quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Capítulo 04

Girly afternoon? I don't think so...

O sol estava no céu, as nuvens se dissiparam e eu estava me sentindo feliz, sem razão aparente. Levantei rapidamente para pegar um termômetro e me olhar no espelho. Talvez eu tivesse contraído uma gripe ao ficar em casa...
Recapitulando: meu cabelo não estava legal, uma espinha imensa tinha nascido na ponta do meu nariz, e eu estava feliz. Que porra estava acontecendo comigo?
Foi então que me lembrei do sonho no qual eu recebia juras de amor do Joe quando nós estávamos num parque, e eu tinha um cachorro, não lembro de qual raça. Isso não importa... o que importa é que o sonho foi real o suficiente para que eu esperasse ter recebido, realmente, um SMS dele. Pobre e ingênua menina...
Meus pensamentos felizes se esvaíram quando me espreguicei e me dei conta de que isso nunca iria acontecer. Ok, talvez nunca fosse algo MUITO forte. Mas ainda era o mais provável quando se pensava em Joseph Jonas.
Fechei as cortinas do meu quarto e voltei para minha cama, me encolhendo na posição fetal. Merda. Eu tinha que pensar nele assim que acordasse?
Permaneci alguns segundos naquela posição até meu celular, incrivelmente discreto, tocar. Será que...?
Olhei o visor.
- Pff. – resmunguei. Atendi a ligação. – O que que tu quer? Ainda é meio-dia. – falei para Daniella.
- Vamos passar aí pra te pegar em quarenta minutos para ir almoçar na praça de alimentação do shopping. – me informou. Antes que pudesse desligar, eu berrei:
- E se eu não tiver com fome? – como sempre, alguém tinha que ser do contra.
- Aí você vai ver a gente comer até ficar faminta. – Dani riu. Escutei uma voz ao fundo, a qual reconheci instantaneamente: Selena. - Se levanta, emo! Eu sei que você tá dormindo ainda, cabeção!
- Quanto amor a essa hora, não? – murmurei enquanto finalizava a ligação, me levantando de vez e me desequilibrando ao fazer isso. Caí na cama de novo, ainda tonta.
Oh, happy day...

Não é tão fácil assim se livrar de uma briga. Digo, não é tão fácil esquecer do fato. A cada 10 metros tinha um casal de mãos dadas, sorrindo. Uns com bebês, outros sem; uns com sacolas, outros com sorvetes; todos felizes.
Dei-me conta de que o nosso grupo nunca mais seria o mesmo, pelo menos não as nossas conversas. Todos estávamos mudados. Chelsea não ficava sem James por um segundo, Selena, Daniella e Miley SEMPRE falavam algo sobre um fim de semana perfeito. E aí vinha eu, que não tinha uma história perfeita para contar. Certo, olhando para todos os lados, eu até tinha uma história meio bonitinha e tal, mas nunca seria bom o suficiente se comparado ao jantar romântico na casa de Kevin, ou se comparado a como as meninas se sentiam: contentes e amadas.
Para mim, sempre teria aquele pingo de pessimismo para fazer o copo transbordar, sempre teria uma ponta de desconfiança para fazer o barco naufragar, e, além de tudo, sempre teria uma lágrima de incerteza, de insegurança por trás de cada sorriso.
Viramos mais um corredor da grande Harrods, à caça de uma meia-calça preta de fio 70: a missão. Todas as meias eram fio 40, o que não ficava legal para usar com vestidos. Não naquele inverno estupidamente gelado.
- Eu desisto! – joguei minha cabeça para trás, apoiando cada mão em um lado da cintura. A meia-calça ficaria perfeita com um vestido que eu usaria pra qualquer festa que pudesse rolar.
- ACHEI! – Daniella veio com a bendita em mãos, fazendo uma dancinha extremamente tosca. – Sou maravilhosa, beijos. – ela riu, mandando beijinhos no ar depois.
- Vai mandar beijinho pro Kevin, vai. – murmurei, com um ar brincalhão. Pois é, sempre eles estariam em nossas conversas.
- Qual é o próximo tópico da lista? – Sel perguntou. Chelsea pegou o papel e riscou “meia-calça da Demi”. – Capa pro violão do Joe. – a olhei de soslaio. – Que foi? Se eu não comprar, a gente não vai ter música, filha! – dei de ombros, seguindo até o caixa para pagar minha meia-calça, sendo guiada até uma loja de música por elas em seguida.

Uma coisa que eu adorava nas lojas de instrumentos menos conhecidas é que eles deixavam testar os equipamentos em um canto da loja. Então, enquanto Chel ia para o canto das capas e acessórios, eu fui correndo pra uma guitarra, que tava paquerando há um tempo.
Peguei a guitarra, liguei-a no amplificador e fiz a introdução de Stairway to Heaven, do Led Zeppelin. Sorri comigo mesma ao terminar e reparei que um menino me observava do balcão. Ele desviou o olhar e eu voltei minha atenção para a voz que me chamava.
- Esse é o seu sonho de consumo? – My perguntou. Virei meu olhar pra ela.
- É! Eu sei que eu sou só um pouco mais que iniciante... E no violão, ainda por cima, mas depois que eu ficar fera, eu volto e compro. – olhei para a etiqueta. £ 2,300. Arregalei os olhos. - Se eu tiver dinheiro, é claro.
- A introdução ficou igual, Demi. – sorri em agradecimento.
- Levou anos pra eu conseguir aprender... – observei. – Mas a prática leva à perfeição. – dei um sorrisinho e coloquei a guitarra no apoio de novo.
- Desconto de 10% da casa pra iniciantes. – o tal menino, que antes me olhava, se aproximou. Miley me olhou de soslaio e saiu murmurando um “Acho que me chamaram ali”.
- Eu agradeço, mas ainda sim tá fora do meu orçamento. – soltei uma risada frustrada.
- As Les Paul tem a mesma qualidade, mas a série dela não vem com pedaleiras, e também não é customizada, por isso é 800 libras mais barata. – ele pegou uma guitarra idêntica à outra e plugou no amplificador, tocando o mesmo que eu tinha tocado há dois minutos.
- É, o som é bem parecido mesmo. Também aposto que você não é iniciante. – não, eu não estava cantando o cara. Só estava tentando ser agradável.
- É... – e deu uma risadinha envergonhada. - Matthew. – o garoto me estendeu a mão. O cumprimentei, dizendo meu nome. E logo após eu soltar a mão dele, meu nome foi gritado.
- Bom, tenho de ir. Nos esbarramos por aí. – falei de forma apressada, correndo para encontrar as meninas, que já estavam saindo da loja. Estraga prazeres.
De forma inevitável, um sorrisinho ficou brincando em meus lábios até Chel desmanchar a cara fechada para me dar um esporro.
- Olha só, dEMETRIA, o meu irmão tá brigado com você, mas isso não significa que você pode sair de sorrisinhos por aí pra outros garotos, entendeu? – ela realmente parecia puta da vida. Todo o sangue presente em meu corpo subiu para o meu rosto. Ah, ela não tinha falado aquilo.
- Primeiro de tudo: nós terminamos, demos um tempo ou qualquer outra expressão que você quiser; segundo: eu estava sendo legal com o vendedor; terceiro: não me venha pedir pra chorar pelo seu irmão, porque eu já fiz isso demais! E o que EU recebi em troca, porra?! Um “eu não te amo”! Isso é justo? ME POUPE! Se você quer defender alguém, arranje uma pessoa decente pelo menos! – esbravejei, recebendo nada como resposta. Notei que algumas pessoas ao nosso redor tinham parado pra olhar. Voltamos a andar, mas sem a energia de antes.

Partindo do princípio que a gente passaria as manhãs dormindo e as noites acordados, resolvi comprar mais roupas bonitas do que confortáveis.
Andamos até uma loja em promoção. Comecei a procurar um sobretudo que combinasse com as novas peças que eu tinha comprado.
- E esse aqui?– Daniella indagou, estendendo a peça no ar pra eu ver.
- Roxo prende muito... – murmurei em resposta, torcendo a boca em uma careta. Peguei um que atendia ao que eu queria. Eu tinha três sobretudos, e todos eram pretos. E feios.
- Esse tá bonito. – Selena falou, enquanto pegava outros cabides pra ela. Concordei com um aceno de cabeça, e saí da seção de casacos, indo recolher vestidos para experimentar.

Peguei um vestido de oncinha e uma legging laranja, entrando no provador e desfilando pelo corredor das cabines enquanto Dani tirava fotos e My terminava de pôr a saia de zebra por cima do collant vermelho. Tentávamos esconder as risadas para não chamar a atenção das vendedoras.
- Emperrou o zíper! – Daniella começou a rir e murmurar que o zíper não abria, fazendo todo o nosso esforço ir por água abaixo.
- Fodeu. Guarda a câmera, Demi! – peguei a câmera no ar e entrei na minha cabine, gargalhando enquanto tirava a roupa e colocava a minha. Podia imaginar que Miley e Dani faziam o mesmo.
- É agora que a cara de cachorro vem encher o saco. – apelidamos nossa vendedora. Assim que saí do provador, dei de cara com a dita cuja, que arqueara uma sobrancelha.
- Hum...erm... não vou levar essas aqui não. – falei, tentando prender outra risada. A sobrancelha dela se elevou mais ainda e eu fui pra área masculina, esbarrando em um alguém conhecido. Olhei para trás enquanto pedia desculpas e engoli minhas palavras na hora em que reconheci o rosto. Apressei meus passos na direção oposta da loja, ignorando o que o rapaz tinha a dizer e encontrando Miley no caminho.
- Sinal vermelho. – murmurei. – Joseph tá aqui. – e então me lembrei que de nada adiantava eu falar isso, porque ela queria que a trupe estivesse aqui. Todo mundo queria que eles estivessem aqui, menos eu, que insisti por um clube da Luluzinha.
- Isso significa que os meninos estão aqui também. – ela fez uma careta. Copiei a expressão da vendedora: sobrancelha arqueada.
- E você não quer que o seu namorado esteja aqui? Digo, por favor, vocês tiveram uma briguinha... todo casal normal tem disso. – dei ênfase ao “normal” porque eu e Jonas nunca passamos de amigos com benefícios ou namorados por conveniência (da parte dele).
- Tô cansada dele ficar implicando com todo e qualquer homem que fale comigo. Você acredita que ele achou que eu tava traindo ele com o cara da pizza? Só porque na noite anterior o mesmo entregador tinha ido lá e eu fiz uma brincadeira com ele! Tipo, cadê o humor dessas pessoas? – reparei que ela gesticulava muito, esbarrando em várias peças de roupa enquanto traçávamos um caminho por entre as araras.
Observei a uns metros à frente Nick e Kevin adentrarem a loja. Bufei. Ótimo dia da Luluzinha!
- Qual a chance do Liam estar aqui? – ela indagou com uma convincente infelicidade. Dei de ombros.
- É provável. – falei baixo, tentando me concentrar em achar um jeito de sair dali.
Qual a chance de eu arrumar uma capa de invisibilidade e correr pra casa? Nenhuma?
- Vamos ao cinema, galera? – Sel, que já estava enroscada a Nicholas, perguntou. – Vamos, vamos, vamos? – ela ficou insistindo até que todos confirmassem, menos eu. Dei de ombros, como já estava acostumada a fazer.
- Só tenho que pagar o meu sobretudo. – adicionei. – Mas podem ir na frente. – sorri, tentando parecer convincente o suficiente para dar bolo neles e ir pra casa. Por que eu estava tão cismada em ir pra casa, afinal? Talvez porque eu estivesse envergonhada por ter sonhado uma coisa tão surreal; talvez por eu ter esquecido como lidar com situações onde o “inimigo” estava presente; ou talvez por eu simplesmente estar me tornando uma pessoa caseira?
- Eu fico aqui. – My se pronunciou, me fazendo estranhar. Ela sempre estava no grupo dos que vão na frente e que topam tudo. Eu tinha duas alternativas: ou ela fugiria comigo ou me forçaria a ir com ela.
Todos concordaram e seguiram loja afora.
- Você não vai fugir e me deixar sozinha com aqueles casais loucos. – Miley disse exatamente depois de um minuto.
Merda.

Devo admitir que eu já não estava suportando mais aquela fila. Milhões de pessoas resolvem usar liquidações para presentes de Natal atrasados; eu tinha esquecido disso.
Fiquei discutindo sobre brigas com My por tanto tempo que só em pensar nisso já deixa meu cérebro dormente. Acho que também não prolongaria mais o assunto se isso não acontecesse simplesmente pelo fato de eu não conseguia mais bolar hipóteses que unissem todos os fatos e fatores aos rompimentos.
- Acho que a gente tá ficando obcecada com essa coisa de relacionamento. – ela observou depois de um tempo. Concordei, mas logo depois adicionei:
- Como se fosse possível esquecer disso quando todas as suas amigas namoram caras da mesma rodinha. É um inferno. – meu comentários soou bem mais áspero do que devia. Fui atrapalhada por meu celular. Selena.
- Fala. – respondi ao “Alô?”. – Estamos no terceiro piso, chegando ao cinema. – observei a fila da bilheteria se aproximar mais e mais enquanto eu falava.
- A gente tá dentro do cinema, já compramos os ingressos. Beijos. – murmurei um “Ok” e desliguei também.
- Você senta do meu lado. – sussurrei entre dentes para Miley, que concordou com a cabeça.

Passamos pelos balcões de comidas, encontrando o pessoal perto da entrada das salas. Notei que James havia chegado. Sorte da My, assim eu não teria coragem de deixá-la sozinha com os outros casais.
Liam não estava lá, também não me interessei em perguntar onde ele estava. Mas My suplicou para que eu o fizesse.
- Cadê o ? – indaguei com meu sincero tom casual enquanto pegava o ingresso com Daniella.
- Teve que visitar uns parentes, acho que a prima dele perdeu o bebê ou algo assim. – olhei para Miley, que era mais transparente que um vidro, e notei que ela estava com uma certa preocupação.
- O que foi? – deixei que os outros fossem à frente para que eu pudesse falar com My, ainda que baixo.
- Essa prima é considerada como uma irmã. Ele me contou que a menina tinha saído de casa pra ir morar com o namorado e tudo mais. – murmurei um “uhum”.
- E o porquê dessa cara aí é...? – então reparei que não era remorso, era preocupação.
- Não gosto quando acidentes acontecem. De certa forma, sei que ele deve estar triste e queria conversar pra saber se tá tudo bem. – ela sente saudades, ele sente saudades. E tudo acaba bem. Fim! - Mas enfim... – então soltou um muxoxo.
- Você pode ligar pro Liam. Não acho que ele vá se importar... – disse com um sorriso amigável, me calando assim que entramos na sala, o que a deixou pensando.
Subi as escadas até chegar à nossa fileira. Eu tinha duas opções: ouvir o barulho dos beijos quentes de Chel e James ou ficar sentada por duas horas ao lado de Joseph. Virei-me para olhar pra Miley, que foi chamada imediatamente por Chel para o outro lado. Revirei os olhos. Ô infantilidade!
Senti seus olhos curiosos acompanharem a minha mudança de feições e deixei que os adjetivos ruins para descrever essa cena do capítulo da minha vida se dissipassem junto com o perfume que Joe trazia consigo. Porra, até nisso ele tinha que ser bom. ATÉ NA DROGA DO PERFUME!
Continuei inalando aquele aroma, que comigo funcionava melhor que champagne com ostras - o “abre pernas” - reparando que assim que as luzes apagaram nossos ombros se encostaram. Olhei de soslaio pra ele, notando que Jonas fazia o mesmo. Torci meu nariz e respirei fundo, movendo meu corpo na direção oposta.
O filme começou. Que filme era esse mesmo? Não lembro deles terem dito, e agora também não faria nenhuma diferença... Garanto que se eu gostar, foi o casal problemático que escolheu. Se eu quiser vomitar, foi o casal que pega fogo, Jimmy e Chelsea. Agora, se eu quiser me matar de tão deprimida, foi o casal nerd com sua mania de querer ver filmes cult, como um documentário sobre a vida das crianças no norte de Moscou. Sério, se quiser ver algum filme bizarro, os chame.
Então foi a vez de nossos pés se esbarrarem. Na verdade, acho que Joe fez de propósito, porque agora eu sentia meu pé balançar. Agora ele queria brincar?
Descruzei minhas pernas e deixei que meu peso se apoiasse sobre um braço. Logo senti o perfume dele se aproximar.
- Pára. – sussurrei entre os dentes. Merda, era isso que Jonas queria o tempo todo: que eu desse atenção a ele, ou admitisse que dava.
- Com o quê? – olhei-o com o canto dos olhos, notando que um sorriso enviesado brincava em seus lábios finos. Mordi minha língua para não falar mais nada e me movi na direção contrária da cadeira, me afastando – embora meu subconsciente me suplicasse para ficar lá - o máximo que conseguia.
Em certo ponto do filme, eu já tinha me deixado levar pela trama boba. Era basicamente uma refilmagem de Eurotrip. Ou seja, mais idéias loucas pros meninos quererem pôr em prática.
Não tinha autorizado meu corpo a voltar à posição antiga, mas ele o fez. E, embora o normal fosse eu não gostar disso, eu gostei de sentir seu perfume por mais um tempo. Até que Jonas reparou que eu estava perto de novo e resolveu pôr o antebraço na frente do meu cotovelo, sem encostar. Tudo bem, não significa nada.
Fiquei esperando que o próximo passo viesse: encostar em mim, mas este não veio. E então eu reprimi minha vontade de prosseguir, porque por mais que uma grande parte irracional minha quisesse que ele não desistisse de mim, o restante conseguia raciocinar e entendia que eu nunca podia pisar um passo muito largo a diante.
E passei o resto do filme sem contato, sem olhares, sem indiretas, escondendo meus desejos e me envergonhando por minhas vontades.
AVISO IMPORTANTE LEIAM.....
 
CADE AS MINHAS SEGUIDORAS?!
TENHO 120 E NAO TENHU NEM 15 COMENT'S NOS POST'S....
TO MOLE EM ?!
As seguidoras fieis sabem que eu fico MUITOOOO chateada com isso...
E sabem tambem que quando eu estou de bom humor eu faço maratona...
E se nao tiver coment's fica meio complicaod né?
¬¬
Estou IMPLORANDO......
Comentem... Pois  quanto mais comentario mais postes vcs tem....
TUDO DEPENDE DE VOCÊS....

quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

DIVULGAÇÃO

Eu li gostei e estou indicando...
Espero que gostem tbm...
Bjsss

http://jemiatracaoirresistivel.blogspot.com.br/