segunda-feira, 8 de julho de 2013

UHSM- Capitulo 1- parte 5

Pouco importava. Teria de ligar de novo dizendo que precisava levar Tim ao medico. E o Sr. Brinnon voltaria a ameaça-la de demissão, como fizera da ultima vez em  que ela telefonara avisando que não poderia ir trabalhar porque  Tim estava gripado. 
Na ocasião, o homem prometeu “aliviar o assunto” se Demi almoçasse com ele para “conversar a respeito”.
Demi imaginou como seria desagradável um almoço com o Sr. Brinnon, e nem quis pensar em como seria fazer qualquer outra coisa com o Sr. Brinnon tivesse em mente. O simples fato de sentir aquelas mãos úmidas em seus braços quando ele se inclinava para verificar seu trabalho bastava para fazê-la estremecer de repugnância.
Enquanto preparava um pouco de sopa de massinha com frango para o desjejum de Tim, Demi tentou não pensar no fato de que o Sr. Brinnon tinhs prometido demiti-la se ela “não controlasse o problema das ausências.” Não haveria problema de ausências, recordou ela com um rompante de raiva, se a prometida licença médicas e as férias que deveria fazer parte do novo emprego tivessem se materializado. Mas, em vez disso, fora colocada numa espécie  de limbo empregatício, que o banco chamava de “grupo de trabalho temporário”. Ao teria permissão de sair depois que conseguisse convencê-los de que não tinham cometido um erro em contrata-la.
Demi trouxe a refeição de Tim. Ele estava no sofá,  numa manta e apoiado em almofada como um reizinho, assistindo a um desenho animado. Suas bochechas redondas estavam um tanto avermelhadas nessa manhã, e seus olhinhos azuis brilhavam pós trás dos óculos.
- Aqui esta, amigão – disse ela, ajeitando a bandeja sobre o colo do menino.
Pôs as mãos em sua testa. Estava mais fria. O Tylenol fizera efeito. Mesmo assim, ele precisaria ir ao medico para que fosse receitado um antibiótico diferente. E para marcar a cirurgia. Ela telefonaria para os pais depois de jantar e pediria o dinheiro. Repeliu o pavor que esse pensamento lhe causou, alisou o cabelo de Tim e sentou-se na beira da cama enquanto ele tomava a sopa.
Por fim, pegou o telefone e ligou para o Sr. Brinnon. Ele fez um silencio de mau agouro  quando ela mencionara cirurgia  e falou que precisaria tirar o dia de folga para levar Tim ao medico. Então, seus piores temores foram confirmados.
- A senhora esta avisada, Sr. Lovato – disse ele naquela rosnado baixo em que transformava  sua voz em tais ocasiões. – Caso se ausente do trabalho  por qualquer período nos próximos três meses, por qualquer motivo, não se incomode de voltar. – E desligou na cara dela.

Demi sentiu-se na borda de um precipício. Subitamente, tudo parecia complicado demais. Era como se estivesse sendo puxada de um lado por Tim e do outro pelas coisas de que precisava para sustenta-lo.  E por seus pais, que a perturbavam por telefone para que volta-se para casa; até mesmo por Selena, que supostamente era sua amiga. Percebeu que estava perdendo a parada. Foi então que decidiu manter a consulta com o Dr. Golding.


Um comentário:

  1. Volteei!!
    Bem, estou começando a ler daqui, de onde eu parei...
    Tadinho do Tim, o que ele tem??
    Esse chefe da Demi é um filho da puta! Não percebe que ela é mãe solteira e tem um filho doente??
    Ook, vou parar por aqui e ler os próximos capítulos u.u

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