Pouco
importava. Teria de ligar de novo dizendo que precisava levar Tim ao medico. E
o Sr. Brinnon voltaria a ameaça-la de demissão, como fizera da ultima vez
em que ela telefonara avisando que não
poderia ir trabalhar porque Tim estava
gripado.
Na
ocasião, o homem prometeu “aliviar o assunto” se Demi almoçasse com ele para
“conversar a respeito”.
Demi
imaginou como seria desagradável um almoço com o Sr. Brinnon, e nem quis pensar
em como seria fazer qualquer outra coisa com o Sr. Brinnon tivesse em mente. O
simples fato de sentir aquelas mãos úmidas em seus braços quando ele se
inclinava para verificar seu trabalho bastava para fazê-la estremecer de repugnância.
Enquanto
preparava um pouco de sopa de massinha com frango para o desjejum de Tim, Demi
tentou não pensar no fato de que o Sr. Brinnon tinhs prometido demiti-la se ela
“não controlasse o problema das ausências.” Não haveria problema de ausências,
recordou ela com um rompante de raiva, se a prometida licença médicas e as
férias que deveria fazer parte do novo emprego tivessem se materializado. Mas,
em vez disso, fora colocada numa espécie
de limbo empregatício, que o banco chamava de “grupo de trabalho
temporário”. Ao teria permissão de sair depois que conseguisse convencê-los de
que não tinham cometido um erro em contrata-la.
Demi
trouxe a refeição de Tim. Ele estava no sofá,
numa manta e apoiado em almofada como um reizinho, assistindo a um desenho
animado. Suas bochechas redondas estavam um tanto avermelhadas nessa manhã, e
seus olhinhos azuis brilhavam pós trás dos óculos.
-
Aqui esta, amigão – disse ela, ajeitando a bandeja sobre o colo do menino.
Pôs
as mãos em sua testa. Estava mais fria. O Tylenol fizera efeito. Mesmo assim,
ele precisaria ir ao medico para que fosse receitado um antibiótico diferente.
E para marcar a cirurgia. Ela telefonaria para os pais depois de jantar e
pediria o dinheiro. Repeliu o pavor que esse pensamento lhe causou, alisou o
cabelo de Tim e sentou-se na beira da cama enquanto ele tomava a sopa.
Por
fim, pegou o telefone e ligou para o Sr. Brinnon. Ele fez um silencio de mau
agouro quando ela mencionara
cirurgia e falou que precisaria tirar o
dia de folga para levar Tim ao medico. Então, seus piores temores foram
confirmados.
- A
senhora esta avisada, Sr. Lovato – disse ele naquela rosnado baixo em que
transformava sua voz em tais ocasiões. –
Caso se ausente do trabalho por qualquer período nos próximos três
meses, por qualquer motivo, não se incomode de voltar. – E desligou na cara
dela.
Demi
sentiu-se na borda de um precipício. Subitamente, tudo parecia complicado
demais. Era como se estivesse sendo puxada de um lado por Tim e do outro pelas
coisas de que precisava para sustenta-lo.
E por seus pais, que a perturbavam por telefone para que volta-se para
casa; até mesmo por Selena, que supostamente era sua amiga. Percebeu que estava
perdendo a parada. Foi então que decidiu manter a consulta com o Dr. Golding.
Volteei!!
ResponderExcluirBem, estou começando a ler daqui, de onde eu parei...
Tadinho do Tim, o que ele tem??
Esse chefe da Demi é um filho da puta! Não percebe que ela é mãe solteira e tem um filho doente??
Ook, vou parar por aqui e ler os próximos capítulos u.u