sábado, 14 de julho de 2012

Capítulo 26

 Perhaps the right time to say goodbye.

Um forte cheiro de álcool e nicotina estava impregnado em minhas roupas. Torci o nariz ao cheirar um pedaço minha blusa e a soltei, voltando à conversa nada-produtiva entre Nick, Came e Timmy.
-Loiras são sempre mais gostosas, cara. Isso é um fato. – Nick falou de uma forma pervertida. Anne deu um tapa na perna dele e fez uma cara feia. –Você é loira, nem vem me censurar! – Ann revirou os olhos e saiu da cozinha.
-Fez merda, Nick. – Cameron e Tim riam dele.
-Ô, ANNE! – Nicolas saiu da sua cadeira e tomou o mesmo rumo dela.
-Homens. – eu e Martha sussurramos ao mesmo tempo, rindo depois. Passei a encarar a caneca de café à minha frente, mexendo seu líquido com uma brilhante colher de prata. Apoiei minha cabeça na mão que estava livre e soltei um longo suspiro.
-Eu vou ao banheiro. – Martha falou rapidamente, levando as mãos à boca e saindo correndo.
-Uhum. – murmuramos ao mesmo tempo. Eu detestava aquele silêncio sepulcral, mas não havia nada que eu quisesse falar. Aquelas pessoas faziam eu me sentir bem, não queria deixá-las.
-Então... Quando você vem nos visitar novamente? - Tim tentou puxar assunto. Larguei a caneca e subi meu olhar.
-O mais cedo possível. Eu vou sentir saudades daqui, sério. – sorri sincera. - Mas vocês podiam me fazer uma visitinha também. – pisquei, ainda sorrindo.
-Me dê seu endereço que apareceremos lá assim que der. – Came disse.
-Claro, porque vocês são lotados de festas. – brinquei.
-Isso aí, gatinha. – nós três rimos.
-Eu quase não tenho festas por lá. Vou chamar vocês para abalarem por lá, viu? – eu ri.
-Tem espaço na mala? – Martha, que havia voltado do banheiro, perguntou.
-Eu deixo todas as minhas roupas aqui e vocês vão. Fechado? – propus.
-Fechado! – os 3 falaram em uníssono. Levantei e deixei minha caneca na pia. Fui até a sala e me joguei em cima de Anne e Nick no sofá.
-Ei! – os dois protestaram, rindo.
-É meu último dia, eu posso. Ok? – argumentei.
-Você é muito folgada, prima. – Nicolas resmungou, dando um tapa na minha cabeça, que estava em seu colo.
-Outch! – protestei, saindo de cima deles e levando minha mão esquerda à cabeça. Sentei-me no gigante tapete persa que ficava perto da televisão e comecei a assistir o que o casal estava vendo. Pouco tempo depois, olhei para o relógio. Era 13:30. Fiz uma careta. Que horas minha mãe disse que viria me buscar, mesmo? AH, três horas! Ainda tinha um tempo para curtir meus amigos de verão, certo?

-Demi, volte logo! – Anne me abraçou. Sorri e concordei com a cabeça. Ela não era a última pessoa de quem eu me despediria naquela tarde. Virei as costas para a casa de Cameron e rumei a de meu pai, sentindo que eu poderia chorar a qualquer instante. Tratei de respirar fundo. Sem dúvida, estava sendo mais... emocionante do que eu pensava que seria. Não só pelo fato de deixar tanta história para trás, mas por eu ter que voltar à dura realidade.
-Filha, por onde esteve? – meu pai perguntou assim que me arrastei pela porta.
-Desculpa, pai. Fui à casa de Cameron ontem e acabei adormecendo por lá. Curtindo a última noite aqui, sabe? – respondi e dei um sorriso triste.
-Tudo bem. Está sendo chato sair daqui, não é? – ele perguntou vindo até mim com uma expressão paternal. Concordei com a cabeça e pressionei meus lábios um contra o outro, a fim de não chorar. Escondi minha cabeça em seu peito e respirei fundo. -Sempre que você quiser, você pode voltar. Você sabe disso, certo? – assenti sem nada falar.
-Acho que eu tenho que arrumar minha mala. – disse e saí do abraço, indo para meu quarto.

Deparei-me com o mesmo vestido que usei na festa em Paris enquanto arrumava a mala. Fiquei com ele em mãos durante o tempo em que pensava em tudo o que havia passado até o momento. Flashes passavam por minha cabeça.

“-Dança comigo, Lovato? – Joe perguntou. Levei um susto, olhando para ele, que estava em pé, estendendo uma mão para mim.”

“-Sabe, quando você me pediu um motivo naquela hora, todas as palavras fugiram da minha cabeça. E admito que ainda não voltaram. Então só há uma maneira de eu te dizer o motivo.”

“-Boa noite, Demi. – ele se aproximou de mim e me deu um selinho, sorrindo timidamente.”

-BABACA! – exclamei afastando esses pensamentos indevidos. Voltei a arrumar minha mala e tentei não pensar em nada ligado a meninos – em geral.

-Filha! – minha mãe me deu um abraço “quebra-costelas”. Sorri abertamente, devolvendo o abraço. -Ahn... Olá, Marcus. – mamãe disse, desconsertada, para papai, que estava arrastando minha mala até o carro.
-Olá. – então um silêncio desagradável se formou. Pigarreei e fui até meu pai. O abracei fortemente.
-Obrigada por tudo, pai! – falei com a cabeça encostada em meus braços.
-Eu que agradeço, filhota. Quando quiser, é só ligar. – ele me deu um beijo na testa e sorriu. Virei-me na direção do carro e entrei nele com um sorriso triste. Coloquei o cinto de segurança e peguei meu iPod de dentro do bolso do casaco. Liguei-o e deixei na playlist criada por Anne.
O carro começou a se movimentar e, à medida que íamos saindo do condomínio, eu vi a casa de Cameron, a quadra e o bar. Nunca me esqueceria das nossas noites na casa de Came, nem das festinhas, nem deles, principalmente, Timmy. Deixei um suspiro desanimado escapar. Minha mãe tirou os olhos da rua e me olhou.
-Foi tão bom assim? – eu concordei com a cabeça, dando um sorriso triste. Apoiei minha cabeça na janela e senti as gotas da chuva que caía acertarem o vidro, fazendo um barulho engraçado.
Antes de sairmos pelo portão do condomínio, pude ver Timmy, Cameron, Anne, Nick e Martha acenando. Um sorriso se abriu e eu continuei os olhando até que eles saíram do meu campo de visão. Então, voltei a colar minha cabeça no vidro e a me perder em pensamentos escutando Fall Out Boy, conseqüentemente, lembrando de Anne.
Sem sombra de dúvida, eu sentiria falta daquele pessoal.

Abri a porta de casa e escutei risadas vindo de um dos cômodos. Joguei minha mala em um canto da sala e fui até meu quarto. Notei que o som havia ficado mais alto. Adentrei o quarto e abri um enorme sorriso assim que vi Chelsea, Dani, My e Sel lá.
-AMORES! – berrei, me jogando em cima delas na cama.
-SAI DE CIMA! – todas, principalmente Dani, berraram, me empurrando. Caí em cima do meu tapete felpudo, com os braços em cima da minha barriga, que doía de tanto que eu ria.
Assim que a crise de risos cessou, me sentei e limpei as pequenas lágrimas que rolavam.
-Um segundo, Demi, escuta só! – então todas elas começaram a cantar uma parte da música que tocava e a fazer uma coreografia com os braços.

”Fuck you
(“Foda-se)
Fuck you very, very much
(Foda-se muito, muito mesmo)
Cause we hate what you do
(Porque nós odiamos o que você faz)
and we hate your whole crew
(E odiamos toda a sua corja)
So please don't stay in touch
(Então, por favor, nem mantenha contato)

Fuck you
(Foda-se)
Fuck you very, very much
(Foda-se muito, muito mesmo)
Cause your words don't translate
(Porque suas palavras não condizem)
and it's getting quite late
(E está ficando muito tarde)
So please don't stay in touch.”
(Então, por favor, nem mantenha contato.”)

-O que foi isso? – perguntei em meio a risadas.
-A gente criou enquanto sua mãe não voltava. A propósito, antes que você pense que nós fizemos uma cópia da sua chave, foi sua mãe quem chamou a gente. – Chelsea se explicou.
-É, eu já sabia que tinha coisa da minha mãe no meio. – eu afirmei.

-Ok, ok. Além do CD novo da Lilly Allen, o que mais aconteceu que eu perdi? – perguntei antes de colocar uma colher de sorvete na boca. Estávamos esparramadas na cama king size da minha mãe.
-Bom, eu briguei com o Nicholas, mas nós já nos resolvemos. – Sel comentou, dando um sorriso infantil depois.
-Como sempre. – eu, Chelsea, My e Dani acrescentamos, rolando os olhos e rindo em seguida.
-Não é assim, geeente. – Selena riu.
-É SIM! Olha como é. Eu sou você. – imitei um telefone com as mãos. – Tá bom, Nicholas, se você quer que seja assim, assim será! – fingi que desliguei o telefone. – Ain, eu fui tão grossa com o meu bebê! – “disquei” os números no “telefone”. – DESCULPA, BEBÊ, EU TE AMO! – falei com uma voz chorosa. Nesse ponto todas, inclusive Selena, ríamos.
-É ASSIM MESMO! – todas as outras, menos Sel, falaram.
-Ah, gente... é o meu bebê, fazer o quê... – ela comentou com um sorriso bobo. – E NÃO ME TAQUEM SORVETE, PELO AMOR DE JESUS! – Selena gritou depois de dois segundos.
-Ah... – resmungamos.
-Gente...- Chelsea começou. Todas murmuramos um “que foi?”. – Eu tenho uma coisa pra contar. – ela falava de um jeito arrastado. Chelsea nunca foi assim, estava estranhando.
-FALA, LOGO, MULHER! – exclamamos. Ela riu e falou rapidamente:
-EueoJameslevamosparaopróximonível. – depois disso, ela enfiou uma colherada gigante de sorvete na boca. Embora Chelsea tenha proferido as palavras em tempo record, – juro, ela podia ir para o Guiness. – eu entendi a frase. Fiquei estática por alguns segundos, assim como as outras.
-Conta isso direito. – My pediu.
-Bom, ele me chamou para ir a casa dele para ficar conversando, como a gente sempre faz. Então a gente foi pro quarto dele e ficou na cama, falando de tudo. Só que aí começou a rolar um amasso e aí ficou quente, e ah... vocês já sabem no que deu! – ela corou bruscamente e colocou uma almofada na frente do rosto.
-QUE LINDA, NOSSA JONAS FÊMEA JÁ É MULHER! – Dani berrou, fazendo todas rirmos.
-SHIIIU! – Chelsea tirou a almofada do rosto, revelando sua face vermelha feito pimentão.
-Gente... – foi minha vez de falar de um jeito arrastado.
-IIIIIIIIIIIH, TÁ TODO MUNDO DANDO! – My exclamou.
-SAI DE MIM, MULHER! – gritei.
-Opa, então eu tô dentro de você? – Miley falou de um jeito sedutor, prendendo a risada.
-Só se for no coração, meu bem. – eu ri.
-Como você ia dizendo, Demetria... – Daniella disse.
-Eu queria saber só o que rolou na festa. Pelo ponto de vista de vocês...
-Ah, eu ia falar disso depois... – Chelsea comentou.
– Bom, quando você saiu da rodinha por causa do Timmy e foi para sabe-se-lá-onde, o Jonas sumiu também, mas voltou alguns minutos depois. Todos tentamos te encontrar.
-Menos o Jonas, claro. – interrompi para fazer um breve comentário.
-Depois de um tempo chegamos à conclusão de que era melhor te deixar sozinha. – murmurei um “uhum”. – O Timmy ficou com aquela menina lá pelo resto da noite; os casais de sempre ficaram juntos e quem não tinha par, arranjou um por lá. A Dani ficou com um tal de Aaron. – eu ri, pensando no Aaron que eu havia conhecido. – E o Kevin ficou com uma menina que tava muito bêbada, quase caindo. – Daniella soltou uma gargalhada maléfica depois que Sel falou.
– AAAAAH! E um milagre ocorreu! Meu irmão ficou sozinho na festa! – Jonas fêmea levantou os braços para o alto. Gargalhamos, concordando. Era verdade, Joe NUNCA ficava sozinho nas festas.
-Eu tenho uma coisa para falar sobre ele nessa festa... – mordi meu lábio inferior.
-O quê? Que ele tava gato? Isso eu tinha reparado. – Sel abanou o ar com as mãos.
-Verdade, a fantasia caiu bem nele. – Dani comentou.
-GENTE, DEIXA A DEMI CONTAR! – My protestou. Elas murmuraram um “ok” e eu comecei a falar.
-Foi assim... Eu fui para uma área que tinha umas espreguiçadeiras e sentei numa delas. Então o Joseph veio e falou algo como “cadê o namoradinho?”, o que me deixou mais puta ainda. Eu levantei e tentei sair, só que ele me puxou pelo pulso, eu retruquei com alguma coisa e dei as costas pra ele. Daí o Joe veio e pediu ao pé do meu ouvido para eu deixá-lo explicar o que tinha acontecido em Paris. Ele falou que estava muito apaixonado pela Ashley e que a queria muito, perguntou se eu já havia me sentido assim alguma vez na vida e, bem, no final da história, eu acabei discutindo com ele novamente. – terminei de contar e dei uma colherada no sorvete.
-Que ba-ba-do. – My falou de uma forma lenta, me fazendo soltar uma risada fraca.
-Meu irmão é tão babaca. Nem parece sangue do meu sangue. – Chelsea afirmou com uma voz de desprezo. - Mas ele é estranho também. Quando a gente chegou em casa da festa, ele tava tão bêbado que ficou se xingando de todos os nomes possíveis. Só não falei isso pra vocês porque achei desnecessário... – ela terminou de falar com uma expressão pensativa.
-Que ele é um babaca, eu já sabia. – comentei com um sorriso, fazendo todas rirem.
-EI, É MEU IRMÃO AINDA, TÁ? – Chelsea protestou. Bati nela com um travesseiro, fazendo a virar em cima do pote de sorvete. Ela deixou o pote no chão e revidou, me acertando em cheio. Por pouco não fui para o chão.
Começamos a rir e a fazer uma guerra de travesseiros. E no meio de tantas risadas, eu esqueci meus problemas e meus anseios.

10 coment's para o proximo

14 comentários:

  1. Ahh, não fui a primeira! :/
    Mas olha, EU TO TÃO CURIOSA QUE NEM LIGO MAIS PRA ISSO!
    PLMDDS POSTA LOGO!!

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  2. ah qual é? PQ PAROU AI? CONTINUAAAAAA

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  3. cap perfect...

    amigos são muito bons...


    espero q jemi aconteça logo e joe cresça ne

    bjo bjo e posta logo

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  4. HAAAA....cap perfeitoooo....
    Huuuuuu.. Postaa Loogoo....

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  5. OOOOOOOOOOOWN que chapter lindo
    Na boa, posta logo!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! NHA!

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  6. POSTA POSTA POSTA!!!!!!!!!!

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  7. Pooosta logo, eu amo essa história *_*


    será que você poderia divulgar, estou retomando o meu blog, acabei deixando ele de lado por motivos pessoais.. da uma olhadinha, se gostar você poderia divulgar???

    http://jonashistoriademi.blogspot.com


    Obrigada... beeeijos

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  8. Amei!!!!!!! Nova fã, entra no meu blog pra ver o que acha da minha história. E Posts logo, Super curiosa! Bjinsss......

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  9. Super tudo seu blog! Nova fã. Entre no meu blog e ve se curte minha história! Bjins! E Posta Logo!!!!

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