segunda-feira, 30 de abril de 2012

Capítulo 03

 She couldn’t take the fame   


   O pior é que depois de 3 anos ainda se lembram disso. Será que é tão anormal assim uma menina levar um toco na frente de mais de 100 pessoas? Ok, é. Mas ninguém merece te lembrarem isso sempre que podem. ELES NÃO ACHAM QUE AS PIADINHAS PERDERAM A GRAÇA, NÃO? Inspira e expira, Demetria. Isso mesmo, muito bem. A questão é, ninguém sabe o quão ruim é até acontecer com você mesmo. Ainda me lembro do primeiro dia de aula depois daquela noite...
Cheguei no colégio 5 minutos antes das aulas começarem, não me lembro direito o por quê. Passei pelo portão principal a fim de achar minhas amigas. Mas lembrei que elas deveriam estar saindo de casa naquela hora. Comecei a escutar comentários do tipo: ‘Ei, menina, o amorzinho da sua vida já vai chegar.’, ‘ Fala dragãozinho, o toco foi feio hein?!’. Tentava me acalmar ignorando esses comentários, mas foi tudo em vão, corri para o banheiro, me tranquei em uma cabine e desatei a chorar. Sentia que tudo o que as meninas não me deixaram fazer nas noites anteriores, eu estava fazendo naquele momento. Flashes da noite de sábado passavam em minha cabeça e isso só me fazia sentir pior ainda. Senti uma sombra tapar a luz branca que aquele banheiro possuía. Olhei para o alto e a faxineira me fitava com uma expressão de dúvida.

-Se você não quiser ficar trancada na escola é melhor você sair daqui agora. Independente do que esteja fazendo aí – Hesitei por um minuto, pensando em fazer uma proposta a ela. Quem sabe ela não topasse em me trancar nesse banheiro, me levando refeições todos os dias até que todos se esquecessem de mim. Eu sei que é uma coisa meio LOST (infelizmente sem o Sawyer), mas poderia até dar certo, se eu não ‘tivesse parecendo uma drogada (olho vermelho + nariz vermelho + dentro de um banheiro vazio) o que não resulta numa imagem muito boa para se confiar. Com medo daquela pessoa SUPER simpática, me levantei e segui até minha casa, onde me tranquei no quarto o resto do dia, recusando qualquer comida ou mimo que Maria, a nossa querida empregada, pudesse oferecer.

Agora vocês me perguntam: e suas amigas? Eu esqueci o celular em casa e nós sempre chegamos atrasadas, não sei por que eu cheguei cedo naquele dia, na verdade eu não sei nem por que eu fui. Conseqüentemente elas acharam que eu tinha faltado e não foram me procurar. Preferia ter ficado em casa, no meu quarto, escutando músicas de fossa, comendo chocolate e enchendo o rabo de sorvete. Por que eu não o fiz? Simples, porque se eu tivesse feito isso, minha empregada ia me dedar (NÃO NO SENTIDO LITERAL!) para minha mãe e lá viria uma daquelas conversas nas quais sua mãe mantém um sorriso amigável, acha que tem sua idade e procura saber de tudo, quando na verdade ela já leu e escutou tudo escondida, se eu ao menos tivesse um pitbull pra ensinar a lançar um daqueles olhares from hell e mostrar os dentes. É, ‘tá na hora de providenciar um. Como eu queria aproveitar a idéia do meu professor de música: fazer um contato com a Al-Qaeda e encomendar 50 caixotes de granada, reunir todos no auditório e as estourar lá. Ou melhor ainda, fazer um contato com o diretor da seqüência ‘Jogos Mortais’ e pegar emprestado todos os dispositivos, para jogar um jogo com eles. Claro que não apareceria meu rosto na TV e sim uma daquelas barbies que só tem pescoço e rosto. Sim, eu tenho medo delas. Voltando ao assunto inicial...Eu sinto que esse ano as coisas vão mudar.



Continua... 

Bom meninas irei viajar hj e só voltarei amanha a noite e talvez possa vir aki novamente só na quarta então estou deixando um caputilo  pra vocês sem atingir a meta. Prometo que  o resto da história tem mais emoção!! ;) 
10 COMENT'S PARA O PROXIMO

sábado, 28 de abril de 2012

Capítulo 02

Let me say a few things... 


Eu estava sentada no sofá da sala, escutando Pink no meu iPod, não sei por que, mas as músicas dela sempre trazem algum significado para mim. Desculpe, não me apresentei,meu nome é Demetria Lovato, para os mais íntimos, Demi. Tenho 16 anos, estudo na St. Marry’s High School (n/a: Sou péssima pra criar nomes), em Londres. Quer o RG da mãe também? Ok, piada sem graça, eu sei. Continuando a apresentação...Meus pais são divorciados desde que tenho 7 anos.E moro com minha mãe desde então. De fato, já me acostumei a não ter meu pai sempre por perto, já que antes da separação ele vivia no trabalho e sempre que chegava eu já estava dormindo. Antes que esqueça, vim do Brasil aos 5 anos de idade, mas mantenho contato com a parte da família que continuou lá e com alguns amigos, Internet realmente é uma benção.
Não digo que sou rica, pois não possuo uma mansão, nem um daqueles conversíveis, que sem dúvida custam muito mais que minha casa e a do vizinho juntas. Sempre me disseram que eu sou de classe média alta, e como nunca soube diferenciar baixa, média e alta, sempre digo que sou classe média. Enfim, isso não importa.
Como todo colégio possui as “panelinhas”, o meu não é diferente. Sempre digo que eu sou do grupo das normais, num fede nem cheira, sabe como é? Claro que eu possuo amigas, Selena, Miley e Daniella.Ou se preferir, Sel, My e Dani. Selena é daquelas que quando você passa mal (lê-se vomita), ela segura o seu cabelo e só sai de perto de você quando você já estiver dormindo. Ok, isso foi nojento, já aconteceu, mas, descarta isso, tenho outra descrição. Selena é praticamente uma irmã pra mim. A voz da experiência, ela sempre tem uma história pra contar. Aí vocês me perguntam: como assim voz da experiência se vocês só tem 16 anos? Eu respondo: Selena e My são 2 anos mais velhas do que eu, elas repetiram a 7ª série, mas como sempre tento ver o lado bom das coisas, embora muitas vezes isso não funcione e eu acabe perdendo a cabeça na maioria delas, eu penso que se elas não tivessem repetido, eu não as teria conhecido e nem me tornado tão amiga assim delas como eu sou hoje.
A My é a mais engraçada e verdadeira, se quiser uma opinião sobre sua roupa ou qualquer outra situação, vá até ela. E Daniella, bom a Dani é a mais inteligente das quatro e sempre tem um conselho para te dar.
Por ser a mais nova das quatro, eu ganhei vários apelidos, como: Little Baby, usado em momentos de ternura, Novinha, quando elas já tão meio chapadas, Pirralha, quando elas acham que eu faço alguma coisa dar errado, sem querer (hehe) e por aí vai.
Nós podemos ter nossas diferenças, como todas as pessoas têm, mas também temos nossas semelhanças, como todas já termos gostado de um McFly.
McFly é a mais querida bandinha da nossa escola, as poucas músicas que eles já compuseram, são realmente boas, mas, sinceramente acho que eles nunca sentiram tudo o que falam. Como cada um tem sua opinião, eu também tenho a minha, mas prefiro guardá-la para mim. Voltando ao McFly, seus integrantes são: Paul Kevin Judd, ex-quedinho da Di ; Nicholas Poyntner, ex-quedinho da Selena ; Liam Hemsworth, ex-quedinho da My e Joseph Jonas meu ex-quedinho que eu me arrependo profundamente até hoje de ter gostado dele por mais de 2 anos.
Como eu queria simplesmente esquecer o que passou e fazer os outros esquecerem disso também.


Continua...
10 coment's para o proximo 
Que bom que estejam gostando meninas. ;)
 


DIVULGAÇÃO:
Os blogs abaixo são da Larissinha!! XD

sexta-feira, 27 de abril de 2012

Capítulo 1

 Everybody likes to party on saturday night

3 anos atrás
{narração em 3ª pessoa}

Sel e Dani esperavam Demi descer para irem à festa de 15 anos de My.

-Desce logo Demi! Meu pai já ligou o carro, só falta você. – gritou Selena do 1º andar.
-Já to indo cambada. – Demi falou descendo as escadas.
-Eita! É hoje que ele deixa a magricela da Ashley de lado. - falaram Sel e Dani seguido de risadas.

Já no local da festa

-Feliz aniversário My! – disseram Selena, Demetria e Danielle em uníssono.
Selena estava de Helena de Tróia, Demetria estava de princesa medieval, Danielle estava de pirata e My de Sininho.
-Obrigada meninas. - My com um sorriso 32-dentes-super-bem-escovados-com-colgate, falou.
-Povo, to indo no banheiro.-Demi se levantou e seguiu ao banheiro mais próximo.
-Então, ele já chegou, My?- perguntou Dani
-Já, ele 'tá lá na pista, acho que 'tá esperando por alguém, pois não para de olhar para os lados. Será que é a nossa princesinha medieval?-My comentou com um sorriso.
-Eu vou lá e pergunto a ele, todas de acordo?- Dani se pronunciou.
-Ok, vai lá.- As outras duas disseram.
Enquanto isso Demi estava voltando e viu Dani saindo da mesa. Estranhou pois ainda era início de festa. Talvez as coisas estivessem mudando e ela estivesse indo dar uns ‘pegas’ em um loiro do olho azul. Riu com este pensamento e sentou em sua cadeira.
-O que aconteceu, gente?- perguntou Demi ao ver a expressão séria no rosto das amigas
Assim que Dani regressou a mesa,ela chamou as outras duas em um canto e Demi ficou na mesa sem entender nada.
Joe sentou numa cadeira em frente à da menina.
-Bom, uma amiga sua falou para mim que você queria ficar comigo, e aí eu vim aqui saber se isso era verdade.- Começou Joe.
-Erm, é isso mesmo.- Demi corou e olhou para o menino.
-Como eu imaginei.- após uma risada sarcástica, ele prosseguiu -Garota, se toca, eu nunca iria ficar com você, eu posso ficar com todas as meninas mais bonitas e populares do colégio. Por que iria ficar com você ? Só se fosse por pena, dragãozi...
Antes que ele pudesse terminar a frase, Demi o atingiu em cheio no rosto e saiu correndo para uma praia perto do local da festa.
Todos os amigos de Joe, que assistiam à cena, foram até a mesa. Enquanto as amigas de Demi foram atrás dela.
-Cara, você pegou muito pesado.- Falou Nicholas.
-Não vem com sermão, porque se fosse com você, você também teria feito a mesma coisa, Poyntner.
-Pelo menos agora ele já 'tá livre dela e das olhadas que ela dava para ele.- Kevin tentou defender Joe.
-Eu concordo com o Nicholas, nada justifica o que você fez. E não se esqueça que você ficou provocando ela por um bom tempo, eu lembro que você ficava a olhando e depois que ela percebia, você virava o rosto e começava a rir - Liam disse.
-'Tá bom gente, não faço mais isso. Agora, vamos lá para a pista, porque eu vi uma mulher-gato que ta de tirar o fôlego.-Joe desconversou.

Ninguém soube, mas Joe realmente se sentiu culpado naquela noite.E, pela primeira vez na vida, ele soube o que é arrependimento.

Praia

Demi estava sentada na areia de frente para o mar, abraçada a suas pernas, sua cabeça estava apoiada em seu braço, e seu rosto vermelho, denunciava o choro.

Ao sentir 3 pares de braço diferentes a envolverem, ela começou a chorar novamente.
-Por que...que...ele...fez...isso...comigo?-Demi perguntava entre soluços.
-Porque ele é um babaca.- Sel falava enquanto alisava o cabelo da mais nova.
-Porque ele não merece que você fique aí chorando por ele.- completou Dani.
-E porque ele não percebeu a menina maravilhosa que você é.- terminou My. Demi já tinha parado de chorar e olhou triste para as outras três.
-Porque eu sou feia, estúpida, gorda e vou morrer sozinha com 50 gatos fedidos e gordos no meu apartamento.- ao terminar a frase ela voltou a chorar.
-Ei, ei ,ei. 1º você não é feia e nem gorda; 2º estúpida você também não é, somente acreditou em um sonho e nós tentamos ajudar você, sem nem ao menos pedirmos sua opinião, então eu peço por nós 3, desculpa amiga...; 3º você não vai morrer sozinha com 50 gatos, o máximo que pode acontecer é você morrer com mais 3 senhoras/garotonas do seu lado e bem feliz.-Dani consolou a amiga.
-Agora pára de chorar e vamos levantar o popozão daí porque amanhã nós vamos estourar a boca do balão, digo, o limite do cartão.-My falou, rindo em seguida e se levantando.
-Suas gírias me matam, My.-Sel falou repetindo a ação da outra.
Assim que todas levantaram, elas deram um abraço de urso.
-Amo vocês meninas.- Demi falou com o rosto menos vermelho.
Depois do episódio, My voltou para sua festa, sem o menor ânimo, somente para receber o resto dos convidados, já que suas amigas tinham ido à casa de Demi pra garantir que ela não chorasse mais e depois cada uma foi para sua respectiva casa.
A partir daquela noite muitas coisas mudaram. 

Continua...



OBS:Bom meninas ai esta o primeiro capitulo, o novo design e me falem se a escrita ta boa para a leitura, pois me pediram pra trocar antes (peço desculpas pela demora) e estou trocando. Se tiver algum problema me avisem e me digam se gostaram do novo isual do blog (sei que nao mudei muita coisa, me apeguei d+ a esse kkk) mas me falem s gostaram o seu preferem outra cor!! ;) 


10 coment's para o proximo

NOVIDADE

AAAHH!!
Surtou de novo!!kkkkk
Então, estava esperando o banner ficar pronto e ficou DIVINO!!
Então como ficou pronto irei começar a história!!
Espero que estejam todas curiosas para ler!!
Bjinhus
 

quinta-feira, 19 de abril de 2012

Explicações

Meninas desculpem a demora.
Só estou esperando o banner ficar pronto pra mim mudar o desing do blog pra começa a posta!!
;)
Bjinhus

terça-feira, 17 de abril de 2012

Chocada!!

Nosssaaa, fiquei super chocada agora.
Com o novo blog da pra ver qntas visualizações teve no capitulo e tem capitulo que teve OITENTA pessoas que leram e apenas  teve VINTE E TRêS COMENT'S  isso sem contar com os repetidos.
Fiquei magoada porque reparei que muita genti entra e  nem coloca um "posta" o que for!!
Gente quem tem blog sabe que somos movidas a coment's e  que ficamos mais alegres qndo comentam bastante e assim estaremos mais motivadas!! Espero que passem a comenar assim sempre estarei motivada a postar mais rapido!!

Quem ler aki da um UP ai em baixo!! ;)

segunda-feira, 16 de abril de 2012

Proxima fic!!!

Bom meninas, estarei repostando a fic chamada "Heartbreak"
Ja tem um tempo que queria postar essa e aqui vai ela. Por falta de tempo nao deu pra mim procurar outra pra fazer votação ta?!!
Espero que gostem  do memo jeito que gostei!! Ela nao tem sinopse então que  ficou encarregada disso fui eu. Desculpe mais eu nao sei explicar direito. Irei atraz do Banner e da sinopse e quando estiver pronta eu venho aqui!
Não sei se estara pronta hoje mas não demorarei a postar!! ;)

"Depois de muito tempo que levou um toco do "amor de sua vida" ela ainda não superou isso.
Mas sera que isso pode mudar? Ele estaria se envolvendo com ela  ou  estaria  tentando brincar com ela?!?! "

Apenas deixei isso pra vocês ficarem curiosa. Fazrei uma sinopse mais decente podem ficar tranquila;) kkk
Bjinhus e espero que não me abandonem!!
Capítulo Dezessete 
Parte 2

- Bom, já posso afirmar com quase toda certeza que é .....uma menina – Ela disse, mostrando o ultrassom para os pais – Era o que vocês esperavam?
Nenhum dos dois respondeu. A única coisa que esperavam é que o bebê estivessem bem. Não se permitiram pensar mais do que isso. Uma menina. Outra menina. Será que ela se pareceria com Stella? Uma parte de Demi queria que sim, outra queria que não.
Eles teriam outra chance de serem pais. E ninguém, ninguém, tiraria sua filha dela dessa vez. Demetria apertou a mão de Joe ainda mais forte. Algumas lágrimas brotaram em seus olhos, mas não de tristeza.

Mais tarde, naquele mesmo dia, Joe e Demetria estavam deitados na cama, apenas encarando um ao outro. Eles não precisavam de palavras, estavam quase brilhando de tanta felicidade. Demetria queria ficar o dia inteiro em casa, apenas contemplando a vida. O ser sentia-se um pouco filosófica até. O quão bonito era o fato de estar carregando um bebê dentro de si? Talvez não achasse muito em outra situação, mas no momento, achava a coisa mais linda do mundo.
- Você já sabe qual nome quer colocar nela? – Joe perguntou, lembrando que acabaram só escolhendo o nome de Stella depois que ela nascera.
- Ainda não – Respondeu, com os pensamentos ainda nas nuvens – Pensei em alguns, mas não sei se combinam. Você tem alguma ideia?
O mais justo era que Joe escolhesse o nome, já que Demetria nomeara Stella praticamente sozinha. Também, porque Demi não tinha nenhuma ideia muito boa, ela sempre pensara em ver o rosto da filha antes de nomeá-la.
- Eu pensei em um – Ele falou, um pouco receoso de dizer. Demetria ergueu as sobrancelhas, um pouco surpresa, mas como quem dissesse para ele falar – Hope.
Era um nome bonito, ela pensou. E com significado, principalmente para eles. Ela seria um símbolo de esperança, e esperança era realmente o que eles estavam precisando no momento, talvez o que eles sempre precisaram e sempre tiveram. Hope resumia toda a situação em um nome. Demetria aprovava aquilo, gostava desse nome. Hope Jonas, essa teria que ser uma forte menina para aguentar pais tão problemáticos quanto eles.
Hope. Demetria mal podia esperar para vê-la.

Outubro, 2011

Demetria olhava para sua filha como se não existisse mais nada no mundo. Hope dormia profundamente, com a cabeça apoiada na mãe. Ela tinha nascido fazia apenas algumas horas, mas já havia se tornado a coisa mais importante na vida de Demi . Ela era tão linda. Demetria nunca deixaria nada acontecer com ela. Demi estava cansada e queria muito poder dormir, mas não queria tirar os olhos de seu bebê nem por um segundo, com medo de acontecer alguma coisa.
- Você devia descansar, Demi – Joe falou, reparando no olhar cansado da esposa – Você vai ter que se separar dela eventualmente.
Mais por medo de acabar desmaiando em cima de Hope e esmagá-la do que realmente porque o argumento de Joe tinha a convencido, ela deixou que Joseph tirasse a filha de seu colo. Poderia ver sua filha novamente quando acordasse. Uma delas, pelo menos.
Agora que Hope tinha nascido, ela percebia como suas preocupações sobre compará-la com Stella eram estúpidas. Hope não era Stella, ela nunca poderia misturar as duas. Sendo filhas dos mesmos pais, elas se pareciam bastante. Certamente, era meio cedo para afirmar, mas Demi achava que Hope lembrava sim um pouco Stella, mas era diferente. Ainda pensando no assunto, Demetria dormiu.
Sonhou com Stella. Sonhou que a filha estava ali com ela, sentada na beirada da cama, olhando para Hope que estava no colo da mãe. Se estivesse viva, Stella já teria nove anos, mas no sonho ela ainda tinha a mesma aparência da última vez que Demi a tinha visto. Stella queria segurar Hope, mas Demetria não deixava dizendo que Hope ainda era muito pequena.
Elas estavam sozinhas no quarto. Demi não sabia aonde Joe tinha ido, deixando-a só com as duas filhas, mas ela não se importava, tinha suas duas meninas consigo e não poderia estar mais feliz.
Stella se aproximou da mãe, passando a mão pela cabeça de Hope. Ao contrário de muitas crianças que rejeitam os irmãos mais novos, Stella parecia adorar Hope, exibia um sorriso do tamanho do mundo. Stella abaixou-se beijando o topo da cabeça da irmã.
- Foi bom te conhecer, Hope. Cuide bem deles – A menina disse, em um tom de voz quase inauditível – Eu tenho que ir – Falou, virando-se para a mãe –Tchau, mamãe.
A Demetria do sonho não entendeu o que a filha quis dizer com isso, franzindo a testa quando Stella pulou para o chão e foi em direção a janela do hospital. Demetria não se preocupava com a filha ficar perto da janela, porque sabia que ela não abria, por isso se surpreendeu quando Stella ficou em pé nela, atravessando o vidro. Com o máximo de cuidado que conseguia ter ao se levantar sem perturbar Hope, levantou-se apenas a tempo de ver Stella pulando pela janela e indo em direção ao céu.
Demetria não entendia nada, mas viu quando a imagem da filha desapareceu e no lugar surgiu um ponto brilhante. Uma estrela.
Com extrema confusão, ela acordou. Fora um sonho estranho, pensou, parecia tão real. De algum modo perturbador, entretanto, fora um sonho bom. Demetria observou que Joe dormia no sofá do quarto e Hope estava quieta dentro do berço, provavelmente dormindo também. Querendo ver como a filha estava, levantou-se e, instintivamente, olhou para a janela do quarto. A estrela estava lá. A estrela de Stella.
Provavelmente já estava ali há milénios, pensou, mas depois desse sonho só conseguiria pensar assim. Fazia sentido que Stella tivesse virado uma estrela. Ela sempre fora uma para Demi . Assim ela poderia vigiar a todos do céu, uma estrela poderia guiar Demi nos momentos difíceis.
Demetria sorriu. Sua pequena estrela estaria sempre ali para ela.
Assim como sua esperança, pensou, olhando para a filha mais nova, que havia se mexido do berço. Demetria pegou-a no colo, tentando adormecê-la de novo, com medo que seu choro acordasse Joe .
Ela e Joe teriam seu final feliz, depois de tudo. Eles mereciam aquilo.

Dezembro, 2011

Demetria carregava Hope de um lado para o outro da sala, tentando fazê-la parar de chorar. Era noite de natal e, por mais que amasse a filha, queria um pouco de descanso. A mãe de Joe , que viera com o marido passar o natal na casa do filho, arrumava a mesa, deixando Demi apenas cuidando de Hope.
Com apenas dois meses, ela ainda era muito pequena para entender e aproveitar o dia. Demetria imaginava que no ano seguinte ela já estaria super animada. Demi mal podia esperar. Tudo sobre Hope fazia o coração de Demetria borbulhar. Era tudo maravilhoso.
Às vezes, Demi ficava com medo de como seria quando ela crescesse. Como ela conseguiria dizer não para a filha? Não sabia se encontraria forças suficientes. Mas não queria se preocupar com isso agora, queria apenas aproveitar enquanto Hope era apenas um bebê.
Ela estava tentando aproveitar todos os momentos da filha. É claro que não tinha acontecido muita coisa ainda, mas aconteceria. Demetria frequentemente via Noah andando pela casa e imaginava em quanto tempo a filha estaria fazendo o mesmo.
Lembrou-se de que devia ligar para Catherine daqui a pouco. Ela pretendia passar o natal com a irmã, mas Cath tinha saído da cidade com Noah e Kevin , indo passar o feriado com a família do marido. Daqui alguns anos, eles poderiam passar todos juntos, quando Noah e Hope já fossem maiores e esperassem ansiosamente pelo Papai Noel.
Eles ainda teriam muitos natais para passar juntos.
Demetria ainda pensava no futuro quando Hope finalmente parou de chorar, adormecendo. Demi quase começou a rir de alegria, só se controlou por medo de acordá-la novamente. Reparando que o carrinho de Hope estava desmontado e com preguiça de subir até o outro andar para deixá-la no berço, Demi ficou apenas passeando pelo primeiro andar com a filha no colo.
Encoutrou-se muito entretida vendo uma fotografia da filha, que estava colocada em cima da lareira da sala. A foto havia sido tirada um pouco mais de uma semana antes e Hope parecia maravilhosamente feliz nela. Bem ao lado, estava um retrato de Stella, em seu último aniversário. Demetria sorriu ao ver as fotografias das filhas uma ao lado da outra.
Ela tinha muita sorte de ter Hope. E tinha tido muita sorte de ter tido Stella.
Ela olhou para a filha, que agora dormia quase profundamente e passou a mão por seu ralo cabelo. Demi amava a filha mais do que tudo. Não imaginava que conseguiria voltar a ser realmente feliz, não de verdade, mas sabia que enganara. Ela estava muito feliz.
Ela seria mais feliz se Stella estivesse ali? É claro que sim. Entretanto, não poderia mais ficar triste. Não quando tinha Hope ali.
Não quando tinha Joe ali, completou, enquanto observava o marido ajudando a mãe a levar a comida para a mesa.
Ela realmente tinha conseguido seu final feliz, não tinha?

Outubro, 2017

Demetria arrumava a casa paranoicamente, enquanto verificava se tudo estava no lugar certo. Sabia que assim que as crianças chegassem tudo estaria desorganizado em menos de um minuto, mas não se importava. Não comemoravam o aniversário de Hope em casa desde seu primeiro ano, desde então vinham comemorando em casas de festas apenas, onde ela não precisa se preocupar tanto.
- O que você está fazendo, mãe? – Hope perguntou, observando a mãe distribuir os copos de forma ordenada na mesa
Hope, que estava completando seis anos naquele dia, usava um vestido azul e um arco de mesma cor no cabelo. Estava muito feliz que o cabelo tinha crescido o suficiente até seu aniversário e agora batia um pouco a cima dos ombros, já que sua mãe a obrigara a cortá-los na altura da orelha alguns meses antes.
- Estou arrumando suas coisas, para tudo ficar bonitinho. E estou tendo que fazer tudo sozinha, já que você, senhorita, não está ajudando em nada – Demetria reclamou, se afastando da mesa e sentando-se no sofá, sendo seguida pela filha.
- Quando as pessoas vão chegar? – A menina perguntou, começando a ficar meio inquieta – Será que meus amigos do colégio vêm, mãe?
E imagina se os pais iriam perder a oportunidade de passar na casa de Joe Jonas ! Demetria pensou, por um momento. É claro que o McFly já não fazia o mesmo sucesso de antigamente, já fazia algum tempo que não lançavam nenhum álbum, mas ainda tinham um número considerável de fãs e estavam planejando lançar um novo álbum no ano seguinte. Hope, obviamente, não entenderia isso, tampouco seus amigos, que viriam somente pela festa mesmo.
- É claro que vêm, querida. Já devem estar chegando, aliás, vá lá em cima chamar seu pai. Quero que ele esteja aqui para falar com os convidados – Ela pediu e Hope saiu correndo, subindo as escadas em direção ao quarto dos pais.
Demetria sorriu enquanto via a garota apressada correndo pela casa. Sua filha estava completando seis anos, estava crescendo tão rápido! Alguns anos antes, ela pensara que nunca fosse poder ver esse dia chegar.
Quase involuntariamente, Demi se viu olhando para o lado, encarando os porta-retratos que ficavam em cima da lareira da sala. Tinham três, o do meio era uma foto de Demetria e Joe na lua-de-mel, que antes ficava no quarto deles, no lado esquerdo tinha uma foto dos dois com Hope, tirada quase um ano antes, em uma viagem. Na foto da direita, a que ela encarava, tinha uma foto com Stella, tirada alguns meses antes de sua morte.
Às vezes, as pessoas que visitavam a casa achavam estranho que tivessem fotos da menina pela casa, mas Demi achava normal. Stella fora uma parte de sua vida, uma parte muito importante, e ela sempre amaria e se lembraria da filha, não tinha motivos de deixar as fotos guardadas e esquecidas dentro de um armário ou pior, jogá-las fora.
Quanto a Hope, ela não falava muito de Stella. É claro que a medida que foi crescendo, começou a perguntar sobre a menina das fotos, como já era esperado, mas Demetria lhe explicou que era sua irmã que morava no céu agora e a menina não questionava isso. Ela, algumas vezes perguntava da irmã, como ela faria isso ou como ela era, mas parava quando percebia que o assunto deixava os pais um pouco tristes.
Hope e Stella não eram nem um pouco iguais. Não que fossem opostas, mas eram diferentes como pessoas são diferentes uma das outras. Enquanto Stella sempre gostara de ficar acordada até tarde e era sempre uma briga para colocá-la para dormir, Hope ia para a cama cedo, sem que ninguém a mandasse. As duas eram muito ativas, mas Hope se acostumara muito mais a brincar dentro de casa com seus brinquedos, já que Demetria se tornara um pouco superprotetora – Não muito, mas depois de perder uma filha, ela não queria correr esse risco novamente de jeito nenhum – e também de ver televisão e mexer nos aparelhos tecnológicos que tinha, como uma verdadeira criança do século XXI.
As duas adoravam música, isso era inegável! Hope fazia aula de ballet e começava a dizer para a mãe que queria aprender a tocar piano. Ela não gostava muito de ir para a escola, mas sempre voltava rindo e contando as histórias do que tinha acontecido em sua turma naquele dia. Já estava começando a aprender a ler! Demi não sabia como Stella seria com essa idade, não tivera oportunidade de ver, mas gostava de imaginar.
Quando Hope era pequena, às vezes fazia algo que lembrava muito Stella, deixando Demi paralizada por alguns segundos, mas logo a mãe voltava ao normal. Na maior parte das vezes, as duas agiam de modos diferentes, era inevitável, porém, que alguma coisa se repetisse.
- No que está pensando? – Joe perguntou, despertando a atenção da esposa.
Demetria nem tinha visto que o marido e a filha já tinham descido, ficara totalmente envolvida em seus próprios pensamentos. Ela deu de ombros e sorriu, levantando-se e dando um selinho no marido.
Como se tivesse previsto, a campainha tocou em seguida e Demi correu para atender, sendo seguida por Hope que acabara chegando mais rápido à porta que a mãe.

Já de noite, a família estava espalhada pela sala de estar. A família incluia todo o McFly e seus parentes. E era assim que eles se sentiam mesmo, uma verdadeira família.
Hope estava sentada no chão, perto do sofá onde a mãe estava sentada. Ela brincava com alguns brinquedos que tinha ganhado, junto com Charlotte, a filha de quatro anos de Liam e Jenny, e com a prima de três anos, Aubrey, filha de Catherine e Kevin . Oliver e Noah , de oito e sete anos, respectivamente, corriam pela casa, se recusando a brincar com as meninas.
No sofá, Elle, que já estava com treze anos, segurava e brincava com Seth, o irmãozinho de seis meses de Charlotte. Ao seu lado, Jenny, de olho do filho para caso ele começasse a chorar, conversava animadamente com Demi , que observava todas as crianças, tomando cuidado para ver se nenhuma delas quebrava alguma coisa ou se machucava. Catherine estava mais próxima da mesa conversando com o marido e com Liam . Nick ia na cozinha, enquanto tentava convencer Selena a parar de ficar correndo atrás de Oliver e deixasse o garoto se divertir.
Joe , que tinha saído para colocar os pais em um táxi, voltou e encontrou essa cena. Ele sorriu, um pouco emocionado com a cena.
- Pai! – Hope gritou feliz, levantando-se para abraçá-lo – O vovô e a vovó já foram embora? – Ela falou com uma cara tristonha – Pensei que eles fossem ficar mais.
Quando o pai confirmou, ela murmurou um “aaah”, mas logo em seguida deu de ombros e voltou a brincar com as meninas. Ao vê-lo entrar em casa, Demetria sorriu para o marido, que se aproximou dela, ficando em pé, atrás dela no sofá. Demi colocou sua mão para trás, segurando a mão de Joe .
Ela sempre quis ter uma família. Agora ela tinha. Uma enorme e maravilhosa família.
Lá fora, o céu estava cheio de estrelas, como raramente se via em Londres. Uma certa pequenina estrela parecia brilhar ainda mais para Demi .
Já não chovia mais.


Fim 


Bom meninas TERMINEI, não me matem pela demora estava ocupada DE MAIS com a faculdade, trabalho aqui, seminario ali prova amanha e tals então tive que demorar um pouquinho mas me perdoem. Bom como eu ja tinha avisado to sem tempo pra escrever as minhas proprias historias então vou continuar repostando. Irei escolher algumas e irie postar a sinopse pra vocês escolherem a proxima. Me dem um tempinho que nao demoro ta?!?! Tentarei postar o mais rapido possivel. 
Espero que tenham gostado da  "Little star" porque quando li achei LINDA!! *_*
BOM DEIXA EU PARAR DE FALAR!!!
kkkkkk Se deixar eu faço um TEXTO ENORME agradecendo a vocês.  =D
Se gostaram deem um coment's ai em baixo!!;)
Bjs e obrigada pela companhia de vocês em mais uma história! XD 
E as novas seguidoras sejam bem vindas e convidem seus amigos para ler tambem!! ;) 

sexta-feira, 6 de abril de 2012

Capítulo Dezessete

Capítulo Dezessete

Fevereiro, 2011

Era o casamento de Liam e Jenny, e Demetria estava sentada na mesa que fora escolhida para ela, cuidando de Elle enquanto esperava Selena voltar do banheiro com Oliver. Elle estava contando animada que já estava escrevendo muito bem e já lia livros sozinha. Ollie, em compensação, não sabia nem desenhar, observou, reparando que a mãe voltava com o irmão, que ainda nem tinha completado dois anos.
Joe estava em algum lugar por ali, provavelmente com Nick . Catherine havia se despedido alguns minutos antes, acompanhada de Kevin , que levava um Noah adormecido no colo.
Jenny passara rapidamente por ali, sem nem ao menos parar para conversar. Ela estava absolutamente linda e muito feliz também. Demetria nunca imaginara que ela acabaria se casando com Liam , ou que ele acabaria se casando algum dia, na verdade. Era o último do McFly a se casar, provavelmente as fãs ficariam tristes com isso.
Demi , entretanto, estava muito feliz. Ela praticamente havia visto todos aqueles garotos crescerem, desde quando ela era uma adolescente e namorara Kevin por um pequeno período de tempo. Ela lembrava-se de quando havia arranjado um encontro entre Selena e Nick . Já haviam se passado onze anos, quem diria? Será que ela acreditaria se a contassem que os dois estariam casados e com filhos, dez anos depois? E que ela estaria feliz, casada com Joe ? Nessa última, ela não teria acreditado cinco anos antes, sem nenhuma dúvida.
Joe voltou a mesa, apenas para puxá-la para a pista de dança. Estavam em uma época divertida do casamento. É certo que às vezes ficavam um pouco preocupados, porque Demetria ainda não tinha engravidado, depois de alguns meses tentando, mas não era nada demais. Era só uma questão de tempo.
Depois que Selena e Nick foram embora, resolveram que já estava tarde e era melhor irem também. Demetria estava um pouco cansada, mas sua ansiedade se sobrepunha.
- Qual o motivo de tanta animação? – Joe perguntou, ao entrarem no carro, voltando para casa.
- Eu gosto de casamentos, só isso – Respondeu, com um sorriso no rosto.
Joe franziu o cenho, estranhando, mas deu de ombros e dirigiu até a casa.

Só que, obviamente, não era só isso. Desde de manhã, ela vinha escondendo um pequeno segredo do marido. É claro que Joseph tinha desconfiado, ele já conhecia Demetria há muito tempo para não perceber suas alterações de humor, mas não a pressionaria a contar nada que não quisesse. Estava tentando não, pelo menos.
- Então, vai me contar? – Perguntou, ao chegarem no quarto e Demetria abrir um sorriso enorme.
Ele já desconfiava do que ela iria falar, não tinha como não. Todavia, estava tentando não colocar sua expectativas muito altas, para caso não fosse nada demais e ele acabasse se decepcionando. Queria, apenas, que ela colocasse seus pensamentos e desejos em palavras.
- Nós conseguimos, Joe – Ela falou, sorrindo e se aproximando para abraçá-lo – Eu estou grávida.
De novo. Finalmente, ela quis acrescentar, porém não falou nada, só envolveu os braços ao redor do marido, apenas compartilhando o silêncio. Joseph beijou o topo de sua cabeça, sem dizer mais nada. Eles estavam há alguns meses tentando e, apesar de ficar um pouco apreensivo, para falar a verdade Joe esperava que fosse demorar mais tempo. De repente, ficara nervoso. E se acontecesse alguma coisa novamente? Ele não queria nem pensar nessa possibilidade.
- Vai dar tudo certo, não vai? – Ela perguntou, como quisesse se assegurar. Joe assentiu dizendo que é claro que ia – Tem que dar – completou – Essa é nossa última esperança.
Literalmente, não era. Mas talvez fosse para Demi . Ela precisava que desse certo dessa vez, se não desse, sua esperança realmente se esgotaria. Era o novo símbolo deles, que estava para nascer.

Junho, 2011

Demetria não conseguia se lembrar da última vez que se sentira tão nervosa. Sentiu Joe segurar sua mão, enquanto esperavam pela médica chamar seu nome. Ela sentia que estava passando por algum tipo de flash-back, mas sabia que era tudo novo. Ela esperava que o resultado fosse diferente da vez anterior, pelo menos. Seria, ela tinha fé que seria.
- Sra. Jonas – A secretária chamou, e ela e Joe seguiram, ainda de mãos-dadas para o consultório.
Joe não queria deixar Demetria mais nervosa do que ela já estava, mas estava morrendo de medo. Essa não era a primeira vez que iam ao médico, o medo continuava ali, entretanto. Como garantir que o bebê continuava ali? Se seu coração continuava a bater? E que bateria pelos próximos oitenta anos, no mínimo? Ele não tinha como saber, tudo o que restava era esperar.
- Prontos para ver o bebê? – A médica perguntou, sorrindo para os pais, já sabendo a situação dos dois.
O sorriso da médica, entretanto, não confortou nem um pouco Demetria , que não parava de olhar para o monitor, a procura de algum sinal de vida. A médica começou a fazer o ultrassom e uma imagem começou a se formar na tela, Demetria conseguia ver perfeitamente um bebê ali e parecia bem, mas Demi não sabia se poderia ser sua mente.
- Ah, olhem aqui! - A médica falou sorrindo, apontando - Como já está grande! – Ela continuou com o ultrassom, vendo vários ângulos do bebê – Vocês querem saber o sexo?
Demetria e Joe se entreolharam, ambos felizes demais com a saúde do filho para responder, Demi apenas assentiu, apertando a mão do marido, esperando que ele estivesse de acordo com a decisão. Nem conseguia acreditar que seu bebê realmente estava bem, durante todo esse tempo desejava pelo melhor, mas esperava pelo pior. Mas tudo tinha dado certo dessa vez.
- Bom, já posso afirmar com quase toda certeza que é ..........


Bom meninas irei deixa-las um pouco curiosa. ;)
O próximo ja é o ultimo capitulo. Quero agradecer a todas que  me acompanham a algum tempo. Novamente foi uma história que não é minha. E estou sem tempo para escrever então irei continuar a REPOSTAR, espero que gostem da minha escolha e peço que nao me abandonem...... Sejam bem vindas as novas leitoras. 

VINTE COMENT'S PARA O PRÓXIMO
 
Capítulo Dezesseis 
Parte 2


Outubro, 2010

Demetria sentiu os seus olhos ficarem marejados só de olhar para a casa, que parecia quase imutável. Fechou os olhos ao lembrar de sua última visita, quase podia ver Stella correndo pela escada, apertando a campainha até o pai abrir a porta e a pegar no colo. Lembrava como Stella estava animada para viajar, como ela estava morrendo de saudades de Joe e contava os dias para chegar na Califórnia. Demetria lembra-se de como estava ficando irritada com as perguntas de Stella, entristecia-se ao saber que não apreciara completamente todos os momentos da pequena vida da filha.
Joe colocou as mãos nas costas de Demi , encorajando-a a andar. Meio hesitante, ela subiu os degraus, esperando Joseph para abrir a porta. Ao contrário do que secretamente imaginava, a casa não havia ficado completamente abandonada nos últimos cinco anos. Na verdade, ela sabia disso, quase todos os outros casais utilizavam a casa normalmente, nenhum deles relacionava a casa com Stella.
Ela entrou na casa, deixando sua pequena mala no sofá da entrada. Eles ficariam apenas pelo final de semana, Demetria achou que seria o suficiente e, de qualquer forma, ela não poderia tirar uma folga muito maior tão em cima da hora.
Demi suspirou ao olhar para todos os cantos da casa. Olhando assim, ela nem parecia tão assombrada, mas se ela pensasse um pouco mais cada canto daquele local gritava Stella para ela. Demetria estava acostumada com isso em sua própria casa em Londres, ela tivera bastante tempo para se adaptar, entretanto essa era a primeira vez que punha os pés na Califórnia, desde novembro de 2005.
- Nós podemos sair daqui? – Ela perguntou, procurando por Joe , que ainda estava parado na porta.
- Pensei que o objetivo de vir era enfrentar as memórias. Isso não vai acontecer se ficarmos fora de casa o tempo inteiro – Reclamou, mas abriu a porta de novo.
Demetria sabia daquilo, mas teriam muito tempo ainda para isso. Esses seriam dois longos dias, ela previu.

Eles andaram pela rua em silêncio, procurando por algum lugar que pudessem almoçar. Os dois estavam cansados na viagem de avião e queriam ir tomar banho e dormir, porém qualquer alternativa era melhor do que ficar naquela casa. Mesmo que todos os lugares contessem lembranças da filha. Pelo menos, nem todas as lembranças eram ruins.
Acabaram parando em um restaurante que ficava próximo da casa. Já tinham comido lá muitas vezes e o cardápio não havia mudado muito nos últimos anos – era o tipo de local que o cardápio não mudaria nunca. Nenhum dos dois conversou muito enquanto comiam, tentaram quebrar um pouco a tensão, mas parecia quase impossível.
- Você quer voltar? – Joe perguntou, depois de pagarem a conta, ainda sentados à mesa.
- Ainda não – Respondeu – Eu queria ir até o lugar que você a levou. O morrinho perto da praia – Disse, com uma voz quase inauditível.
Joe não respondeu nada, apenas encarou a eposa como se ela fosse maluca. Por que ela iria querer visitar o local em que Stella morreu? Por que ela iria querer fazer uma coisa dessas? Joseph não poderia voltar lá, era mais fácil simplesmente enfiar uma faca em seu peito. Entretanto, ele sabia que Demi estava falando sério, ela realmente queria ir até lá. Era fácil para ela pedir algo assim, ela não estava presente, não tinha memórias do acidente de carro, não levava consigo a culpa de ter provocado a morte da filha.
- Vamos, Joe , já estamos aqui mesmo.
- Não lá, Demi , eu não posso – Ele disse, levantando-se da mesa sem aviso prévio, fazendo com que Demi ficasse alguns segundos atrasada.
- Pode sim, Joseph . Eu vou estar lá com você. Se você quiser voltar, eu vou voltar sem dizer uma palavra.
Joe não queria, aquilo era pedir demais. Mas ele havia concordado em vir com Demi para a Califórnia, não tinha? O que estava esperando, uma viagem a turismo? Se eles realmente queriam fazer isso, iam fazer direito. Apenas assentiu com a cabeça, pegando a mão de Demi e indo em direção a tal praia.

Como resolveram fazer o caminho todo a pé – nenhum dos dois teria coragem de fazer aquele caminho de carro – acabaram demorando mais tempo do que o planejado subindo, já estava quase na hora do pôr-do-sol quando chegaram. Era ironico, é claro, que fora com esse objetivo que Joe levara Stella até lá, para ver o sol se pôr.
Os dois ficaram apenas olhando a vista ao chegarem. De fato, era muito bonita. Talvez fosse bonita o suficiente para ser o último lugar que alguém veria na vida. Se o “alguém” não fosse uma criança. Se o alguém não fosse sua filha.
Demetria não tinha nenhuma lembrança do local, não era tão doloroso assim. Ela conseguia imaginar Stella nesse lugar. Ela imaginava que a filha tivesse gostado, que ela tinha morrido feliz, pelo menos. O sol já começava a descer em direção ao mar e Demetria se perdeu na beleza da paisagem. Sim, era uma bonita imagem para ser a última. Sentiu uma lágrima escorrer pelo seu rosto, mas não chorava especificamente de tristeza.
Ela via a filha naquela vastidão alaranjada que era o céu. Por alguns segundos, desviou seus olhos do sol e olhou para seu lado e viu uma pequena criança olhando para ela, sorrindo. Nunca saberia se havia imaginado aquilo, se fora causa de seu cérebro cansado ou se, nunca se sabe, tinha realmente acontecido, mas, naquele momento, ela realmente vira Stella. Não uma lembrança, ela realmente vira a filha. Ela viu Stella observar o sol se pôr ao seu lado. Demetria fez menção de segurar a mão da filha, mas ela apenas se afastou, ainda sorrindo e balançou a mão dando tchau. E então andou em direção ao mar, como se o céu fosse feito de terra e pudesse caminhar pelas nuvens.
Stella ficaria agora para sempre naquele local. Brincando em meio as nuvens, mergulhando no mar, observando a tudo e a todos. Demetria sabia que sua alma estava em paz. Estava tudo bem agora.
Antes de que pudesse perceber seu rosto estava completamente coberto de lágrimas. Sentiu Joe apertando sua mão e se sentiu mal por não ter prestado atenção nele durante todo esse tempo. Olhou para o marido, percebendo que ele também chorava. Não sabia se ele também havia visto Stella e não correria o risco de perguntar e parecer maluca. Abraçou Joe pelo lado, tentando reconfortá-lo, sabendo que ele precisava mais do que ela, naquele momento.
E ele precisava. Joseph não conseguiu conter suas lágrimas desde que chegara no local. Eram muitas lembranças. Lembranças de sua última tarde com Stella. Ele havia prometido que a traria outro dia para ver o pôr do sol, sem saber que nunca teria essa oportunidade. Lembrou-se dos malditos paparazzi que ficaram o incomodando. Lembrou-se de todos os seus erros que o levaram a bater o carro naquele dia. Se tivesse esperado o sol se pôr, como Stella pedira, será que tudo teria acontecido da mesma maneira?
Não adiantava pensar nisso. Estava ali para se livrar das armaguras, não para adquirar mais. Queria ir embora dali, mas Demi estava tão entretida vendo a vista, que ele não poderia pedir. Ele observava Demi um pouco afastado quando pareceu surgir, no meio do nada, uma menina de mais ou menos três anos ao lado da esposa. Joe paralizou, achando que havia enlouquecido. Desde quando ele tinha alucinações com a filha? Provavelmente era só uma criança parecida com ela. Mas não era, a menina olhou em sua direção, aquela era Stella.
Joe não sabia como, não entendia como podia estar vendo Stella, mas estava. Ele se aproximou, ficando ao lado de Demetria , porém com os olhos atentos a filha. Stella sorriu para ele. Não era um riso, mas também não chegava a ser um sorriso triste. Era um sorriso de alguém que estava se despedindo, mas por vontade própria. “Está tudo bem, papai”, Joe pensou ter escutado, mas a boca da menina não se mexia, era tudo coisa da sua mente, “Eu estou bem. Você precisa me deixar ir”. As lágrimas escorriam mais intensamente por seu rosto agora, mas não tinha ninguém ali para ver e se importar. Sem saber o que fazer, Joe apenas acenou para a filha que repetiu o gesto, virando-se em direção ao abismo e caminhando para o além.
Stella estava livre agora. Estava livre para fazer o que quisesse com a eternidade que a aguardava.
Demetria o abraçou e Joe correspondeu o abraço. Eles estavam prontos para seguir em frente agora. Também estavam livres.

Eles entraram na casa de mãos dadas, mas por algum motivo, ela já não parecia mais tão assustadora. Era só uma casa, afinal. Certamente, guardava muitas memórias tristes, porém guardava também outras lembranças. E eram essas lembranças que deveriam ser lembradas, Demetria pensou.
Os dois estavam quase desmaiando de exaustão, já que tinham passado horas no avião para chegar à Califórnia e fazer uma caminhada, seguida de um grande cansaço emocional. Tudo o que queriam fazer era deitar na cama e dormir pelo resto do dia seguinte. Entretanto, Joseph fora tomar banho, deixando Demetria sozinha no quarto. Percebendo que se continuasse parada ali, acabaria dormindo e depois seria difícil acordar para tomar banho, ela resolveu se levantar.
Começou a passear pela casa, observando todos os detalhes. Tudo ali a lembrava de Stella, daquela última noite. Mas já não doía tanto. Ela sabia – ela sentia – agora que Stella estava em paz. Chegando até sua sala, pegou sua mala, que ainda estava jogada no sofá, com o objetivo de pegar sua camisola para dormir. Ao abrir a mala, porém, ela achou uma série de álbuns e vídeos que ela havia trazido, aquela era a viagem de superação, afinal.
Quase que hipnotizada, ela pegou o álbum, sentando-se no sofá e começando a folheá-lo. Ali estavam guardadas todas as fotos de Stella, bom, quase todas. Demetria de vez em quando as via, quando sentia muita saudade da filha, mas normalmente acabava se entristecendo e guardando-as. Demetria sentia-se nostálgica, ao virar as páginas e observar a filha crescendo. Ela ficava feliz por terem tirado tantas fotos de Stella, assim tinham guardado todos os momentos da filha.
Stella não vivera uma vida muito longa, mas fora feliz. E no fim, era isso que importava.
- O que você está fazendo? – Joe perguntou, aparecendo de repente – Já terminei, você pode ir tomar banho agora, se quiser.
- Estou vendo umas fotos de Stella – Ela disse, sorrindo para o marido – Você se lembra desse dia? – Perguntou, mostrando algumas fotos de quando Stella tinha dois anos – Ela estava tão animada...
Notando que a esposa não levantaria dali tão cedo, Joseph se sentou ao seu lado, pegando um outro álbum que estava jogado de lado e folheando-o também. Eram as fotos de quando Stella ainda era bem pequena, por volta dos três meses. Ela era a coisa mais preciosa do mundo, tudo o que ele poderia pedir por. Era tão pequena, tão linda. Ele se lembrava de todo o trabalho que era cuidar de um bebê e como mesmo assim valia tão a pena.
Demetria olhou para as fotos que ele via e sorriu, pensando o mesmo que ele.
- Eu quero outro bebê – Ele falou, expressando pela primeira vez diretamente sua vontade e não porque Demi queria.
Ela apenas abriu mais o sorriso, tirando o álbum que estava em seu colo e o que estava com Joe e os colocando para o lado, aproximou-se do marido e o beijou.
- Vamos fazer um bebê, Joseph – Ela riu, puxando-o para cima dela.
Eles passaram o dia seguinte juntos, deitados na cama ou vendo vídeos e fotos de Stella. Pela primeira vez, não lamentaram sua morte, mas celebraram sua vida.
Eles finalmente continuariam a família.

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