sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Capítulo 09

  Revenge.
(n/a: bota pra carregar - Metric – Help, I’m alive )

No caminho, fui conversando com as meninas, que estavam igualmente lindas. Selena usava um vestido tubinho preto com meia calça preta e sapatos extremamente altos e vermelhos; Chel estava com um vestido tomara-que-caia de zebrinha com meia-calça vermelha e sapatos pretos; e Dani usava saia de cintura alta preta com uma blusa branca por baixo, também usava meia calça e ankle boots pretas.
Os meninos foram na frente, perguntando sobre mulheres e os estilo de vida noturno da cidade, o que eventualmente levava Nicholas e James a ganharem tapas.

A fila do lado de fora da boate me deixou com expectativas ainda mais altas, e eu comecei a imaginar como seria do lado de dentro. Seria espaçoso? Com sofás de estampas néon? Só pude constatar que não tinha imaginado um terço do que realmente era quando entrei. O ambiente era imenso, tinha luz baixa e muitas luzes néon brincando nas paredes espelhadas. O teto envidraçado do espaço onde havia sofás e mesas nos permitia dar uma olhada em algumas poucas estrelas que haviam decidido se exibir. Resolvemos preencher uma mesa enquanto havia algumas vagas. Saquei minha câmera e comecei a tirar fotos do local.
- Para de tirar fotos! – Matt brincou. – O único turista aqui sou eu! – ri, tirando uma foto com flash do rosto dele enquanto ele falava. Assim que a foto foi exibida na tela, comecei a rir.
- Você não é fotogênico. – comentei com ar zombeteiro. Matthew fez uma careta enquanto, disfarçadamente, se aproximava e sacava uma câmera de seu bolso, me dando o troco.
- Merda, você é. – fez outra careta.
- Sou demais! – me gabei, rindo. Notei que Chel e My queriam ir ao bar. – Vou com vocês! – gritei, largando minha câmera no sofá e andando até elas.

O DJ tocava um set de músicas pops e de hip-hop remixadas, tais como “Stereo Love” e “Telephone”. Após alguns drinks, eu já estava dançando até sob o som de assovios. Em alguns passos combinados no primeiro verso da música, eu, My e Selena fizemos uma coreografia para “Boom Boom Pow”, do Black Eyed Peas. Chelsea e Dani estavam muito ocupadas no sofá, se é que me entendem.
Sentia vários flashes enquanto dançávamos, ou fazíamos graça, como seja. Tentei tomar a câmera das mãos de Matt, mas fui cegada por outro flash, e acabei por cair em cima dele no sofá. É nisso que dá tentar pegar algo a força quando os pés já estão leves.
No entanto, não fiquei ruborizada pelo fato de que eu estava praticamente na posição da rã no meio de um lugar público – a quantidade de álcool que eu havia ingerido era tamanha que “vergonha” era uma palavra que tinha saído do meu dicionário. E, além do mais, não é como se fosse o fim do mundo eu cair bêbada em cima de alguém em um lugar escuro... isso acontece o tempo todo, não? É... não.
Como eu ainda estava consciente, me apressei em levantar, mas senti a mão do rapaz sobre o qual eu havia caído me puxar. Com o corpo levemente desgovernado, cedi ao lado que me puxava mais forte, e, nesse caso, a disputa foi entre o ar e a mão dele. Sentei-me ao lado de Matthew, e abruptamente nossos lábios foram unidos. Eu não pude deixar de retribuir o beijo, e também não é como se eu fosse deixar de ficar com ele porque meu ex estava no mesmo recinto. Devo comentar que o hálito de menta fresca de Matt incrementou ainda mais a sua pegada. E, porra, que pegada.
Suas mãos faziam minhas costas ficarem levemente arqueadas, e, devido a essa pressão para que ficássemos mais próximos, acabei deixando minhas pernas sobre as dele. Minhas mãos se revezavam entre pescoço, costas e cabelo, sempre passando a unha levemente quando os drinks já tomados me permitiam lembrar de não ficar concentrada só no beijo.
Matt apertou minha coxa com uma das mãos, enquanto os dedos da outra se emaranhavam em meu cabelo e davam um leve puxãozinho. Aproveitei para mordiscar seu lábio inferior, adicionando um leve sorriso. Eu podia sentir fortes ondas de calor subindo pelo meu corpo, e eu sabia que uma hora elas teriam que parar.
Interrompi o beijo com a desculpa de que precisava ir ao banheiro. Levantei-me rapidamente, e puxei Selena pela mão, quisesse ela ir comigo ou não. Pra comentar certas coisas, eu preferia ir com ela.
Passamos no meio da multidão de pessoas dançando loucamente para não sermos pisoteadas, chegando rapidamente ao banheiro, que, estranhamente, estava vazio. Na Inglaterra, os banheiros eram lotados de pessoas tentando se olhar, arrumar cabelo, isso e aquilo. Selena entrou numa cabine enquanto comentava:
- Nota de zero a dez. – mordi meu lábio inferior, sentindo meu corpo tombar um pouco para o lado, já que meu equilíbrio estava prejudicado.
- Páreo duro com o Jonas. – suspirei, me convencendo de que eu nunca acharia ninguém bom o bastante pra superar o Joe.
- Tá de caô? – Sel saiu da cabine ajeitando a meia calça, com o vestido totalmente dobrado e desajeitado. Soltei uma risadinha. Ela parecia atrapalhada com tanto tecido preto. (n/a: bota pra tocar)
- Não tô. Tá confusa aí? – ri novamente, ajudando-a a descer o vestido. Tornei a me olhar no espelho, ajeitando alguns borrões na maquiagem e conferindo como estava.
- Por que você me deixou sair com essa roupa? Tô enorme de gorda! – exclamei, ouvindo Sel bufar e me puxar.
- Vamos, Demetria! – ela murmurou sem muito humor. Passamos pelo corredor que dava nos banheiros e juro que eu vi Liam e uma loira oxigenada se atracando. No sentido mais quente da palavra.
Assim como pude jurar que vi Joseph pondo o cabelo de uma ruiva para trás da orelha da mesma – tática infalível dele, devo adicionar – perto do bar, que, coincidentemente, ficava perto dos banheiros. Selena apertou minha mão, em sinal de alerta. Fiz uma expressão indiferente, deixando claro que eu não estava abalada por essa situação.

Can you hear my heart, beating like a hammer?
Beating like a hammer

Help, I'm alive
My heart keeps beating like a hammer
Hard to be soft
Tough to be tender
Come take my pulse, the pace is on a runaway train


Ok, eu estava.
Mas, foda-se, eu também tava com outro, não estava? Então estávamos quites.
Certo, assim até parece que eu sou uma pessoa justa e nada possessiva.
Que merda, e ela nem era tão bonita assim!
Foca no que tá acontecendo, Demetria, foca!
Saí dos meus pensamentos, reparando que já estava sentada no sofá. Minha noção de tempo estava extremamente lesada pelos meus pensamentos impróprios.

Help, I'm alive
My heart keeps beating like a hammer
Beating like a hammer


- My, eu vou ao bar. Você vem comigo? – informei, levantando. Ela se levantou num pulo e veio dançando, literalmente, em meu encalço. Logo avistei Joseph e a menina da noite. Rolei os olhos, apoiando meus braços no balcão, que não era tão grande para uma boate daquele porte.
Era até engraçado como eu e ele sempre ficávamos nesse joguinho de gato e rato. Ele me atiça, eu respondo e provoco um pouco mais. Então nós damos uma trégua, e logo retornam as brigas e provocações.

If we're still alive
My regrets are few
If my life is mine
What shouldn't I do?
I get wherever I'm going
I get whatever I need
While my blood's still flowing
And my heart still beating like a hammer
Beating like a hammer


- Tequila? – Miley indagou com um sotaque mexicano. Dei um sorrisinho, aproveitando que, do outro lado do balcão, o dito cujo pedia o mesmo.
- Duas doses de tequila. – falei para o bartender, desviando meu olhar por cima do seu ombro e notando o olhar de Joe na minha direção.

Help, I'm alive
My heart keeps beating like a hammer
Hard to be soft
Tough to be tender
Come take my pulse, the pace is on a runaway train


O rapaz despejou o líquido no copinho e ofereceu o sal e o limão. Peguei uma pitadinha de sal, pus na língua e virei o líquido. Depois disso, não chupei o limão. Passei a língua sobre os lábios, e, olhando diretamente para Jonas, que fazia uma careta, disse:
- Se não aguenta, então é melhor ficar vendo quem sabe o que faz. – Joseph levantou uma das sobrancelhas, provavelmente vasculhando algo para rebater. – Não é, amiga? – dei uma piscadinha para My, que ria, e demos a meia volta.

If we're still alive
My regrets are few
If my life is mine
What shouldn't I do?
I get wherever I'm going
I get whatever I need
While my blood's still flowing
and my heart still beating like a hammer


- E o Duke, cadê? – perguntei a Matt, vendo que ele não se encontrava no recinto. Sentei ao lado dele, enquanto My se sentava na mesinha à nossa frente.
- Foi fumar um cigarro lá na varanda. Não tá a fim de ir lá, não? – dei um tapinha no ombro dele, rindo um pouco demais pro ocorrido.
- Que indelicado você. Mas sim, eu vou. E não se aproveite do estado da minha amiga, hein? – ela deu uma risadinha, saindo.

Beating like a hammer


- Que estado, dona Miley? Tô super bem. – falei alto, sem ter noção disso, e logo o resto do grupo olhava pra mim, com expressões à la “Ah, tá...”. Matthew gargalhou ao me ver sem graça. Avistei Joe vindo na direção da mesa, agora sozinho, por cima do ombro de Matt.

Beating like a hammer


- Ei. – chamei o rapaz do meu lado. Ele olhou, ainda sorrindo um pouco. – Se eu não tivesse bebido, eu provavelmente não tomaria a iniciativa disso. – me aproximei, molhando meus lábios enquanto fechava os olhos.

Beating like a hammer
Nossas respirações se fundiram e eu podia escutar uma pessoa sentando no sofá ao lado. Sorri de soslaio, unindo nossos lábios e, assim, dando um beijo de vingança. E, como dizem, de virada é melhor. Lovato 2 x 1 Jonas.

Help, I'm alive
my heart keeps beating like a hammer.



Continua...
 
¬¬
Aconteceu uma coisa que a ANTA AQUI  nao tinha reparao...
Que me acompanha ja a algum tempo sabe que  as historias aqui são REPOSTADAS...
Entoa dependeo da autora para postar....
O que que aconteceu  a autora esta em HIUTS com essa historia e eu nem tinha reparado....
"/
EU SEI NAO ME XINGUEM, SEI QUE SO UMA BURRA....
¬¬
Mas nao vo deixar vocês na mão ja vo corre atras de outras história...
DESCULPAS....
 

Capítulo 08

 Unexpected.



Acordamos tarde demais pro café-da-manhã, o que nos fez voltar a dormir até o almoço. Ficou decidido que nós almoçaríamos em algum restaurante a quilo e sairíamos para alugar bicicletas e ir até o vilarejo Kinderdijk, onde os famosos 19 moinhos ficavam. Todos, com exceção de Selena, concordaram com a idéia da bicicleta.
- Por que você não quer ir de bicicleta, meu bem? – Nick perguntou a ela.
- Tá frio, eu vou ficar resfriada. – Sel cruzou os braços abaixo do busto numa expressão emburrada.
- Vai nada, você está acostumada com o frio da Inglaterra, e nós estamos muito longe daquele frio. Para de birra. – ela puxou o ar para falar mais alguma coisa, mas eu a interrompi.
- Ela não sabe andar de bicicleta. – despejei, fazendo-a me fuzilar com o olhar. Todos começaram a rir.
- Ô, amor. Eu pego uma bicicleta dupla então. – Nicholas tentava contornar a situação.
- Muita humilhação. E se falar que é porque não tem bicicleta de rodinhas, eu te bato! – gargalhei com ao ver a expressão cansada de .
- A gente vai de bicicleta nem que eu tenha que te pendurar nas minhas costas. – Kevin falou sério. – É um passeio típico. A não ser que você queira ficar no hotel...
- Sozinha. – Nick adicionou. E lá se foi Selena. – É, galera. Eu vou atrás, senão coisas ruins acontecerão de noite. – ele riu, nos deixando no local do aluguel de bicicletas que ficava perto do hotel.
- Nós voltamos antes das 7, estejam prontos pra caçar uma festa! – Kevin gritou às costas de Nicholas, que fez um sinal de positivo no ar. – Bom, galera, vamos?

Observei o modo como Liam e Joe estavam fazendo tudo juntos agora que estavam solteiros, como eu e My. Mesmo que os casais se dedicassem a manter a amizade com todos, era muito mais fácil eles saírem em duplas do que com uns avulsos, o que nos fazia constantemente se afastar. Por exemplo, Kevin, Nicholas, Selena e Dani vivem saindo em dois casais. James e Chel preferem ficar sozinhos, mas são convidados em 98% das coisas. Eu, quando namorava Joseph, também era chamada. Mas agora, nada. Com Miley o mesmo aconteceu. E por essas razões foi que nos juntamos.
Seguíamos Kevin pelas pequenas e estreitas ruas do vilarejo. A pedalada foi longa – mais ou menos de 1 hora – e foi mais que suficiente para eu querer mergulhar minha garganta em 1 litro de água gelada.
Avistamos os tais moinhos quando entramos no parque. Eles me passavam uma imagem tão deprimente devido ao céu imensamente cinza e por causa da chuva que ameaçava cair. Kevin parecia em seu próprio êxtase pessoal, sentado na lona com Dani entre suas pernas. Seu queixo repousado na curva do pescoço da namorada. Ambos sorridentes. O mesmo se dava com todos os outros casais.
Olhei de soslaio para My, que fazia o mesmo. Trocamos um sorriso confortador e suspiramos simultaneamente, movendo nossas cabeças em direções opostas.
- Vou andar. – murmurei, não pretendendo chamar a atenção de ninguém. Meus dedos pararam de brincar com o cadarço do meu Converse e eu pude levantar, rumando para a margem do canal e observando os barquinhos que levavam os turistas de um lado pro outro entre os moinhos nas águas dos canais.
Quando me aproximei da água, senti uma mão gentilmente tocar meu ombro. Virei-me, sorrindo ao ver Matthew.
- Hey. – falou timidamente.
- Como vocês estão? – indaguei, vendo Duke parado um pouco mais atrás.
- Bem, bem. Eu queria me desculpar de ontem, por ter saído. Quer dizer, eu não sabia que você estava aqui. Nós íamos passar lá no hotel mais tarde, mas já que o destino nos cruzou novamente... – passou a mão pelos cabelos, ligeiramente envergonhado. Permiti-me rir da situação.
- Tudo bem, eu que peço desculpas pelo meu amigo insano. Aposto que Duke está com medo de ir lá falar com a Miley, não? – brinquei, vendo Matt concordar em uma risada. – Vou lá chamá-la, então. – logo disparei na direção da qual vim. My olhava na minha direção com um olhar inquisidor e ao mesmo tempo surpreso.
- Você não vai adivinhar! - cheguei perto dela, puxando-a para se levantar. Notei que falei um pouco alto demais e todos passaram a olhar pra mim. Nos viramos em direção aos dois rapazes.
- Você também não. – ela sussurrou. Olhei para seu rosto.
- O quê? – indaguei, confusa.
- Nada, não. – Miley riu sem graça e se calou quando chegamos perto dos meninos.
- Então... – pigarreei. – O que vocês têm em mente para mais tarde? Estávamos procurando uma festa, mas não temos idéia de onde pode ser uma boa. – observei Matthew perguntar a Dudu – como ele o chamava – onde era a festa que eles iriam.
- Não tenho idéia de onde isso seja. – confessei, fazendo Duke desistir de me explicar. – Que tal se vocês nos buscassem no hotel e nos guiassem? Aposto que só chegaríamos umas 2 horas depois se falassem o endereço ao nosso guia, Kevin. – ri, fazendo todos repetirem a ação.
- Por mim, tudo bem. – Matt concordou com um sorriso amigável. “Dudu” fez o mesmo. – Às 8, então?
- Sim, às 8. – Eu e Miley falamos em uníssono.
- Bom, a gente tem que ir pra lá. – Duke apontou na direção do aluguel de barcos. – Essa criança quer tirar fotos da paisagem cinza. Turistas. – então revirou os olhos. – Vocês querem ir?
- Infelizmente, não vai dar. – fiz uma careta ao sentir gotículas de chuva tocarem meu rosto. – O pessoal quer voltar antes de começar a chover forte. – olhei para trás, ignorando o olhar de cão de guarda que Liam lançava na nossa direção, e constatando que eles já estavam levantando.
- Que pena. Nos vemos mais tarde, então. – Matthew sorriu em despedida. Concordei com a cabeça, não esperando para vê-los se virando na direção oposta. Enquanto retornávamos ao nosso ponto inicial, percebi que ambos, Joseph e Liam, nos fitavam. Lancei um olhar cúmplice a My, que riu quando eu murmurei “dor de cotovelo” para ela.
- Eram os rapazes de ontem? – James perguntou com a voz serena. Acenei em concordância.
- E arranjamos uma festa para ir. Eles vão passar no nosso hotel às 8. Então, estejam prontos até lá. – sorri para Kevin, podendo perceber que este estava aliviado por termos conseguido alguém para nos guiar. Eu sabia que ele não aguentaria a pressão de circular com um mapa de banca de jornal por um país totalmente desconhecido com seus amigos em seu encalço enchendo o saco.

Pedalamos o percurso de volta, nos dando conta de que estava demorando muito mais do que a ida. Todos estávamos perguntando ao se ele estava certo de pra onde estávamos indo.
- OK, EU TÔ PERDIDO! PRONTO, PORRA. FODEU DE VEZ. NÃO SEI ONDE 'TAMOS. ME TAQUEM PEDRAS, SAPATOS, MULHERES, BEBIDAS, CERVEJA O QUE VOCÊS QUISEREM. – bruscamente parando sua bicicleta e estendendo os braços ao alto para dar um ar de drama à sua fala, Kevin se irritou. Nos entreolhamos, e, assim como algumas pessoas ao redor fizeram, ficamos sem fala.
- Calma, amor. – Dani começou. – Vai dar tudo certo. É só a Demi tentar falar com alguém, como ela fez ontem... Né, Demi? – acenei com a cabeça, vendo a expressão raivosa de Kevin ser amenizada.
- É muita pressão, sabe? Eu nunca vim aqui antes. – ele disse com uma voz extremamente fofa.
- Vamos dar um jeito. – me pronunciei, olhando ao redor para achar alguém com cara de quem falava inglês. Fiquei algum tempo tentando achar essa tal pessoa, mas aí me perguntei como era a cara de alguém que falava inglês. Resolvi perguntar a uma senhora – menor perigo de ser uma traficante, caso estivéssemos em área de comércio livre, ou uma assaltante... coisas do tipo. –, que felizmente sabia onde estávamos e sabia falar inglês... um pouco, mas sabia. Ela nos indicou o caminho e falou que é comum os turistas se perderem na bifurcação de uma rua lá que eu não entendi o nome, pra variar.

Chegando ao hotel, encontramos uma Selena saltitante e um Nicholas com várias sacolas na mão, chegando também.
- É impressão minha ou você virou burro de carga, mate? – Liam riu.
- Pau mandado! – Joe zoou junto.
- Vocês sempre foram idiotas assim ou tomaram alguma coisa lá de procedência duvidosa? – Sel, com seu humor agressivo, indagou. – Ou será que é falta de amor? – reprimi uma gargalhada.
- Ih, eu tenho amor pra dar e vender no meu coração! – Joseph sorriu, debochado. – Mas tô na pista pra negócio também, se quiser. – Selena revirou os olhos. Nick fez uma careta pro Jonas, que pediu desculpas a ela.
- Ok, planos para a noite são ir a uma boate. Encontramos Matt e Duke, e eles falaram que nos encontram aqui para não nos perdemos. Como acabou de acontecer, por falar nisso. – Miley comentou, fazendo Dani lançar um olhar fuzilante em sua direção.
- Se perderam, como assim? – perguntou, pronto para zoar Kevin. – O que o guia em pessoa fez de errado? – então risadas da parte dele vieram. Começamos a andar, e, como eu estava na frente e não prestava muita atenção, só pude escutar uma pequena discussão entre os dois sendo abafada por avacalhações vindas dos outros meninos.
Ignorando tudo, eu e My fomos ao quarto procurar uma roupa que fosse boa para a noite.

Vasculhei minha mala, me xingando várias vezes por não ter trazido mais roupas pra sair do que básicas. Ficamos por um tempo pensando, até que deu 6 horas e começamos a nos arrumar. Optei por um vestido míni com paetês azuis, uma meia calça preta e uma ankle boot igualmente preta. Miley resolveu compartilhar o mesmo estilo que eu, mas trocou o vestido de paetês por um míni tomara-que-caia verde oliva.
Saí do banho apressadamente e comecei a me maquiar, caprichando com o delineador rente aos cílios superiores, o que me transformava em uma menina de 18. My esfumaçou os olhos com lápis preto.
Terminamos de nos arrumar exatamente quando vieram bater à nossa porta.
- Já vamos! – gritei, dando um último retoque no meu brilho labial incolor. Olhei para minha companheira de quarto, que sorriu.
- Estamos lindas. Vamos. – murmurou, seguindo para a porta e dando de cara com um Liam estressado.
- Por que vocês têm sempre que ser as últimas? – ele perguntou a mim. Dei de ombros, descendo as escadas e me deparando no pavimento de baixo com Duke, Matthew e o resto do grupo. Sorri para o segundo menino, ignorando os “Aleluia!” vindos dos outros.
- Vamos? – Kevin indagou a Duke, que aparentemente tinha se dado bem com ele. E assim partimos para uma noite, que, até então, prometia ser boa.

Capítulo 07

You can’t help it, can you?
 


- Eu voto por irmos a um pub. – Jonas afirmou. – Já tá ficando tarde pra qualquer passeio cultural, então é melhor aproveitarmos pra sair. – adicionou, dando um sorriso convincente.
- Apoiado. – os meninos falaram em uníssono. Dei de ombros, vendo as meninas fazerem o mesmo.
- Kevin, você fica encarregado de falar com a recepcionista qual o melhor lugar daqui. Até porque sobra menos tempo pra você montar o seu “look”, o que nos poupa os olhos. – brinquei, adicionando uma risada. Kevin ergueu o dedo médio para mim.
- Já te falei que nada de passes VIPs pra você quando ficarmos famoso, não disse? – ele fez uma careta, o que gerou mais risadas. Dei de ombros de forma brincalhona, vendo-o descer para a recepção. E nós, que ocupávamos o corredor, seguimos para nossos respectivos quartos.

Terminava de arrumar meu cachecol por dentro do sobretudo quando ouvi batidas à porta. Dei uma última olhada no espelho, constatando que meu cabelo estava feio. Então comecei a ajeitá-lo.
- PORRA! – a pessoa, que agora esmurrava a porta, resmungou. Bufei, desistindo do meu cabelo.
- Que é, Jonas? - indaguei com um tom aborrecido.
- Todo mundo já desceu e tá indo na frente, só falta vocês duas aparecerem. Daqui a pouco dá 9 horas! – rolei os olhos e fechei a porta na cara dele, deixando-o falar sozinho.
- Quem era? – My, que saía do banheiro, perguntou.
- O Joseph. Tão mandando a gente descer. – ela acenou com a cabeça, seguindo para a porta. Abri a mesma, dando de cara com um Joe puto.
- Você acha legal fechar a porta na minha cara, Lovato? – com um olhar sério, ele questionou.
- Quer mesmo uma resposta? – ouvi Miley rir atrás de mim. Jonas balançou a cabeça negativamente, indo na nossa frente.
Passamos pela recepção mal iluminada, começando a sentir o frio da noite. Notei que todos nos esperavam no lado de fora do hotel, com caras entediadas. Botei as mãos nos bolsos do sobretudo, ouvindo Chel gritar:
- Até que enfim! – eu ri, e se não estivesse frio para tirar minhas mãos dos bolsos, teria erguido o dedo médio a ela.
- Aonde iremos? – James perguntou a Kevin.
- A velha da recepção falou que tem um perto dos moinhos que é bem legal. E que também é perto daqui, tanto que dava pra ir andando. Então, sigam-me. – e dando um giro de calcanhares, ele se virou para frente, começando a nos guiar. Soltamos risadas pelo gesto exagerado, nos distraindo com conversas enquanto andávamos.
E andávamos.
E andávamos.
E andávamos.
- Porra, , onde é esse pub? Na China? – ouvi a voz indignada de Selena perguntar. – Você tem que entender que mulheres de salto não têm essa disposição! – rimos dela.
- Na verdade, na direção que estamos indo, é mais fácil ser no pólo norte. – Dani argumentou, recebendo um olhar desdenhoso de Sel. – Mas sério, amor, onde fica isso?
- A mulher que me falou que era só seguir em frente toda vida que veríamos um letreiro vermelho! Não é culpa minha! – então ele e Selena entraram numa discussão de quem era a culpa. Olhei para cima e vi um letreiro imenso vermelho com a silhueta de uma mulher em néon.
- Ô, cambada! – gritei, atraindo a atenção. – Por acaso seria aquele? – apontei o lugar com o indicador.
- Kevin , que porra é essa? Você tá querendo me levar pra uma boate de strip? – Dani passou a distribuir tapinhas ardidos e estalados pelas costas e braços dele, que protestava.
- Eu só perguntei pra mulher onde era o pub mais perto! – ele levantou as mãos, em sinal de inocência.
- Ok, já que estamos aqui, a gente pergunta pra alguém lá dentro onde tem um pub apropriado pra meninas. – Joe falou com uma expressão livre de malícia, embora todos soubéssemos que, caso entrássemos, não sairíamos.
- Aham, Jonas. – My disse por mim.
- Querem saber? Vamos andando até lá e eu pergunto. – me pronunciei. Caminhamos até a porta do clube, onde me adiantei em perguntar ao homem da recepção se ele falava inglês. Obtendo uma resposta positiva, perguntei onde poderíamos ir e ele indicou um pub a alguns metros dali.

O lugar era extremamente quente, o que me fez tirar o casaco e o cachecol e deixá-los sobre meu colo ao preenchermos uma mesa imensa no pub, que estava cheio para uma quinta-feira. Ao entrar era possível sentir o cheiro da cerveja misturado com perfume masculino. Senti-me dentro de uma adega pelas paredes serem tão escuras quanto as do hotel. Na verdade, o lugar era tão mal iluminado quanto o hotel.
Fizemos nossos pedidos em meio a conversas aleatórias, como “que música chata” ou “o sotaque deles é muito estranho”. E foi aí que minha atenção foi desviada, não pra dupla “country” que tocava no pequeno palco situado em um canto oposto ao bar, mas pra uma pessoa a qual eu já tinha visto antes. Matthew.
- Que foi, Demi? Algum gatinho? – My começou a olhar para a direção a qual eu fitava. Quando um amigo dele, que estava de frente pra mim, apontou a minha direção com a cabeça, percebi que eu estava encarando. Porra, porra, porra. Tapei meu rosto, corado, virando para a outra direção imediatamente.
- Cala a boca. É o menino da loja de instrumentos. – Miley desatou a rir, sibilando “ele tá vindo pra cá”. Ela ficava extremamente abestalhada quando alguma coisa dava errado comigo. Idiota.
- Demetria? – ergui minha cabeça e lá estava ele, me fitando com seus olhos surpresos. Forcei uma expressão igualmente surpresa.
- Tudo bem? – indaguei, esticando minha mão para um cumprimento.
- Sim, sim. E com você? – ele perguntou de volta. Ouvi uma pessoa pigarrear, e me virei pra ver o que era. Liam.
- Vai apresentar seu amigo não, sua mal educada? – revirei os olhos.
- Vou sim, Sr. Delicado. – eu ri, me virando para o meu “amigo”. – Então, esses são... – comecei a introduzi-lo a todos.
- Senta aí, cara. – James ofereceu, apontando as duas cadeiras vagas próximas a mim e à My, que estava sentada à minha frente.
- Na verdade, eu tô com um amigo. Se não tiver problema ele se sentar aqui... – Matthew deu de ombros. Jimmy soltou:
- Aqui é que nem coração de mãe, sempre cabe mais um. – então rimos. Observei o amigo dele sair da mesa onde estava ao ver Matt fazer um sinal.
- Esse é Duke. Duke, essas são as pessoas das quais eu, sinceramente, não lembro o nome. – riu, o que fez com que cada um se apresentasse de novo. – Ah sim, e essa é a Demetria. – sorri cordialmente.
- A menina da guitarra. – soltou uma risadinha, fazendo Matthew balançar a cabeça negativamente. Dei uma olhada de soslaio pra My, que chutara meu pé por baixo da mesa. Ri da expressão que ela fazia, como se me dissesse “Tá podendo, hein”.

À segunda saída do cuco do relógio que ficava sobre a nossa mesa, fomos praticamente expulsos do local pelos dois músicos, que agora já tinham guardado todos os seus instrumentos e fiações. Acostumados com o horário “cedo” ao qual os pubs eram fechados na Inglaterra, marchamos para fora do local, onde ficamos parados decidindo para onde iríamos.
- Eu quero ir pro hotel. Tô cansada. – resmungou Selena, cruzando os braços. – Amanhã a gente vira a noite, galera. – concordei silenciosamente, vendo os outros cederem. – Mas vocês podem ir para o hotel ficar jogando conversa fora. – ela se virou para os dois meninos que nos acompanhavam. Duke e Matt se entreolharam ao passo que todos – com exceção de Liam e Joseph – concordavam com sonoros “uhum”.
- Tudo bem, mas voltamos antes das 5... Minha vó não pode nos ver chegando ao amanhecer. – o amigo de Matthew se explicou. E então fomos a caminho do hotel.

Eu não entendia o comportamento de Joe. Honestamente, não entendia. O idiota estava de cara amarrada desde que os meninos concordaram em ir ao hotel. Li os lábios de Kevin, que estava sentado na cama do quarto dele e ao lado do babaca (exatamente de frente para mim, que estava encostada à janela com uma Smirnoff Ice em mãos), murmurar para o outro:
- Tá com sono, fome ou dor de cotovelo? – Jonas rolou os olhos numa expressão desacreditada e lhe exibiu, discretamente, o dedo médio. Não contive uma risadinha seguida de um gole em minha bebida, mostrando a Matt que eu estava totalmente alheia ao que ele estava falando.
- Desculpe, eu sei que meu assunto é chato. Mas são esses assuntos que vêm à cabeça quando me sinto intimidado. – tornei a olhar para seu rosto, descendo a garrafa da altura dos meus ombros até meu abdômen.
- Intimidado? – indaguei com um sorriso enviesado e curioso.
- Por uma pessoa tão bonita. – o sorriso brilhante de Matthew me fez corar e botar uma mecha de cabelo para trás da orelha.
- Brigada pelo elogio. – murmurei sem graça.
- Só digo a verdade. – completou, adicionando uma piscadela. Podia ter certeza de que ele se aproximaria se não fosse por Duke, que puxou seu braço. Então me dei conta da cena que não fazia parte do meu cenário romântico: o corpo de Liam irrompendo furiosamente no ar contra o de D., fazendo-o se desestabilizar. Abri meus olhos demasiadamente, assustada com a cena. Kevin e Nicholas, como raios, voaram para segurar Liam enquanto Matt e seu amigo iam quarto afora.
- Cara, que porra é essa? – questionou, incrédulo. – Você tá sob o efeito de drogas? Por que diabos você bateu no menino?
- PORQUE ELE É UM LOUCO, UM FORA DE CONTROLE. UMA PESSOA EMOCIONALMENTE DESPREPARADA! – My berrou.
- E VOCÊ É UMA VADIA! ELE TAVA TE ALISANDO! E EU FUI UM BABACA POR TER TENTADO TE DEFENDER! – gritou de volta.
- ELE QUERIA FICAR COMIGO, SEU MERDA. NÃO QUERIA SÓ ME COMER! E ELE NÃO ESTAVA ME ALISANDO, VOCÊ TÁ CEGO. MELHOR CURAR ESSA SUA DOR DE COTOVELO! – e foi com essas palavras e arfando que Miley deixou o cômodo, seguindo para o nosso quarto. Ainda me recuperando do susto, dei uma olhada ao redor do quarto, percebendo que todos os olhares – com exceção de dois – pairavam sobre Liam; Um era meu, e outro era o dele, que me analisava de um jeito diferente. Revirei os olhos e murmurei um “eu vou atrás dela” antes de sair do quarto.
- Demi! – ouvi Kevin me gritar. Virei-me. – Amanhã vamos aos moinhos 4 horas e depois vamos caçar uma festa, então descansem bastante. – sussurrei “ok” e tornei a fazer o caminho para meus aposentos.

Capítulo 06

 But it’s all just the same in the end of the day.

Acordei com uma dor de cabeça terrível, o que fez com que eu quase me atrasasse. Cheguei praticamente tropeçando em meus pés ao aeroporto de Heathrow, implorando pra achar os meninos logo. As filas dos balcões estavam extremamente lotadas de carrinhos com bagagens e pessoas conversando. Meus olhos percorriam todos os balcões, mas não conseguiam encontrar nenhum rosto familiar. Escutei meu celular, que, mais escandaloso do que nunca, tocava Sober, da Pink. Notei que todas as pessoas me olhavam de soslaio enquanto eu travava uma batalha com minha bolsa imensa. Quando finalmente achei o bendito, a pessoa desistiu da ligação.
- Puta que pariu. – murmurei, olhando pra tela do aparelho. Então ouvi uma voz conhecida soar atrás do mesmo.
- Você tá no terminal errado, Lovato. – Joseph, com sua expressão desdenhosa, me comunicou.
- Eu percebi, tava tentando ver quem estava me ligando, só isso. – retruquei, dando de ombros. – A propósito, Jonas, veio me procurar, é? – arquei uma sobrancelha e dei um sorriso enviesado, ajeitando a alça da bolsa sobre o ombro e marchando em direção ao lado contrário do andar com meu sarcófago – lê-se mala.
- Eles me mandaram. – ríspido, ele respondeu. Notei que andava em passos rápidos, me acompanhando.
- E faz muito sentido te mandarem... A única pessoa com quem eu não queria estar conversando. – pensei alto, revirando os olhos. Logo avistei os outros 8 na fila.
- E faz muito sentido você continuar puxando assunto, a pessoa que “mais me despreza no mundo”. – Joe imitou minha voz, anasalando a sua. Revirei os olhos, direcionando meu olhar para seu rosto.
- Educação, Jonas, conhece? – lancei-lhe uma piscadela e fui de encontro ao grupo, que preenchia a fila de check-in.

- 27 A... – pensei alto enquanto procurava o número dentro do avião. Pelo que eu tinha entendido até o momento, a arrumação ficaria divida em casais, só que eu e My ficaríamos juntas, e Joe e Liam também. Avistei minha poltrona e sentei na poltrona da janela. O vôo estava praticamente vazio, logo, deduzi que ninguém se incomodaria se eu trocasse meu assento.
Sem dúvidas éramos o grupo mais barulhento daquele avião. Ocupávamos praticamente uma fila horizontal: eu, um lugar vago e Miley; Kevin, Dani, um lugar vazio, Nicholas e Selena; Chel, James e outro lugar vazio; e Joseph e Liam na fileira da frente.
Como eu fui a primeira do nosso grupo a entrar, me acomodei em meu canto, dobrando minhas pernas e as encostando ao assento da frente, de modo que meus pés balançassem e eu ficasse desajeitada. Observei a telinha do banco da frente ligar e desligar várias vezes, como um método de teste, eu acreditei.
Pouco a pouco os lugares foram preenchidos e notei que a única pessoa que ainda não tinha passado era Joe. Franzi meu cenho, me perguntando onde diabos ele estaria. Não que eu me importasse, só queria saber o motivo do atraso.
- Demi... – a voz melodiosa de My soou ao meu lado. Murmurei um “hum” em resposta. – Código vermelho. – imediatamente endireitei minha postura, vendo Jonas tomar o assento ao lado do dela.
Porra.
- Pergunta ao ser do seu lado por que ele não está em outra fileira com o Liam. – falei entre os dentes, ouvindo a pergunta ser feita.
- Porque precisa ser maior de 21 pra ficar no canto que a gente ia ficar por causa das portas de emergência, e aí nos moveram pra cá. – Ah tá! Com tantos outros lugares pra eles sentarem, logo do nosso lado! Olhei de soslaio pra My, que fazia o mesmo. Balancei a cabeça negativamente, vendo-a rir em silêncio.
São somente 60 pequenos e demorados minutinhos, Demetria.

15 minutos depois da decolagem, a bexiga maravilhosa de Miley resolveu fazer um chamado, e eu fui abandonada a uma cadeira de distância daquele energúmeno. Olhei para o lado rapidamente para matar minha curiosidade e ver o que ele estava fazendo, vendo que o mesmo estava preenchendo o lugar ao meu lado.
- O que você pensa que tá fazendo, Joseph? – tirei um dos meus fones de ouvido, queimando sob seu olhar ao fazer isso.
- Ela vai ao banheiro mais umas 3 vezes se a conheço, melhor deixar o caminho livre. – desci minha cabeça, mirando sua face com uma expressão de desgosto.
- E prefere ficar ao meu lado a encolher as pernas três vezes? Uau, assim casaremos até o fim do vôo se ela resolver se recostar no seu ombro. – transbordei o sarcasmo, imediatamente e movendo minha cabeça na direção da janela, observando o canal da mancha. Ouvi uma risadinha vinda dele e o olhei, entediada.
- Lembrei da ida pra Paris, quando eu peguei o seu fone de ouvido. – revirei os olhos automaticamente, tornando a olhar a janelinha. Soltei um suspiro involuntário, lembrando daquele dia também. Apreendi o fone que estava fora do meu ouvido com a palma da mão e o apertei, deixando-o colado ao meu peito.

“Well I can't explain why it's not enough, ‘cause I gave it all to you.
Bem, não consigo explicar por que isso não é sufuciente, porque eu te dei tudo
And if you leave me now, oh just leave me now.
E se você me deixar agora, apenas me deixe agora
It's the better thing to do,
É a melhor coisa a fazer
It's time to surrender,
É tempo de se render
It's been to long pretending.
Foi muito tempo fingindo
There's no use in trying,
Não há mais utilidade continuar tentando
When the pieces don't fit here anymore, pieces don't fit here anymore.
Quando os pedaços não se encaixam mais, pedaços não se encaixam mais.”

- Você é uma vadia. – murmurei pra My quando descemos do avião e Jonas não se encontrava mais ao meu lado.
- E você queria o quê? Que eu mijasse numa garrafinha e desse pra aeromoça jogar no lixo? – olhei em seus olhos, como se confirmasse. – Ah, vai se foder! Eu não tenho um pinto pra fazer isso. Encomenda um que eu não levanto mais. – ela riu, me fazendo rir também. – E vocês nem devem ter conversado, se eu conheço as figuras.
- Não propriamente, mas ele me lembrou da viagem de Paris, quando escutamos músicas juntos. Não foi legal. – suspirei, avistando minha mala na esteira. Fiz um esforço para puxá-la, mas tudo o que consegui foi ir com tudo pro chão. Escutei umas risadas ao fundo, começando a rir também.
- Eu te ajudo. – um rapaz murmurou, me estendendo a mão para levantar.
- Obrigada. – agradeci com um sorriso ao homem. Franzi o cenho ao observar seu perfil; o conhecia de algum lugar. Enquanto via minha mala ser posta à minha frente, lembrei. – Você trabalha numa loja de música? – perguntei. Finalmente o rapaz olhou para o meu rosto, sorrindo, simpático.
- Sim. Você é a menina da Gibson Les Paul, certo? – confirmei com a cabeça. – Vejo que tão cedo na vai comprar... por causa da viagem. Quer dizer, não que você seja pobre nem nada, mas... – ele começou a se enrolar. Ri suavemente.
- Eu entendi, ok? E realmente não vou comprar tão cedo, mas é bom saber que aquela coisa linda vai esperar por mim na loja. – comentei, percebendo a ambigüidade da frase. – Quer dizer, a coisa linda é a guitarra. Não que você seja feio, porque você não é, mas você entendeu o eu quis dizer, certo? – vômito de palavras: show. O rapaz riu do mesmo jeito que eu fiz, concordando com a cabeça.
- Hum... vai ficar em Amsterdã ou vai pra outra cidade? – ele indagou, botando as mãos nos bolsos da frente da calça.
- Acho que fico na capital mesmo. E você? – enfiei minhas mãos nos bolsos traseiros da minha calça.
- Também. Vou ficar na casa de um amigo, perto dos moinhos... – murmurei um “ah sim” em resposta, ouvindo meu nome ser chamado por James.
- Bom, tenho que ir. Nos esbarramos por aí. – sorri e virei as costas, puxando minha mala com dificuldade até o desembarque. “Nos esbarramos por aí.”? Eu podia ter falado algo melhor... Droga. Olhei para o lado e vi Jonas descruzar os braços, relaxando a expressão curiosa. Balancei a cabeça negativamente, olhando para o chão enquanto deslizava minha mala pelo chão do aeroporto.

Uma palavra: fodeu. Já era a quinta vez que eu via a mesma casa, não era possível estarmos mais perto do que à três voltas atrás. Kevin e seu dicionário de bolso tentavam se comunicar com o velho holandês que tava nos guiando. Com o adicional de que o outro táxi, que deveria estar nos seguindo, sumiu do mapa.
- Kevin , pergunta se ele fala inglês. – então o velho, que me olhava pelo retrovisor, sorriu.
- Claro que sim, minha jovem. – então todos olharam para mim com expressões agradecidas. – Sinceramente, se vocês dependessem desse dicionário de bolso, iam morrer de fome. – ele riu, fazendo com que Kevin cruzasse os braços em uma expressão frustrada. – O hotel é na próxima esquina. – então comecei a olhar ao redor. As ruas, perfeitamente limpas, abrigavam bicicletas e mais bicicletas. Sorri para o nada, vendo um letreiro com o logo do hotel se aproximar.
- Chegamos. – o taxista anunciou em inglês. Descemos e pegamos nossas malas, rumando para a entrada do hotel, que não era grande coisa, mas parecia ser arrumadinho.
Adentrei a recepção, toda em madeira escura envernizada e com cheiro de mofo, ficando arrepiada instantaneamente. Alguém me diz que os quartos não têm esse cheiro, por favor?
- Boa tarde. – com um sotaque forte, uma senhora apareceu por trás do balcão.
- Boa tarde. – respondi, vendo, pela porta de vidro, os outros terminarem de tirar as malas do lado de fora. – Assumo que você fala inglês, certo? – indaguei, vendo-a concordar com a cabeça. - Nós temos 5 reservas para hoje no nome de Chelsea Jonas. – então a velha começou a olhar num caderno, acenando com a cabeça positivamente. Todo mundo havia chegado à abafada recepção.
- Vou mostrar os quartos. Sigam-me. – então ela tomou as rédeas e foi subindo as escadas vagarosamente, o que fez Jonas, que estava atrás de mim na escada, soltar piadinhas. Não controlei uma risada, o que fez a senhora me olhar com os olhos semicerrados. – Os quartos dois, quatro, sete, oito e nove são de vocês. – comprimi os lábios para não gargalhar com outra piadinha que James tinha soltado.
- Olha a falta de respeito! – Dani deu um tapa estalado no ombro de Kevin, fazendo Liam gargalhar.
- Tadinho do menino! Assim não sobra Kevinzinho pra noite, poxa! – James brincou, fazendo Dani o olhar de forma repressora. – Tá bom! Não tá aqui quem falou! – ele levantou as mãos em sinal de inocência, provocando mais risadas.

Meu quarto era, em uma palavra, razoável. Tinha uma janela que dava para uma parede de concreto já verde de tantos liquens e musgos. Nojento.
Uma cama de casal, forrada com um edredon incrivelmente macio, ocupava o centro da parede da direita, que era pintada de vermelho, enquanto a porta de madeira, que rangia quando aberta, do banheiro, que era incrivelmente apertado, ocupava a esquerda. Um mínimo espaço com uma barra preta de metal – que foi chamada de armário - ocupava a parede oposta à porta, e foi ali onde deixamos as malas.
Joguei meu corpo sonolento na cama, respirando fundo e sentindo os ácaros penetrarem meu cérebro. Outra palavra: alergia.
- My, você trouxe algum lençol? – perguntei na ilusão de ter amigos prevenidos. Vi-a negar com a cabeça e então saí quarto afora para perguntar para os outros. Bati na porta do quarto que eu acreditava ser o de Jimmy pela voz estridente que saía da porta; Chel.
- Entra! – murmurou do lado de dentro. Girei a maçaneta, me deparando com um carpete três vezes mais feio do que o do meu quarto – era azul petróleo. A cama em madeira escura até combinaria com o chão, mas os lençóis em tons alaranjados faziam o quarto ser o pesadelo de qualquer designer.
- Alguma chance de vocês terem um lençol extra? – indaguei, acrescentando um sorrisinho ao fim da pergunta.
- Não, também tava querendo... E também tô sentindo que ninguém trouxe. – ela respondeu enquanto empurrava a mala de James para o outro canto, o que faria o quarto ficar mais apertado.
- O que você tá fazendo? – ouvi minha voz questionar.
- Feng shui. – ela respondeu. Ri suavemente enquanto fechava a porta.
Segui até o fim do corredor, batendo no último quarto. abriu a porta, não me deixando falar.
- Diz que você algum travesseiro extra! – apertei os olhos em sinal de interrogação. – O meu tá com um cheiro muito... peculiar. Se é que me entende, e nosso quarto tem uma bolha imensa no teto de infiltração! – gargalhei com a expressão desesperada dele. Vi Jonas se aproximar da porta.
- Ah, é você. – ele me olhou com desdém, virando as costas e entrando no banheiro. Revirei meus olhos, voltando a falar com Liam.
- Tudo o que eu tenho é um travesseiro de pescoço pro avião. Serve? – não contive outra risada ao vê-lo confirmar veemente com a cabeça. – Já vou pegar. Mas me responde, você tem um lençol extra? – repeti a questão pela terceira vez. Ele pensou por um tempo, adentrando o quarto rapidamente e voltando com um lençol azul em mãos. Peguei o bendito e acabei abraçando Liam de tanta felicidade. – Brigada.
- Por nada. Olha só, eu vou tomar um banho agora porque não deu tempo antes de sair de casa. – ele riu e continuou: - Quando eu acabar, eu dou uma chegada lá no seu quarto, ok? – confirmei com a cabeça, saltitando até a minha porta com um lençol limpo em mãos.
- CONSEGUI! – gritei quando avistei minha companheira de quarto. E então me joguei na cama, em cima do lençol, sendo invadida imediatamente pelo perfume de Jonas.
Porra. Logo agora que tinha conseguido o bendito!
E pro inferno também! Eu dormiria embalada naquela essência se essa fosse a minha única alternativa. Além do mais, esse parecia ser o único jeito de conseguir o fazer sem me machucar.

Capítulo 05

 Love game


Quando nos demos conta de que só faltavam 2 dias pra viagem, nós percebemos que tínhamos uma missão: trocar dólares e libras por euros.
Eu mandaria alguém ir por mim se eu não tivesse com mais de mil libras no bolso. Mas também não creio que eu ficaria livre, porque os meninos arranjariam algum compromisso com a gravadora para deixar tudo sobre nós e Jimmy.
Nós marcamos de nos encontramos na cada de Chel, que tinha pedido desculpas a mim pelo surto no outro dia. Arrumei-me e fui, ouvindo meu iPod a todo volume, me lembrando de alguns acontecimentos das férias.

Flashback On

Nos reunimos às margens do Rio Tâmisa às 8 horas pra esperar o espetáculo de fogos que partiria do Parlamento. Estávamos sentados sobre uma mureta e um frio insuportável dominava a noite do dia 31 de dezembro.
Encolhi-me contra meus braços, na tentativa de me aquecer mais um pouco. Joe, que até então vinha bancando um cavalheiro desligado, passou seu braço esquerdo ao redor das minhas costas e me trouxe para mais perto, fazendo nossos joelhos se cruzarem. Perguntei a mim mesma se ele só estava fazendo isso porque os outros 4 casais estavam aninhados também.
Observei a garrafa de conhaque tremer na minha mão. Enchi meu copinho e virei uma dose, sentindo um calor aquecer a ponta dos meus dedos. Porém, não sabia se o calor era só pelo conhaque ou também um dos efeitos do perfume de Joseph.
Pouco a pouco, as pessoas iam chegando e preenchendo mais ainda o local. Pouco a pouco, eu e o resto da turma esvaziávamos mais uma garrafa de Conhaque, que era escondida sempre que um policial passava perto da gente.
Chegou a um ponto em que eu pude desenterrar minhas mãos de meus bolsos e esticar meus dedos. Comecei a fazer uma série de movimentos com eles, notando que Joe os encarava, curioso.
- O que tá tendo fazer? – ele indagou finalmente. Malditas luvas vagabundas que não aqueciam direito!
- Tentando manter meus dedos quentes e com circulação. – respondi, sorrindo sem mostrar os dentes. Jonas riu e botou sua mão sobre a minha, apertando-a levemente. Sorri e inclinei minha cabeça em sua direção, notando que ele mantinha um sorriso enviesado.
- Acho que nós devíamos ter trazido um colchão. – Joseph riu, apontando para Chelsea e James com a cabeça. Fiz um sinal negativo com a minha e ri de forma anasalada.
- Como eles conseguem ter tanto fogo? – pensei alto.
- A pergunta é como eles conseguem demonstrar tanto fogo? Eu tenho fogo praquilo tudo, mas acho desnecessário esses amassos em público. – levantei meu olhar mais uma vez, encarando sua feição séria, mas completamente provocante.
- Tem, é? – então eu ouvi minha voz indagar de forma charmosa. Oh-oh. Tarde demais para retirar o que eu disse. Vi Jonas tornar a me olhar nos olhos, mantendo seu lábio inferior entre os dentes, de um jeito atraente. O engraçado é que ele conseguia ser sexy sem ser vulgar; eu não conseguia, me sentia estranha.
- Duvida? – seus movimentos não esperaram por uma resposta minha, até porque ele sabia que os meios levariam àquele mesmo fim: o beijo.
Deixei que nossos lábios ressecados pelo frio se alisassem, numa competição para ver quem resistiria à provocação. Eu, obviamente, cedi meus lábios no momento em que percebi o que estava acontecendo novamente. Permiti que nossas línguas se tocassem lentamente, fazendo o mundo ao meu redor parar. Joguei minhas pernas por cima das de Joseph, nos aproximando mais. Suas mãos se encontravam encaixadas em meus cabelos, se movendo de acordo com meus movimentos.
Eu não pararia, se não fosse pelo pensamento que me invadiu.
- Isso porque você era contra dar uns beijos em público. – murmurei, ainda de olhos fechado, contra seus lábios. Abri meus olhos, encontrando seu sorriso branco e tímido à minha frente.
- Não me importo de ir contra os meus princípios essa noite. – ele me lançou uma piscadela, acompanhada de outro sorriso.

Flashback Off

Cheguei à casa dos Jonas em menos de 20 minutos perdida em pensamentos. A porta foi aberta por uma Selena saltitante. Notei que o cômodo estava preenchido por 8 cabeças. Faltava o Joseph, como sempre.
Ao passo em que eu adentrava a sala, ele ia descendo as escadas com uma camisa com decote em V e o cabelo desarrumado, inusitadamente charmoso, me lembrando de mais uma cena do ano novo.

Flashback On

Com um copo de plástico praticamente transbordando de champagne, brindei com o pessoal. Enquanto os fogos de artifício começavam a preencher o céu, caindo em cascatas reluzentes, eu bebericava o líquido e fazia os pedidos de sempre mentalmente.
Quero que tudo se resolva esse ano. E, foi pensando nisso, que olhei rapidamente para o semblante mal-iluminado de Joseph. Tornaria a olhar pra frente, se não fosse uma mão a me puxar pela cintura. Sorri instantaneamente, sem nem precisar olhar para cima para reconhecer a quem pertencia a mão.

- Sabe... – Jonas começou a falar. A queima de fogos havia acabado há um tempo, e agora nós 10 estávamos praticamente sozinhos em frente ao Palácio de Buckingham. Eu, que antes estava com as costas coladas ao muro, girei meu corpo na direção do de Joe. – Um passarinho fofoqueiro me contou hoje que uma menina chamada Demetria estava prestes a namorar. – enviesei um sorriso.
- Ah, é mesmo? Menina esperta essa. E quem é o felizardo? – perguntei, fingindo não saber do que se tratava.
- O passarinho falou que é um menino que anda pelas redondezas de Londres com sua banda. – Joseph mantinha uma expressão naturalmente encantadora.
- E ele é bonito? – indaguei, vendo-o tirar as mãos dos bolsos dianteiros da calça.
- Muito bonito, quase um príncipe. – ele riu suavemente, me fazendo acompanhá-lo. Dei um empurrãozinho de leve em sua barriga. – Pois é, e o plebeu, que se acha um príncipe, quer ficar de verdade com essa Demetria. – Jonas retraiu seu sorriso para falar.
- Que menina sortuda, não? – mordi meu lábio inferior, mantendo-o preso por um tempo, e encarando seus olhos encantadores.
- Demetria, você quer ser minha garota de sorte? – finalmente acabou a estória. Não contive um sorriso imenso e confirmei veemente com a cabeça. Sorrindo de igual forma, Joe se aproximou e me tomou em seus braços, selando o nosso, então, namoro.

Flashback Off

Os seguranças que mantinham a pose na porta da agência de turismo nos olharam de soslaio assim que saímos, os 10, da loja. Certo... não era estranho encontrar 10 pessoas juntas, mas 10 pessoas juntas falando alto e fazendo brincadeiras era.
E com o dinheiro devidamente trocado, fomos pra uma cafeteria que tinha ali perto.
Tirei meu sobretudo - fazia muito frio – assim que senti o bafo quente do aquecimento ao entrar no pequeno Café da esquina. Ocupamos um sofá e três cadeiras, já que Liam não pôde ir e os casais não se importavam de se espremer no sofá. Agora você imagina 6 pessoas num sofá de 3 lugares. Tenso.
“Can’t read my, can’t read my, no you can’t my poker face.” O celular de Joe começou a tocar subitamente, fazendo com que todos olhássemos pra ele.
- Lady GaGa? – Nick falou em meio a risadas. Jonas mostrou-lhe o dedo médio e atendeu.
- Joseph Jonas a seu dispor. – ele riu. Rolei os olhos, aproveitando para usar os cafés como um álibi pra não escutar a conversa. Rumei até o balcão, chamando o atendente mais rabugento de todos os quatro que trabalham ali, Ralf.
- Seis expressos, três capuccinos e nove donnuts. – ele anotou tudo num papel, resmungando “mais alguma coisa?” em seguida.
- Não, brigada. – forcei um sorriso simpático e girei meus calcanhares em direção ao sofá, desmanchando minha pseudo-felicidade ao ver que meu lugar estava ocupado. Marchei em passos firmes até a poltrona.
- Vaza, Jonas. – proferi sem emoção, vendo-o me ignorar. O telefone parecia tão interessante pra ele. - Vai rir com a piriguete em outro lugar. – novamente fui ignorada. Uma súbita onda de fúria subiu a minha cabeça e eu me decidi, por mais infantil que fosse, que eu tornaria a sentar naquela poltrona. E assim, determinada, me joguei em seu colo, causando espanto nas pessoas ali presentes. Dei de ombros, olhando por cima do meu ombro para o rosto de Joseph, que agora se despedia no telefone.
- Tá confortável aí? – ele perguntou com um tom de voz completamente sarcástico.
- Não muito, estaria mais se você não tivesse aqui. – ouvi minha voz rebater sem pestanejar.
- Pois eu não vou sair daqui. – rangi meus dentes. – Vai ligar pra mamãe? – mexi meu quadril sutilmente sobre suas pernas, o que o fez estremecer ligeiramente.
- Se eu continuar, vai ligar pra piriguete de novo ou vai pro banheiro? – indaguei no mesmo tom que ele havia usado.
- Tá com ciúmes? Quer ir pro banheiro comigo? – uma risada áspera foi adicionada ao fim da primeira pergunta. Gargalhei de forma forçada.
- Nunca, querido. Isso é parte dos seus sonhos. – então lancei-lhe uma piscadela, vendo-o fazer uma careta.
- Porque nos seus eu digo que te amo. – fechei meu punho com força, levantando em seguida.
- Você não disse isso. – murmurei entre meus dentes, observando suas feições alegres. Tirei uma das xícaras de café da bandeja do garçom que passava e joguei o conteúdo no colo de Joseph, vendo-o gritar em protesto. Arranquei meu sobretudo, que antes estava preso pelas costas de Joe, da poltrona. Tirei uma nota de cinco libras do bolso e joguei no colo de Selena, que, assim como os outros, observava a cena abismada. E em passos largos, saí da loja e atravessei a rua, deixando um idiota com as pernas quentes, e 7 jovens estarrecidos para trás.

MIL DESCULPAS - MARATONA

Fofolet's, queria pedir desculpas pelo sumisso.
Estava trabalhando e nao tinha nem  tempo direito de entra na net.
E agora comecei a estuda e cmomo muitas meninas sabem  estou no 6º semestre e nao é facil....
Vou começar a mexe com o TCC ai ja viu...
Nao sei  o que vocês estão achando disso tudo mas nao devem estar contente porque nao é a primeira vez que eu deixo vocês na mão...
Peço novamente MIL DESCULPAS....
Vou tentar postar ao poucos...
Mas peço ENCARECIDAMENTE que vocês comentem para saber se nao estou postando para o nada, pra saber se ainda tem alguem que esteja com paciencia pra mim posta... XD
Bom como prometido no ultimo poste vou fazer maratona....
Vou postar  5 capitulos e no final dele vou pedir minimo de coment's....
Podem conversar comigo que eu ADORO ta?!?! Tentarei responder as curiosidades de vocÊs aos poucos...
;)
Bom, espero que nao fiquem bravas comigo..

Bjs
E ESTAVA COM SAUDADES DE VOCÊS....