
- Joseph Jonas a seu dispor. – ele riu. Rolei os olhos, aproveitando para usar os cafés como um álibi pra não escutar a conversa. Rumei até o balcão, chamando o atendente mais rabugento de todos os quatro que trabalham ali, Ralf.
- Seis expressos, três capuccinos e nove donnuts. – ele anotou tudo num papel, resmungando “mais alguma coisa?” em seguida.
- Não, brigada. – forcei um sorriso simpático e girei meus calcanhares em direção ao sofá, desmanchando minha pseudo-felicidade ao ver que meu lugar estava ocupado. Marchei em passos firmes até a poltrona.
- Vaza, Jonas. – proferi sem emoção, vendo-o me ignorar. O telefone parecia tão interessante pra ele. - Vai rir com a piriguete em outro lugar. – novamente fui ignorada. Uma súbita onda de fúria subiu a minha cabeça e eu me decidi, por mais infantil que fosse, que eu tornaria a sentar naquela poltrona. E assim, determinada, me joguei em seu colo, causando espanto nas pessoas ali presentes. Dei de ombros, olhando por cima do meu ombro para o rosto de Joseph, que agora se despedia no telefone.
- Tá confortável aí? – ele perguntou com um tom de voz completamente sarcástico.
- Não muito, estaria mais se você não tivesse aqui. – ouvi minha voz rebater sem pestanejar.
- Pois eu não vou sair daqui. – rangi meus dentes. – Vai ligar pra mamãe? – mexi meu quadril sutilmente sobre suas pernas, o que o fez estremecer ligeiramente.
- Se eu continuar, vai ligar pra piriguete de novo ou vai pro banheiro? – indaguei no mesmo tom que ele havia usado.
- Tá com ciúmes? Quer ir pro banheiro comigo? – uma risada áspera foi adicionada ao fim da primeira pergunta. Gargalhei de forma forçada.
- Nunca, querido. Isso é parte dos seus sonhos. – então lancei-lhe uma piscadela, vendo-o fazer uma careta.
- Porque nos seus eu digo que te amo. – fechei meu punho com força, levantando em seguida.
- Você não disse isso. – murmurei entre meus dentes, observando suas feições alegres. Tirei uma das xícaras de café da bandeja do garçom que passava e joguei o conteúdo no colo de Joseph, vendo-o gritar em protesto. Arranquei meu sobretudo, que antes estava preso pelas costas de Joe, da poltrona. Tirei uma nota de cinco libras do bolso e joguei no colo de Selena, que, assim como os outros, observava a cena abismada. E em passos largos, saí da loja e atravessei a rua, deixando um idiota com as pernas quentes, e 7 jovens estarrecidos para trás.

2 comentários:

  1. meu deus, hahahahaha joseph mereceu essa!
    tava com saaaaaaaudades!
    Amo a sua fic de paixão <3
    posta logo
    beijocaaaas

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  2. Ameiiii oh meu deus é tão perfeito, amo tanto essa historia, posta mais por favor tá

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