sábado, 8 de junho de 2013

Final do prologo

- Quanto será que eles vão arrancar de mim para transformar meu sonho em realidade? É um absurdo o que cobram para levantar algumas paredes.
- Na verdade você esta derrubando paredes, Jay – corrigiu Monica. – E colocando hidromassagem.
- sei disso, Monica. -  Jay sentiu uma onde de irritação atingi-lo e desdobrar-se numa dor no meio do peito. O monitor ao lado da cama começou a emitir um bipe agudo que trouxe duas enfermeiras ás pressas para o quarto.
- O que esta acontecendo? Perguntou ele a enfermeira loura.
Sem resposta, ela abaixou a cabeceira da cama de modo não muito gentil e começou a mexer no equipamento de soro. A outra, uma mulher atarracada, ajustava os controles de oxigênio. Ele vislumbrou por trás da cabeça das duas o rosto de Monica, que se mostrava preocupado.
- Ligue para o meu consultório – disse ele, as palavras saindo abafadas. – certifique-se de que o empreiteiro vá para lá amanhã.
- Ah, Jay, realmente! – disse Monica. – Não posso acreditar que é nisso que você esta pensando numa hora dessas.
Ele não podia mais vê-la. As enfermeiras estavam na sua frente.
A enfermeira cujos cabelos louros tinham raízes castanhas foi ate o corredor e empurrou um carrinho pra dentro. A mais gorda arrancou-lhe a camisola. Se aquela idiota tirasse as patas de seu peito, ele poderia discutir com ela sobre seu modo de tratar pacientes.
Lembrou-se mais uma coisa para dizer a Monica, mas não soube precisar se estava falando ou pensando: Ligue pra Angie e diga a ela para cancelar mais uma paciente. O cheque e o registro tinham chegado na correspondência de sexta- feira; ao vê-los, recordou-se com um susto que havia marcado hora para a mulher, mas por distração devia ter-se esquecido de anotar na agenda. Pretendia ligar para ela e cancelar a consulta antes de tomar o avião para Nova York, mas tinha esquecido. Era amiga de uma ex-paciente programada para um “recondicionamento em 21 dias”. Cancelaria todos quando volta-se. Nada mais de recondicionamentos. Davam prejuízo – duas sessões por semana, durante três semanas, em troca de misero mil dólares.
Tentou dizer tudo isso a Monica, mas de repente sentiu o peito ser esmagado. Esqueceu-se do que vinha tentando falar; os limites do quarto começaram a esmaecer, até desaparecerem.
- avise que é um código de emergência- disse com a voz esganiçada a enfermeira gorda.
A loura correu para o telefone. Mais pessoas vieram correndo, e alguém espremeu uma gosma fria em seu peito.

- Afastem-se! – disse a mulher loura, já desgrenhada.

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Desculpem por ter postado  sem o final do prologo. Não deu tempo.
Como eu não tenho esse livro no pc eu estou digitando ele. Quando tiver mais tempo irei armazena-los aqui que ficara mais fácil pra posta... 
Até mais tarde posto a primeira parte do capitulo 1. 
Comentem o que acha que vai acontecer... ;)

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