sábado, 29 de dezembro de 2012

Capítulo 3

The thunder before the lightining

Era um domingo chuvoso e decidi permanecer em casa, conversando com minha mãe sobre nada, vendo filmes, etc, nada muito legal. Na verdade, eu não me importava de ficar em casa, era melhor do que sair no tempo frio, úmido e chuvoso e voltar pra casa encharcada, com o cabelo frizzado e com grandes chances de contrair uma gripe.
Ainda faltava uma semana para a viagem e eu havia marcado de sair com as meninas para ir ao shopping comprar alguma roupa nova no dia seguinte e ver algum filme. Sem os meninos.
Por falar em meninos, o Jonas continuava na política de “eu não vou correr atrás de você” de sempre, e eu continuava na minha “eu quero falar com você, mas não vou porque eu estou puta, e você é um grande idiota”. Ele tinha dito que havia mudado, mas parecia que essa mudança foi temporária, porque foi só nós dois brigarmos para que ele voltasse a ser o sapo, e não o príncipe. Ainda me pergunto aonde eu achei o príncipe. Quer dizer, a pergunta não seria “aonde”, seria “como”. Então, como?
Tudo começou com a festa de formatura, que foi uma surpresa pra mim. Depois, simplesmente, as coisas ficaram melhores. Claro que depois da festa eu fiquei preocupada, pelo fato de nós termos passado quase uma semana sem nos falar – que me fez pensar naquela velha história de eu ter caído no joguinho dele. E quando eu estava prestes a achar que eu estava sendo a otária da relação de novo, nós nos encontramos numa reunião na casa do Liam.

Flashback on

Acordei com o som do meu celular, apitando insistentemente no meu ouvido. Desgraçado, pensei.
- Alô? – murmurei, colando o celular ao meu ouvido enquanto esfregava os olhos com a outra mão. Bocejei enquanto a outra pessoa respondia.
- Demi! Vamos pra casa do Liam? – My disse, entusiasmada. Sentei na cama, cruzando minhas pernas em borboleta.
- Pra quê? – falei, arregalando os olhos ao que olhei para o despertador na minha mesa de cabeceira. Já era 3 da tarde!
- Pra ver algum filme. Sugestão do Jonas. – fiquei em silêncio, decidindo se ia ou não. Ver Joe e ser rejeitada seria pior do que ficar em casa fazendo companhia às paredes.
- Ele ainda existe? – indaguei com um tom de ironia. Aposto que Miley estava fazendo uma careta.
- Ih! Ele sumiu? - encarei minhas unhas.
- Sim, desde a festa. – respondi sem ânimo, suspirando em seguida e sendo acompanhada na ação por My. – E não me venha com o “você sabia que isso podia acontecer”, eu já escutei esse disco antes. – tornei a deitar, encarando o efeito que a luz, através das persianas, provocava em meu teto.
- Por isso mesmo que eu não vou falar o “você sabia que isso podia acontecer”, mas eu vou falar o “você já passou por isso antes, então deixa disso e vamos logo.” – balancei a cabeça negativamente com um sorriso esboçado em meus lábios. Eu podia mentalizar a o sorrisinho persuasivo dela. Bufei.
- Tá, eu vou. – proferi, levantando da cama em um pulo e indo abrir meu armário, para escolher alguma roupa. – Que horas a gente se encontra aqui? – indaguei antes que ela desligasse.
- Daqui a meia-hora eu passo aí. Beijos. – ela sabia que eu ia protestar, e desligou antes que eu o fizesse.
- Vadia. – eu murmurei, mau-humorada, para o telefone.

Não demorou muito para que eu estivesse entrando em meus jeans e colocando a primeira T-shirt estampada que eu visse, calçando meu Converse em seguida. E sem direito à maquiagem, não tive tempo para isso, já que My me arrastou pra casa do namorado quando eu abri a porta, não me dando tempo de pegar o celular nem de avisar à minha mãe para onde eu estava indo.
- Sua louca! Minha mãe vai pensar que eu fui seqüestrada! – exclamei, enquanto Miley ria. Coloquei o capuz para evitar me molhar com a chuva e acelerei o passo, assim como ela fez.
- Vai nada. A tia gosta de mim. – ela piscou, convencida. Ri silenciosamente, balançando a cabeça negativamente.
Após alguns segundos em silêncio, me virei pra ela.
- Como estão as coisas com o Liam? - indaguei.
- Estão muito boas. – olhei para ela e percebi que a mesma estava extremamente corada.
- Nãaaaao! – eu exclamei e ri. – Ah, sua safada! Seu sorrisinho diz tudo. – My gargalhou junto comigo.
Mais uma vez aquele silêncio.
- Vocês têm sorte. – murmurei, murchando meu sorriso. – Se eu avançasse pra esse nível com o Jonas, era capaz de ele filmar e colocar num site pornô pra ganhar dinheiro. – comentei em um tom afetado, fazendo Miley soltar uma gargalhada, que foi interrompida ao que ela viu minha expressão facial.
- Ele não mostraria pra sua mãe, veja pelo lado bom. – ela observou, com um tom de brincadeira.
- Claro, porque ser vista por três milhões de safados online é incrivelmente confortável. – dei um risinho.
- Milhões, é? Demi cooomo, estrela pornô. – foi impossível não gargalhar com esse comentário.
- Ok, chega desse assunto. – falei, já avistando a casa de Liam.
- Bebê! – Miley agarrou Liam assim que o mesmo abriu a porta. Esgueirei-me pelo pequeno espaço entre eles e a porta para entrar na casa. Avistei os outros 7, no meio da sala. Joe e Nicholas jogavam alguma coisa no videogame, enquanto o resto conversava.
- Demi! – os 5 exclamaram em uníssono. Então eu escutei um som estranho vindo do video-game, o que me levou a olhar a dancinha ridícula de Nicholas.
- Eu sei que você só perdeu porque se desconcentrou de repente, – Nick falou a última parte com sarcasmo e continuou. - mas... eu ganhei. Eu ganhei. Eu sou foda! – Joseph deu um tapa na perna dele, se levantando também.
- Oi, gente. – falei, desajeitada, enquanto sentava no sofá próximo à rodinha. Eles abriram um espaço para eu poder me ajeitar, então eu desci pro chão.
- Oi. – Nicholas e Joe murmuraram ao mesmo tempo.
Ele falou comigo. Score! Certo, por que estou comemorando?
- Então, que filme vamos ver? – perguntei, apoiando a o queixo em minha mão.
- A gente podia alugar algum filme de drama. – opinei. As meninas concordaram. Os meninos, não.
- Se a gente puder pegar um de ação ou de suspense depois, por mim tá tudo bem. – disse Jonas, olhando diretamente pra mim. Ostentei o olhar por alguns segundos, mas depois desviei. Não gosto de ficar olhando nos olhos por muito tempo, me deixa envergonhada.
- Por mim. – todos os outros concordaram.
- Vamos então? – James perguntou, se levantou e puxou Chel consigo.

Entramos naquela pequena loja de conveniência/locadora. Decidimos por poupar nossos fígados por um dia. Como cada um queria pegar alguma coisa, optamos por nos separar. E logo eu estava sozinha com o casal nerd.
- Diabetes versus cirrose. – Daniella balançou a cabeça negativamente.
- Antes diabetes, amor. – Kevin riu, abraçando-a por trás. Ri brevemente e fui até a prateleira de filmes, esbarrando com Jonas lá. Pensei em dar meia-volta, antes que ele me visse, mas foi tarde demais.
- Me ajuda a escolher algum filme? – Joseph indagou, fazendo uma careta ao olhar para a prateleira dos romances e dos dramas. Concordei com um aceno de cabeça e com um sorriso amigável. Comecei a pensar em algum filme interessante de drama/romance que nós ainda não tivéssemos visto. Enquanto isso, ele se dirigia a uma outra seção de filmes.
- “O labirinto do fauno” deve ser um suspense legal. – Joe comentou. Me virei pra ele, sem querer, esbarrando de frente no mesmo. Merda de corredor estreito. Sem graça, disfarcei a proximidade com um “uhum”. – Levamos esse, então? – novamente murmurei um “uhum”. – E você só vai falar “uhum”? – ele sorriu divertido, me fazendo rir por alguns segundos.
- O que quer que eu fale? Eu acho que esse filme está bom. Melhor assim, Jonas? – entrei na brincadeira, não fazendo menção de virar para a prateleira de dramas e romances.
- Podia ser ainda melhor. – disse simplesmente. E então se projetou em minha direção. Prendi minha respiração devido à proximidade, fechando os olhos por instinto.
Esperei alguns segundos e não senti nada. Nenhum toque de lábios, nenhuma respiração incrivelmente próxima a ponto de me fazer conseguir contar seu pulso, nada.
Decepcionada, tornei a os abrir e me deparei com a camiseta dele extremamente perto. Notei que perfume havia mudado, esse era menos concentrado, mais suave. Melhor para ter por perto 24 horas. Aquele tipo de perfume do qual não se consegue ficar enjoada. Lembrava couro, mas com um toque cítrico. Simplesmente delicioso.
Voltei à situação quando Joseph voltou à minha altura com um filme em mãos.
- O bom e velho “Diário de uma paixão”. – com um sorriso amigável, ele me estendeu o filme. Peguei o mesmo e saí murmurando:
- Ah, claro, o filme. Ótimo. – Sim, eu queria que ele tivesse me agarrado ali, naquele corredor estreito, empoeirado e com iluminação fraca.

Nos apertamos no pequeno quarto de Liam – os pais dele não gostavam que fizéssemos bagunça na sala.
Liam, My, Chel e James estavam na cama enquanto o resto estava jogando aos pés da mesma em cima de um colchão fino. Joe se sentou ao meu lado, fazendo questão de tirar a almofada que nos separava, deixando, assim, a pele de seu braço se encostar à de minha coxa. Olhei para ele, de soslaio, que fazia o mesmo comigo. Rimos discretamente, desviando os olhares alguns segundos depois.
Começamos a ver “Diário de uma paixão”.
Eu estava tensa, dava pra notar ao olhar minha postura totalmente ereta e minha expressão séria. Joe me deixava assim. E saber que ele estava assim, tão perto de mim, enquanto eu pensava nele, me deixava assustada. Eu tinha medo de que ele pudesse decifrar meus pensamentos, como algum ser sobrenatural. Eu também tinha medo de que ele decifrasse todas as minhas atitudes, todo os meus pensamentos e sentimentos, me deixando nua por dentro. Eu não queria que ele me conhecesse melhor do que eu o faço, seria como dar o prêmio numa bandeja de ouro ao inimigo.
Confesso que não prestei atenção ao filme por uns bons 40 minutos, até que ele se moveu na direção oposta, fazendo que meus músculos se relaxassem instantaneamente. Também confesso que Joseph ter ido para a direção oposta não era bem o que eu tinha em mente. Mais um motivo para eu não querer que ele conseguisse saber o que eu estava pensando – só para deixar claro, eu não acreditava em poderes extraordinários.
O que eu tinha em mente era basicamente o que todos os outros estavam pondo em prática: pegação. Não no meio de todo mundo, não de um jeito beirando o vulgar – como Chel e James-, mas, ainda assim, pegação. Hormônios pra que te quero...
Mordi meu lábio inferior e olhei de soslaio para Jonas, que, de forma não muito surpreendente, assistia ao filme. Idiota!
Desiludida, tornei a olhar para a TV. E, assim – mesmo que já tivesse decorado as falas do filme -, consegui me manter atenta ao filme. Não gostei disso, porém. Ao final, eu estava chorando como um bezerro desmamado enquanto todos terminavam o que estavam fazendo e acendiam a luz, fingindo ter visto o filme inteiro. A quem eles queriam enganar? E pra que isso?
- Nossa, Demetria, você tá parecendo um camarão! – My, sensível como sempre, comentou. Eu simplesmente não conseguia parar o choro. As lágrima fluíam olhos a fora e os soluços emergiam cada vez mais. Eu sempre ficava assim ao ver esse tipo de filme. Sempre mexiam comigo porque eu tinha medo de morrer, mas tinha mais medo de não ter ninguém do meu lado até o fim. E, por mais bobo que isso parecesse, eu acabava me debulhando em lágrimas por isso.
Enxuguei minhas lágrimas, rindo com o comentário. Respirei fundo umas 5 vezes e me levantei, sendo assistida por todos com expressões descontraídas.
- Se eu não te conhecesse, falava que você é emo. – Joseph comentou, com um ar risonho. Eu não estaria assim se você tivesse me ocupado, pensei. Essa frase quase veio à tona, se não fosse por um pensamento repressor, que me informou que, além de se tratar de Joseph Jonas, uma noite com ele não significava que eu tinha o direito de cobrar nada, muito menos obrigá-lo a me beijar.
Balancei a cabeça negativamente, soltando uma risada pelo nariz e indo lentamente até o banheiro, onde eu lavaria meu rosto. Meus planos depois iam para a varanda do quarto dos pais do Liam, que sempre tinha uma vista muito boa e calma da rua. Era agradável sentar lá por um tempo.
Fiz uma careta ao olhar meus olhos inchados e minhas bochechas vermelhas. Lavei meu rosto e exalei o ar lentamente, sentindo aquela sensação ruim passar. Eu sabia que era uma grande bobagem pensar nessas coisas; eu sabia que eu teria pelo menos dois bons amigos lá, mesmo que esses não fossem os atuais, mas esse assunto simplesmente me espantava demais.
Meus pés me guiaram até a varanda, mas ela já estava ocupada. Prendi meu lábio inferior e andei lentamente até o menino que se debruçava no parapeito.
- Então eu não sou a única que gosta de invadir o quarto dos outros pra pensar? – indaguei em um tom humorado. Joe se virou para mim, não parecendo espantado com minha presença ali.
- Somos dois fora-da-lei. – ele observou com um sorriso de soslaio. Ri suavemente, avançando até o parapeito e me postando ao seu lado. Silêncio.
- Você não me pareceu nem um pouco assustado quando cheguei aqui. Eu gosto quando eu consigo assustar as pessoas. – comentei com uma expressão frustrada, vendo-o, pela visão periférica, virar o rosto na minha direção e rir.
- Eu sabia que você viria aqui. – Jonas afirmou. Pretensioso! Arqueei uma das sobrancelhas e o encarei, notando o quão próximo aquela varanda estreita poderia nos deixar. Meu braço tocou o dele, sinalizando que a distância havia diminuído. E então eu estava presa por seu olhar.
- O que te fez pensar nisso, Sr. Convencido? – indaguei em um sussurro, ostentando minhas feições enquanto ele girava seu corpo em 90º, fazendo-o ficar totalmente virado para mim. Imitei sua ação de forma inconsciente.
- Sexto sentido. – Joseph voltou a trajar seu sorriso de soslaio. E foi nessa hora que eu percebi que ele queria uma terceira vez tanto quanto eu.
Umedeci meus lábios com a ponta da língua, observando sua boca chegar mais e mais perto. Sua respiração bateu em meus lábios e eu os entreabri, não evitando esboçar um sorrisinho triunfante. Eu soltava fogos por dentro.
Joe roçou seus lábios lentamente nos meus enquanto eu encaixava minhas mãos em seu pescoço. Como um imã, minha boca atraía a dele, o que não o deixou ficar muito tempo nessa provocação. Aprofundamos o beijo, adquirindo uma certa agilidade também. Logo meu corpo estava sendo forçado contra o parapeito. E, embora estivéssemos exagerando na intensidade, eu não estava incomodada.
Emaranhei meus dedos por seus cabelos, sentindo-o modelar minha cintura com suas mãos e descer as mesmas até meu quadril, onde ele aplicou um pouco mais de força e me impulsionou até que eu estivesse sentada no parapeito com ele entre minhas pernas. Joseph apertou minha coxa e eu tracei um rastro com as minhas unhas por seu pescoço. Escutei-o murmurar algo e sorri comigo mesma. Joe subiu as mãos até minhas costas, me puxando para mais perto – como se isso fosse humanamente possível.
O que eu esquecia era que eu estava falando de Joseph Jonas, não somente um menino no qual eu estava dando uns pegas. Joe conseguia me levar ao delírio, fosse mordiscando meus lábios no ponto exato, fosse apertando com a pressão certa ou fosse dizendo as coisas mais inocentemente atrativas.
- Gente, o fil... – escutei a voz de Dani ao fundo. Interrompemos o beijo e eu escondi minha cabeça na curva de seu pescoço. Podia jurar que o vento frio que passava ali me congelaria se eu não estivesse explodindo em faíscas por dentro. – Foi mal. – levantei a cabeça, e observei-a dar um sorriso amarelo.
- Já vamos. – disse, ainda ruborizada. Afastei meu rosto do dele, sentindo meu coração batendo a mil por hora. Meu olhar encontrou o dele e eu esperei alguma reação dele.
- Você quer ir? – ele perguntou com os lábios próximos aos meus. Não demorei nem três segundos para pensar.
- Honestamente? – prendi meu lábio inferior entre os dentes. Soltei-o. – Nem um pouco. – completei com um sorriso de canto, vendo-o se aproximar novamente.

Flashback Off

E foi aí que eu descobri que ele podia ser o sapo que ia virar príncipe.
No entanto, Joseph tinha a capacidade de se transformar do romântico ideal ao insensível em questão de minutos. E era isso que ferrava o que eu chamava de relação.
Respirei fundo, afundando minha cabeça em meus travesseiros e puxando a coberta até meu abdômen. Peguei meu celular na cabeceira e mentalizei uma mensagem nova antes de acender o display. Abri os olhos e não vi nada mais do que a foto de uma paisagem e alguns outros ícones.
Deixei o aparelho de lado e fiquei imaginando uma conversa entre nós dois até adormecer em meio a essa idéia estúpida.


10 coment's para o proximo...

Divulgação:
http://jemi-please-be-mine.blogspot.com.br/

Minhas fofolet's a linda da Julie esta começando o blog dela agora....
Vão la da uma olhadinha e uma força pra ela... ;)
Bjs 

segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

Capítulo 2

Strange as it seems

- Cara, pra quê vocês querem tanto viajar pra Amsterdã? Além de putaria e drogas, não tem mais nada lá! – Daniella reclamava enquanto nós procurávamos hotéis na Internet. Na verdade, enquanto Selena, Miley, Daniella e Chelsea procuravam. Eu não estava no clima.
- Amor da minha vida, esse é o ponto! Tô cansada de excursões pra lugares que só tem cultura, cultura e cultura. Vamos adicionar diversão nas viagens! – Chel gesticulava enquanto mantinha os olhos focados nas fotos de hotéis.- OLHEM ESSE AQUI! – ela deu um grito depois de alguns segundos sem falar nada. Após nos recuperarmos do susto, voltamos os olhares para a tela. - Barato, com uma cara boa e... - Jonas fêmea parecia muito feliz com sua descoberta.
- Barato! – as outras três falaram em uníssono. – A diária é só 30 euros! O hotel dos meus sonhos, galera!
- Tem botão de reserva no site? – perguntei, tentando me animar. – Ou teremos de ligar pra lá? – cruzei as pernas em cima do sofá.
- Não, não. Tem como reservar on-line. – Chel respondeu meio robótica, digitando apressadamente todos os nossos dados.
- Cinco casais? Com quem eu vou dividir o quarto?! – desde o dia em que brigamos, Jonas não havia aparecido e nem ligado. Tudo bem que nossa briga não tinha passado nem de uma semana, mas...
- Comigo. – My piscou. Encarei-a confusa. – Liam e eu brigamos também. – adicionou.
- Ah sim. Por que isso? – estava muito melhor agora. Não que eu fosse egoísta a ponto de não querer ver minha amiga feliz! Só estava preocupada em ter de passar 5 dias no mesmo quarto daquele idiota.
- Porque nós dois somos complicados. – Miley suspirou.
- Ih! Conheço essa história. – ri da minha própria desgraça. Chelsea me olhou de soslaio, em reprovação.
- Na verdade, meu irmão é complicado. – falou enquanto olhava pra mim, desviando o olhar para My. - Mas vocês vão se acertar.
- Sempre se acertam. – sorri. Miley não parecia tão conformada com isso, mas forçou um sorriso.
- De qualquer jeito, se não se acertarem, estaremos em Amsterdã... Onde tudo pode acontecer. – Selena riu.
- Vou falar pro Nicholas isso, hein. – brinquei, vendo-a dar de ombros.
- Vai falar o que pra mim, dona Demetria? – olhei na direção da porta e lá estava Nicholas, entrando na sala e sendo seguido pelos outros. Foquei meus olhos em Nick depois de ver a careta de Sel fazia pra mim.
- Vou falar que a Daniella tava difamando a Holanda pra mim. Falou que não tinha nada de legal lá. – Nicholas fez uma expressão indignada.
- Como assim não tem nada? Claro que tem, sua ignorante! Primeiro de tudo: Tem vários museus pra gente chata como você e o Kevin. Tem a fábrica da Heineken pra gente legal como eu e o Dannyzinho aqui. – Joseph, que até então estava mudo e não olhava pra lugar nenhum, fez um gesto de mãos com as mãos de Nick. – Tem o Amsterdam ArenA pra geral. Tem os bares. Tem os clubes noturnos. E, claro... tem o Bairro da Luz Vermelha. – os meninos se entreolharam com expressões pervertidas. Chel, Sel e Dani semicerraram os olhos nas direções de seus respectivos namorados. – Mas é óbvio que a gente não vai ficar muito tempo nesse lugar horroroso. – James começou a tossir de um modo totalmente forçado, arrancando risadas gerais.
- Gente, como vai ficar a... hum... divisão de quartos? – Jonas perguntou enquanto todos paravam de rir. Pela primeira vez no dia, resolvi levantar o olhar e analisar suas expressões. Senti o clima pesar um pouco. Ou era só uma impressão bem nítida?
- Eu vou ficar com a My, não se preocupe. – me pronunciei, atraindo todos os olhares pra mim. Dei de ombros e passei a olhar para um canto qualquer.
- Não estava preocupado. – ele retrucou, indiferente. Não fiz menção de olhá-lo. – Quero diz...
- Imaginei que não estivesse. – cortei sua frase, agora com o olhar fixado na tela do notebook. – Mas então, gente. – falei, determinada a aliviar o clima. – Os quartos têm frigobar, TV e aquecedores. – comecei a ler os componentes do quarto. – Ah, e no hotel tem piscina, mas acho que isso não vai ser muito útil, já que estamos no inverno... – comentei.
- Eu vou subir. Até mais, galera. – Joe disse em um tom um tom mais baixo do que o normal, girando o corpo na direção das escadas. Liam me lançou um olhar triste, assim como Nick.
Ah tá, agora ele tá pagando de sofredor? Dissimulado.
- Mas como eu ia falar... – My iniciou a frase, tentando contornar o rumo da situação.

- Você realmente acha que vai conseguir ficar de boa com o fato de que vocês estão brigados? – Nicholas indagou, sentando-se ao meu lado na grama do quintal dos Jonas. Alguma música eletrônica embalava a noite enquanto nós bebíamos.
Joseph havia descido do quarto e não aparentava estar mal. Não como eu estava, por dentro. Aquela briga estava me tomando o sono, mas eu não seria idiota a dar o braço a torcer novamente. Se ele quisesse, ele que fosse o bobo da vez.
- Nós sempre estivemos brigados, não é agora que as coisas vão ser diferentes. – observei que Selena nos olhava de longe disfarçadamente. Aposto que fora ela que enviou Nicholas pra falar comigo. Estava muito bem com minha batida e um Marlboro black, obrigada.
Nick ficou mudo por alguns segundos, enquanto isso eu observava a ponta do meu cigarro ser consumida pelo fogo. Eu não estava com vontade de fumar, mas me forçava a fazer isso para ver se aquela porra de sensação relaxante alguma hora chegava. Era isso que tornava os fumantes em viciados em nicotina, não?
- Vocês deviam conversar. – ele murmurou. O olhei de soslaio. Nicholas realmente estava falando aquilo?!
- Ele te contou a história inteira? Desde a parte que começamos a discutir até a parte em que ele me fez falar que o amava e simplesmente me mandou beijá-lo quando eu perguntei se era recíproco? – exprimi minha raiva em soltar aquelas palavras ao aumentar um tom da minha voz.
- O Joe só me falou que não sabia o que te responder. – suspirei profundamente, dando um longo gole em minha batida depois. Tinha que lembrar de perguntar à Chel o que ela tinha usado dessa vez.
- E...? A culpa por nós não estarmos nos falando é dele. E eu não vou pedir pra ele vir conversar comigo, só numa condição de que ele deve se lembrar muito bem. – Nicholas ia começar outra frase, mas o interrompi. – Agora vá até a Selena, fale que estou bem e que ouvi todos os seus conselhos. Também fale que vou pensar no que fazer. – esbocei um sorriso ligeiro e resolvi esticar minhas pernas, apoiando meu corpo em minhas mãos, que estavam rentes à grama. Nick saiu de perto de mim balançando a cabeça negativamente. Respirei fundo, tentando absorver o máximo da brisa anormalmente morna que passava.

Depois de alguns minutos, resolvi que era hora de voltar à rodinha das meninas, que estava perto do som. E, por coincidência, na hora em que me juntei à elas, Selena saiu, indo se agarrar com Nicholas em algum canto. Daniella também arranjou algum assunto pra falar com Kevin e eu permaneci ali, dançando em um ritmo descompassado com as outras duas. Se Chelsea decidisse sair dali, eu ainda teria My. Eu não estava sozinha.
Imagino se Sel também pediu pra Nicholas ir falar com Miley... Provavelmente sim.
- Vamos sentar, Demi? – My perguntou, indicando a mesa dos meninos com a cabeça. Mordi meu lábio. Eu não queria sentar lá, mas era isso ou ficar sozinha. Concordei com a cabeça e fomos em direção à mesa. Sentei-me à ponta da mesa, já que esse era o último lugar vago. Selena e Nicholas ainda estavam dentro da casa.
- Então, em qual data vocês compraram as passagens? – Kevin, que tinha passado uma semana ausente por conta de problemas com a família dele, perguntou.
- Daqui a duas semanas. – ele arregalou os olhos ao que Liam falou. – Era isso ou só em julho, cara. E em Julho não ia ter como.
- Pelo menos não fico naquela expectativa. – Kevin deu de ombros. – Todo mundo checou os passaportes pra ver se tava tudo em dia, certo? – todos acenamos com a cabeça em confirmação, menos Joseph.
- Quem viu isso pra mim foi a minha irmã. – então todos olhamos para Chel.
- Sim, galera, tá tudo em dia. É só embarcarmos. As passagens tão aqui em casa, mas, como eu sou a mais organizada de vocês todos, eu só vou dar no dia. – ri ironicamente, sendo acompanhada por todos. – Tá, tá. Não sou a mais organizada, mas deixa por minha conta.
- É o meu suado dinheiro em jogo, não o jogue fora. – apertei os olhos na direção dela, que concordou freneticamente com a cabeça, rindo depois.
- Por falar nisso, todo mundo já trocou as libras por euros, certo? – James observou o fato de que as moedas não eram as mesmas. Não que eu não tivesse lembrado, porque eu tinha.
- Putaquepariu! Sabia que eu ia esquecer de alguma coisa! – My bateu na testa com a palma da mão.
- Tá vendo, se não fosse o Jamezinho aqui... – Jimmy se vangloriou, fazendo uma expressão convencida. Todos rimos enquanto Chel murmurava alguma coisa pra ele e o dava um beijo rápido.
- Se merecem os dois. – ri suavemente. Então um breve momento de silêncio se formou. Aproveitei para observar todos ao meu redor; My, olhando suas unhas enquanto Liam roía as dele; Chel e James trocando carinhos; Kevin e Dani olhando um ao outro com feições suaves; Joseph, encarando o nada enquanto dava o último gole em sua Heineken. E aí vinha eu: a curiosa olhando a vida dos outros, querendo analisar cada um, comparar cada relação, querendo que as coisas acontecessem assim comigo...que nós estivéssemos predestinados um ao outro, como parecia ser com todos os outros casais. Mas talvez um clichê não era o que estava traçado. Talvez nada estivesse traçado. Nada mais que um espaço em branco, esperando para que eu escrevesse ali o meu destino.
O único problema era que eu não sabia nem por onde e nem como começar a escrevê-lo.

Especial de natal...
POSTANDO ANTES DA HORA...
Esta ai fofoletis....
XD
BJINHUS E FELIZ NATAL A TODAS

AH!! EU ESQUECI DE FALAR NO OUTRO POSTE....
SEJMA BEM VINDAS AS NOVAS LEITORAS...
XD
10 COMENT'S PARA O PROXIMO 

domingo, 23 de dezembro de 2012

Capítulo 1

Things do change. Sometimes
 
 
Há um certo tempo, a palavra “amor” passou a fazer parte na minha lista de sentimentos relativos. Digo, se eu fosse comparar meus sentimentos por minha mãe com os que tenho por meus amigos, eu diria que os por minha família seriam basicamente “amor”, enquanto por meus amigos, seria um simples verbo: “adorar”. Porém, se fossemos comparar Joseph e Timmy, Joseph seria meu verbo “amar” e Timmy, meu “adorar”, embora eu amasse Tim como amigo, e Joseph como namorado – mesmo que eu ainda não tenha assumido sentimento tão forte por ele em voz alta.
Desde a festa de formatura, as coisas têm sido praticamente as mesmas: James e Chel não haviam se desgrudado um segundo sequer; Selena e Nicholas estavam num constante vai-e-vem; My e Liam haviam dado um tempo; Daniella e Kevin ainda namoravam; e aqui vem a mudança extrema: Joseph não havia brincado com meus sentimentos uma vez sequer depois de nós termos ficado naquela noite. Milagres podem acontecer! O mais engraçado disso tudo era ver como nós parecemos termos esquecido de todo o nosso conturbado passado.
Joe não era um ótimo namorado, devo admitir, e acho que não teria me pedido em namoro se eu não tivesse falado que eu não era mulher para dar uns amassos quando ele quisesse.
Jonas possuía um temperamento estranho e explosivo, igual ao meu, o que nos fazia, eventualmente, discutir por bobagens, como agora:
- Sabe o que você faz com esse seu notebook? – indaguei de forma impaciente. – Enfia você sabe aonde! – respondi a minha própria pergunta de forma emputecida. Joe começou a rir, e eu, desconsertada, o fitei.
- Desculpa, é que eu imaginei a cena aqui. – ele gargalhava descontroladamente.
- Nem pra discutir com você, dá. Já conhece a saída. – resmunguei enquanto, ainda mau-humorada, subia as escadas de minha casa com passos firmes. Jonas me puxou pelo pulso e eu recuei até ele.
- Não dá porque eu não quero discutir, você sabe. – sentia sua respiração bater em meus lábios, mas também conseguia sentir o cheiro de hortelã que saía da mesma. Joseph falou com a voz mansa e com os lábios perigosamente perto dos meus. Perigosos o suficiente para me fazer esquecer o fato de que ele queria ficar em casa usando a Internet – o que me fez achar que seria sozinho - no nosso aniversário de um mês. Golpe Baixo.
- Eu também não quero... – murmurei, não fazendo menção de diminuir a distância entre nossas bocas e corpos. – Mas se for para passar o nosso aniversário sozinha e olhando para as paredes, eu prefiro discutir e terminar por aqui mesmo. – fitei seus olhos perdidos enquanto um silêncio estranho estava formando. Então me virei e terminei de subir as escadas, deixando um Joe totalmente confuso no pavimento de baixo.
Assim que entrei em meu quarto, não fechando a porta –esta só era fechada em casos de extremo grau de chateação -, fui até a cama e fiquei deitada na mesma, fitando a televisão, cuja programação estava um saco.
Pela visão periférica, percebi a presença de Joseph na porta, encostado ao batente, com os braços cruzados em fronte ao peito.
- Para quem não queria ficar em casa, você tá parecendo até muito contentada com a idéia... – ele falou simplesmente. Movi meus olhos para seu rosto.
- Namorando, eu não quero ficar em casa, mas já que não sei meu estado civil, vou ficar em casa mesmo. – Joseph fez uma careta quando mencionei que não sabia se estávamos namorando ainda ou não e veio até mim. Mantive meu olhar fixado ao seu, o acompanhando até se deitar ao meu lado.
- Não sabe seu estado civil? – ele perguntou com um sorriso safado no rosto. Jonas possuía um rosto muito expressivo e eu tinha criado um dicionário mental de seus significados. A cada dia eu conhecia uma nova, sem brincadeira.
Seu nariz começou a traçar caminhos na parte do meu pescoço que estava virada para ele. Fechei os olhos.
- Não. – falei com a voz vacilante. Droga de fraqueza.
- Certeza? – Joseph perguntou em um sussurro rouco ao pé do meu ouvido. Devo admitir que, com essa voz tão próxima, eu não sabia nem meu nome. Suas mãos se guiaram até minha cintura. Droga, droga, droga. Cócegas não!
- Não, não! – falei de forma suplicante enquanto escutava-o rir de forma maléfica. As tais cócegas começaram e eu gargalhava, deixando algumas lágrimas caírem pelo canto dos meus olhos.
- Então admite que me ama? – Jonas, cujas pernas agora envolviam as minhas, fazendo-me ficar encaixada embaixo dele, havia parado suas mãos por alguns segundos. Encarei seus olhos enquanto restaurava meu fôlego e me perguntei se eu estava disposta a assumir algo que eu vinha tentando omitir há tempos. Joseph mudou seu sorriso para um que expressava curiosidade e felicidade simultaneamente.
- Admito. – falei baixinho.
- Não ouvi! – Jonas ameaçou mexer suas mãos. Soltei um gritinho afetado. – O que foi que você disse?
- Que eu admito! – exclamei, vestindo meus lábios com um sorriso sincero. Joe sorriu de igual forma, relaxando suas mãos, o que me permitiu rolar e ficar de joelhos com ele entre minhas pernas.
Suas mãos perdidas foram pegas pelas minhas e postas acima de sua cabeça.
- E você? – perguntei de um jeito charmoso perto de seus lábios. Jonas deixou seu sorriso sincero para trajar um que era um tanto quanto pervertido.
- Eu o quê? – Joseph tentou mexer as mãos, mas eu as mantive presas. Sorri de forma vitoriosa.
- Você admite que me ama? – indaguei, ainda com um sorriso que demonstrava felicidade por estar no controle.
- Dá pra me beijar logo? – Joe falou de um jeito impaciente e eu quis matá-lo por ser tão insensível.
- Não. Não dá, Joseph. – proferi de forma fria e saí de cima dele, indo para a sala e fazendo questão de bater a porta fortemente ao passar pela mesma.
Burra. Idiota. Tola. Fácil. Eu me xingava mentalmente por ter me declarado antes dele. Eu já sabia que isso aconteceria. Eu devia saber que isso iria acontecer.
- Demi! – a voz dele ecoou pela sala e eu não fiz menção de desenterrar o rosto de minhas mãos. Senti meus olhos queimarem de tristeza. – Demi. – sua voz foi amaciada.
- Eu não acredito que eu admiti pra você que te amava e você simplesmente não ligou! – esbravejei, ouvindo minha voz ser abafada pela palma de minhas mãos.
– Eu... Me desculpe, eu não queria parecer rude. Você sabe que namoro não é coisa pra mim – ótimo, agora ele terminaria comigo em pleno um mês. -, mas eu quis mudar isso... – levantei o olhar.- por você. – Joe sorria de forma tímida e desconsertada, porém, com uma leve tristeza. – Eu vou mudar mais, eu juro. – ele se ajoelhou a minha frente e apoiou a cabeça em meu joelho. – É só uma questão de tempo. – tirei as mãos do rosto e encarei seus olhos suplicantes. – Me desculpe, por favor. - prendi o lábio inferior com os dentes da frente.
- Quanto tempo? Eu não quero estar com você sabendo que você não sente nada por mim. – fui fria como parecia ser o coração de Joseph.
- Eu sinto algo forte por você sim, Demetria! – Joe pegou em minhas mãos. Por Deus, mas que droga! Eu não podia chorar ali. Desviei meu olhar para que ele não visse algumas lágrimas escorrerem por minha bochecha. – Eu só não sei se é “amor”. Você é importante, você é minha namorada. – ele largou minhas mãos e guiou as suas até minha face, me fazendo virar em sua direção. Joe enxugou aquelas lágrimas estúpidas e sorriu de forma meiga. – Eu acho que te amo. – não, não era isso que eu queria escutar no nosso aniversário de UM MÊS!
Envolvi suas mãos com as minhas e as retirei de meu rosto.
- Então quando você tiver certeza do que sente, você volta aqui e me diz. – falei enquanto levantava e subia as escadas com passos fortes e firmes. Fechei a porta do meu quarto rápida e fortemente para evitar que ele escutasse meu soluço, que estava sendo reprimido desde que eu havia começado a subir as escadas.
Disquei os números de Miley rapidamente. Fixei meus olhos na imagem de um Joseph revoltado atravessando a esquina enquanto esperava que ela atendesse.
- Alô? – serenamente, ela atendeu. Eu queria tanto estar calma assim. Comecei a soluçar. – Quem é? Demi?
- My, - choraminguei depois de um tempo. – vem pra cá? – implorei, secando as lágrimas com as mangas da blusa.
É, talvez as coisas não tivessem mudado tanto assim.
 
10 coment's para o proximo
 
DEPENDE DE VOCÊS A VELOCIDADE DAS ATUALIZAÇÕES....
 
Estou morendo de saudades de conversar com vocês....
Bjinhus..
;)

domingo, 16 de dezembro de 2012

OLHA QUEM ESTA DE VOLTAA....

Menias me desculpe pelo sumiço, mas foi necessario.....
Mas estou de volta e espero que ano tenham me abandonado.
Estarei dando continuação a Heartbreaker II- Julia Soares..
XD
Se mostrarem que nao me esqueceram eu posto ainda o primeiro capitulo HOJEE...


BJS E SAUDADES IMENSAE DE VOCÊSSSS XD

sábado, 11 de agosto de 2012

Heartbreaker II - Flash 1


Há um certo tempo, a palavra “amor” passou a fazer parte na minha lista de sentimentos relativos. Digo, se eu fosse comparar meus sentimentos por minha mãe com os que tenho por meus amigos, eu diria que os por minha família seriam basicamente “amor”, enquanto por meus amigos, seria um simples verbo: “adorar”. Porém, se fossemos comparar Joseph e Timmy, Joseph seria meu verbo “amar” e Timmy, meu “adorar”, embora eu amasse Tim como amigo, e Joseph como namorado – mesmo que eu ainda não tenha assumido sentimento tão forte por ele em voz alta.

 
Bom meninas um pedacinho da 2ª temporada!! ;)
Tomara que disperte a curiosidade de vocês!!
Até eu começar a postar REALMENTE eu vou fazer esses flash de vez em quando!!
Espero que nao me abandonem porque a facul esta puxada e nao quero começar a postar pra vcs e deixar na mão!!
Então ai eta aproveitem!! ;)

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Capítulo 30

Tonight’s the night.

Então era o dia da formatura dos meninos. Nos encontramos em frente ao colégio e começamos a ter pensamentos nostálgicos referentes a esse ano.
Os meninos estavam empolgados com a idéia de começar a produzir seu próprio material, mas estavam tristes por deixar a escola.
Eu imaginava como seria daqui a um ano, se estaríamos os mesmos; se eu continuaria com a minha política de só falar no necessário; se os casais continuariam juntos; se NÓS continuaríamos juntos, já que o McFly, quase que certamente, faria sucesso.
James era, de fato, o mais deprimido. Os outros quatro continuariam juntos enquanto ele iria para a faculdade, ficaria longe da namorada, que só o veria aos fins de semana, e ainda estudaria, o que, para ele, era o pior de tudo.
Pobre James...
Sinceramente, não sei como seria a vida das tietes do McFly de agora em diante. Eu não sei como seria a minha vida sem aqueles garotos.
-Acho que a gente devia fazer um MySpace pra começar a divulgação já. – Kevin falou com uma cara de sonhador.
-Ah, seria uma boa. Ou um site oficial até. – opinei.
-Opa, site oficial? Eu faço! – James se ofereceu.
-Ah, galera, mas a gente tem que ver se a banda vai mesmo decolar. – Liam, o pessimista, falou.
-OOOW, pára com isso, cara. – Joe chamou a atenção. – Nós faremos um puta sucesso! Deixaremos as meninas de boca aberta e corações palpitantes. – ele riu.
-Isso aí que o Joe falou! – Nicholas concordou, empolgado, e levou um tapa de Selena. – Que foi? – ele perguntou, massageando a região.
-Nada de ficar de gracinha pras fãs, Nicholas. – ela falou, emburrada. Poyntner riu e se aproximou dela, pegando seu rosto entre as palmas das mãos.
-Você sabe que pro Nicholaszinho aqui só tem você. – ele murmurou antes de beijá-la.
-GAY! – Jonas deu um tapa da bunda de Nicholas, que parou o beijo para protestar. Rimos e continuamos nosso momento “tirando lembranças do fundo do baú”.

O ponto de encontro dessa vez era a minha casa. E uma vez que os meninos tinham que ensaiar antes da apresentação, eles não viriam com a gente. James, o agregado da banda, iria para ajudar na fiação.
Arrumei meu cabelo (n/a: ignorem a cor, é só o modelo) sobre os ombros praticamente descobertos pelo vestido e saí do quarto, encontrando as meninas a minha espera na sala.
-Você ‘tá linda, Demi! - Sel sorriu. Devolvi o sorriso e falei que ela, como as outras, também estava.
-Vamos, né? – Chelsea perguntou um pouco impaciente. Creio que a falta de Jimmy por mais de duas horas a fazia ficar assim.
-Vamos. – concordamos, indo para a rua achar algum táxi que aceitasse levar cinco meninas.
My fez sinal para um, que, por milagre, aceitou nos levar.
Deslizei pelo estofado de couro e me espremi entre Daniella e uma das portas. Torci para que o caminho não estivesse congestionado, senão meu vestido ficaria amarrotado.
Ok, ele iria ficar amassado de qualquer jeito. Demorava uns 40 minutos até chegar lá, já que o lugar era afastado de tudo e todos. Viva à vaquinha.

Pisamos no piso de tacos de madeira encerado para a ocasião e eu vi como a escola se empenhava em deixar tudo perfeito. Havia bolas pretas e brancas espalhadas por todo lugar, o bar era prateado e os barman’s usavam camisas sociais pretas com risca de giz, e, devido à movimentação com os braços, eles tiveram que dobrar a manga até o cotovelo. A pista de dança era longe das mesas e o DJ tocava Hip-Hop.
Os formandos já haviam chegado da colação de grau, que nós não fomos porque não havia lugares suficientes sobrando. Na verdade, Chelsea poderia ir, mas não quis ir porque queria se arrumar para a festa. Soube que a Sra. Jonas ficou chateada com o descaso dela com a formação do irmão, mas entendeu, já que Chelsea havia puxado esse lado paty-não-ligo-para-nada dela.
Encontramos os meninos sentados a uma mesa longe de tudo, num lugar calmo. Eles riam de alguma coisa, e eu pude notar como Joe ficava maravilhoso em roupas sociais.
-Hello, boys. – mostrei todos os meus dentes em sorriso.
-Vocês estão lindas! – eles exclamaram. Sorri envergonhada e agradeci.
-Awn, agora é oficial, meus formandos! Que emoção. – ri, apertando a bochecha de Nicholas.
Abracei fortemente um a um, até chegar no Joe, a quem eu não iria abraçar se ele não tivesse me puxado para um abraço. Espantei-me e desejei parabéns a ele, com a testa franzida. O que ele queria de mim?
-Quando o McFly entra? – My perguntou.
-Daqui a meia-hora. Mas temos que estar no camarim daqui a 15 minutos. – Kevin disse, respirando fundo.
-Quais músicas vocês vão tocar?
-As que vocês já conhecem, 5 Colours, Down By The Lake, Surfer Babe e Get Over You. – Nicholas piscou para Selena, que ficou vermelha.
-O pessoal vai gostar. – disse, passando confiança para Kevin, que estava inquieto.

Fomos para frente do palco assim que os meninos foram anunciados.
Sorri para eles, e, por um milagre, não murchei meu sorriso assim que meu olhar cruzou com o de Joe. Eu sabia que aquele abraço significava alguma coisa boa, e eu correria o risco. Poderia ser a minha última chance. Não queria chegar no dia seguinte e ficar me torturando com o “E se...”.
A platéia reagiu perfeitamente bem às músicas, como sempre. Nós 5 cantávamos a plenos pulmões. E eu via James acompanhar a música pela coxia do palco.
Em “Get Over You” Nicholas mandava beijinhos para Selena, o que a fazia corar e rir feito uma boba o tempo inteiro. Assim que a apresentação terminou, eles vieram falar conosco.
-Meus amigos vão ficar famosos. Que lindo! – James falou de um jeito gay, que nos fez gargalhar.
-Não esqueceremos de vocês. Sempre teremos um VIP reservado pra cada um. – Liam falou.
-Tava na hora de ganhar alguma coisa aturando vocês, né... – brinquei.
-Sem VIP pra Demetria! - Nicholas riu. Levei uma das mãos à boca, como se estivesse chocada, e ri. -Gente, algumas pessoas estão indo pra praia artificial aqui embaixo. A gente pode ir pra lá no fim da festa, quando estiver mais vazio. – James comentou.
-Boa idéia. E o McFly podia tocar pra gente também. – sorri com a fala de My. Os meninos concordaram.
-Só que não agora. Vamos dançar! – Kevin falou de um jeito animado, nos fazendo rir.
Formamos uma rodinha num dos cantos da pista e começamos a dançar “Just Dance”.
-GONNA BE OK, TCHURU, TCHURU, JUST DANCE! – berrávamos quando esses versos tocavam. Sem dúvida, a noite estava sendo divertida.
Depois de muitas músicas, o DJ fez uma pausa, deixando uma lenta tocando. Continuamos na pista, esperando pela próxima agitada.
A música que tocava lembrava minha mãe por algum motivo desconhecido.
-Demetria...- Joe me chamou. Olhei para ele.
-Fale, Joseph. – amaciei a voz o máximo que pude para não parecer que eu estava brigando com ele. Eu iria me arriscar essa noite, fato.
-Posso falar com você em particular? – ele pediu com um certo receio na voz. Concordei silenciosamente e o segui. Paramos próximo a nossa mesa. Permaneci em silêncio enquanto o observava colocar as mãos nos bolsos da calça.
-Eu queria pedir uma coisa... – ele começou. – Eu não sei muito bem por onde começar a falar. Então isso vai soar meio confuso... – era engraçado ver Joe, o garanhão, se enrolando para falar. –Eu queria pedir desculpas por tudo o que eu fiz. Eu, sei lá, sou inconseqüente e sempre acabo magoando os outros, principalmente você. Então, desculpas. – Joe analisava minha expressão enquanto contraía os lábios. Confesso que estava um pouco decepcionada. Mas ele pedir desculpas já era algo, não era?
-Tudo bem, Joseph...
-Joe. – ele corrigiu.
-Tudo bem, Joe.- dei ênfase ao seu apelido. - Eu acabei aprendendo com os seus erros. – dei um sorriso sem graça. Ele se aproximou.
-E tem outra coisa que eu queria pedir... – murmurei um “hum” e ele continuou. –Eu queria uma noite com você, como em Paris. – ele propôs, se balançando levemente para frente e para trás, num ato de nervosismo.

“Be mine tonight.”
(“Seja minha esta noite.”)

-Pra no dia seguinte você me conseguir me humilhar? – senti a raiva aflorar.
-Não! Óbvio que não. Eu mudei, Demetria. Entenda. – ele parecia sério, mas depois amaciou a voz. - No dia seguinte seremos qualquer outra coisa que não te faça mal. – “Se soubesse que por não fazer nada, já me faz mal...” Pensei.
Devo confessar que quando juntei todos os fatos, meu cérebro deu pane e eu não sabia se devia ou não aceitar a proposta. Mas acabei aceitando. Era isso ou nada.
E eu sei que muitas pensam que mulher não deve se contentar, e, sim, ter o que quer, mas eu não estava ligando para isso.

“Let this be just the start
(“Deixe isso ser só o começo)
Of so many nights like this.”
(De muitas noites como essa.”)

Joe umedeceu os lábios enquanto, delicadamente, colocava uma mecha do meu cabelo para trás da orelha. Sorri carinhosamente e desejei que aquilo não fosse um sonho.
Sem mais delongas, nos beijamos como em Paris, e, dessa vez, eu só estava lembrando como os lábios dele eram macios, e como eu sentia que minha barriga criava vida toda vez que ele movia as mãos ao redor da minha cintura ou mordiscava meus lábios. Também me dei conta de que não era Paris que fazia os beijos ficarem melhores, ou os casais se tornarem apaixonados, e, sim, o amor – ou a paixão, como seja – que o fazia.
Rompemos o beijo assim que escutamos a batida de “Black or White”. Sorrimos um para o outro. Uma das mãos dele procurou pelas minhas. Entrelaçamos nossos dedos e fomos até a pista, onde nos juntamos ao grupo, que nos encarava, todos curiosos.
-Now I believe in miracles, and a miracle has happened tonight! – cantamos em coro, e eu identifiquei minha situação com a do verso. Olhei com canto do olho para Joe, que fazia o mesmo. Rimos e continuamos a dançar.
Na parte do rap, James imitou um rapper, com direito a microfone com a mão e tudo, enquanto nós, meninas, fazíamos um coro.
Logo a música mudou para “The boy does nothing”, que é uma música dançante, então deixamos a rodinha de lado e começamos a dançar mais... misturados.
Eu estava vivendo um replay de Paris, mas dessa vez eu sabia que tudo seria, pelo menos, melhor no dia seguinte.

[n/a: essa parte vai ficar estranha dependendo da ordem dos mcguys, desculpas!]
Era por volta das 2 da manhã quando resolvemos pedir drinks, pegar os violões e descer para a “praia”. Tirei meus sapatos e os carreguei até acharmos um canto completamente vazio.
Para um clube aquático, até que a “praia” não era nada má.
Sentei-me ao lado de Joe, que, assim que eu sentei, apoiou sua mão em minha cintura e me trouxe para perto. Eu estava me sentindo nas nuvens, admito.
-Qual música as senhoritas querem que nós toquemos? – Kevin perguntou ajeitando seu violão marrom em seu colo.
-Get Over You! – exclamamos em um uníssono, só para deixar Selena constrangida. Joe soltou minha cintura para pegar o violão e eu me afastei um pouco, para poder apreciar a vista.

Depois de uma vasta lista de músicas e covers, Joe resolveu mostrar uma música que ele havia composto há um tempo, mas que só uma pessoa, que ele não revelaria, havia visto um pedaço da letra.

“I think of yesterday
And all the times I spent being lonely
I watched the young being young
While all the singers sung
About the way I felt


The days are here again
When all the lights go down,
What do they show me?
The rules are all the same
It's just a different game
To tell you how I feel

Although it seems so rare
I was always there

Ooh, ooh
I can't stop digging the way you make me feel
Ooh, ooh
I can't stop digging the way
Ooh, ooh
I can't stop digging the way you make me feel

I took a little time
Scripting all the things that I tell you
I'll send them through the mail
And if all goes well
It'd be a day or two

I spent some extra nights
Trying to forget the things that I've shown you
By now the smoke is cleared
And all along I feared
It would turn out this way

Though it might be wrong
My light is always on.” 


  Reconheci a letra de imediato e sorri feito uma boba enquanto Joe tentava se manter sério enquanto fazia uns “ba ba ba”. Comecei a ajudá-lo, não contendo uma risada.

”Look at us now
Ask me, how did this get so
I'll tell you how
Drag my shoes on the ground
But I'm taking em' all (taking em' all)
And I'm ready to walk, yeah.”

(Tradução)

-E aí vem o refrão de novo. – ele disse por fim, um pouco envergonhado. Começamos a bater palmas, o que o deixou mais sem graça ainda.
-Acho que todos sabemos quem foi a única pessoa que soube da letra antes... – Selena falou direcionando o olhar pra mim, e todos o fizeram também. Enterrei meu rosto no ombro de Joe, que havia me puxado e, agora, ria.
-Ok. Mudando de assunto, por favor. – pedi, sentindo meu sangue escoar, aos poucos, de minhas bochechas.

Estranho era pensar que ainda éramos, no fundo, aqueles 10 jovens que se odiavam, que se amavam, que possuíam rixas; aqueles mesmos 10 das noites em Paris, das festinhas às escondidas, das grandes festas, das noites foras de casa, das bebedeiras, das conversas, das fofocas, dos rolos e dos amassos.
Com certeza, os 10 mais legais do pedaço.

-GENTE! – Chelsea berrou. Olhamos pra ela. – Essa pode ser nossa última noite juntos! – falou de um jeito manhoso.
Embora o espírito de despedida prevalecesse entre nós, eu não acreditava que tudo acabaria ali. O futuro teria de nos reservar mais algumas surpresas.
-Pára de ser dramática, Jonas! Ainda temos as férias antes que a gravadora comece a estabelecer prazos e tarefas. – Kevin sorriu de um jeito afetado, que nos fez rir.
-Quem topa Amsterdã? – James propôs, eufórico.
É, definitivamente, nós ainda teríamos muitas histórias.


The End.
 
Bom meninas acabooooo........."/
Mas se acalmem acabo a 1ªTEMPORADA!!! ;) Tem a segunda ainda. Só nao sei se vou postar agora ou depois por ela ainda nao foi terminada então nao quero correm o risco de ficar muito tempo com ela parada. Vou dar uma estudada nas historias que ue tenho aqui e começo a postar logo, logo. ;)
Espero que tenham gostado. Pois essa foi a historia menos comentada. "/
Bom Bjinhus e até a proxima!! ;)
 

segunda-feira, 30 de julho de 2012

Capítulo 29- Penultimo

 Nights go on and on

Sabe quando você tem vontade de jogar o despertador como um daqueles lançadores de futebol americano? Então, eu queria fazer isso.
Primeiro dia de aula da semana era sempre uma droga. SEMPRE. Não estava disposta a ver os professores, a entregar os trabalhos, e nem copiar a abundante quantidade de matéria que nós teríamos pela frente.
1 mês havia passado desde o dia que fomos ao Soho. Hoje eu dou boas risadas da nossa correria da gangue, mas no dia foi tenso.
É, sinto que o ano tá seguindo na velocidade-luz e ninguém tá se dando conta disso...
Levantei da cama, relutante, e fiz minha higiene pessoal. Depois, vesti meu uniforme e me arrastei até a cozinha.
-Bom dia, filha. – minha mãe colocou um prato com duas torradas e um copo de achocolatado na minha frente.
-Dia, mãe. – peguei uma das torradas e a comi em silêncio. Deixei a outra de lado, consumindo o achocolatado. Levantei-me, sem pressa, e fui até o banheiro para escovar os dentes.
Embora eu estivesse quase atrasada, eu não me apressaria. Seria bom chegar atrasada, 45 minutos a menos! Comecei a considerar a idéia de chegar atrasada, mas lembrei-me de que a primeira aula era física. Passei a correr pela casa escovando os dentes e abotoando minha blusa.

O sinal havia acabado de bater quando eu, na minha pressa, trombei com alguém que também estava correndo.
-Desculpa! – gritei, voltando a correr para minha sala.
Avistei a porta semi aberta e murmurei um “o-oh” para mim mesma.
-Licença, professor. – entrei rapidamente na sala e me dirigi à carteira vazia ao lado de Daniella, que vestia o casaco do Kevin. A olhei questionadora. Ela tentou disfarçar um sorriso e balbuciou um “o quê?” .
-Lovato, você já chega atrasada e ainda fica conversando? Venha aqui pra frente, anda! - rolei os olhos e me arrastei até a cadeira que ele apontava.

Copiava a matéria que estava escrita no quadro negro. Era a última aula do dia e eu estava doida para ir pra casa.
-Galerinha, como o Josh descobriu isso, eu não sei. Mas o que ele falou está certo, o que dá vem na frente.- após rir da piada do aluno, e (tentar) fazer graça dela, o professor continuou.
-Bom dia, turma! – apareceu o inspetor com uma fantasia de Clave de Sol. Desde ontem tem acontecido o que chamamos de “Correio Musical”.
De fato não é nada demais, você só manda a letra de uma música pra alguém que você gosta, ou odeia, tanto faz. Mas era engraçado ver o inspetor naquela fantasia ridícula.
Eu nunca recebo nada, mas sempre mando para o professor de espanhol a música “YMCA”, porque eu tenho certeza de que ele tem um caso com o professor Oxford, mas nenhum dos dois quer se assumir.
Então aquele ser saltitante veio até a minha mesa, deixando um bilhete pra mim. Estranhei, já que a letra não era de nenhuma música famosa.
Li o bilhete enquanto a Clave de Sol terminava de dar aos outros.

“I took a little time
(“Eu levei um pouco de tempo)
Scripting all the things that I tell you
(Decifrando todas as coisas que eu te falo)
I'll send them through the mail
(Eu vou te enviar por correio)
And if all goes well
(E se tudo der certo)
It'll be a day or two
(Será um dia ou dois)

I spent some extra nights
(Eu passei algumas noite extras)
Trying to forget the things that I've shown you
(Tentando esquecer algumas coisas que te mostrei)
By now the smoke is cleared
(Por hora a fumaça está clara)
And all along I feared
(E por todo tempo eu temi)
It would turn out this way
(Que isso ficasse desse jeito)

Though it might be wrong
(Embora estivesse errado)
My light is always on.”
(As luzes estão sempre acesas.”)

Olhei fixamente pro papel, me perguntando se isso seria outra brincadeira de mau gosto, já que no remetente estava escrito “Anônimo”.
Só despertei dos pensamentos quando a Clave saltitante saiu da sala, batendo a porta.
Mirei Dani, ela não havia recebido, mas também não demonstrava nenhum tipo de frustração. Depois direcionei meu olhar a My, que havia recebido um, mas não pude ver a letra, ainda. E, em seguida, virei-me para Sel, notando que também havia recebido um.
Assim que o sinal bateu, saímos de sala, rumo aos portões do colégio.
Perguntei de quem elas haviam recebido.
-O meu foi do Nicholas, a música é aquela que você até ajudou a terminar um tempo atrás, Demi.- todas fizemos um coro de “awn”.- E você, My? – ela exibia um sorriso imenso e os olhos cheios de lágrimas.
-Eu recebi “Your song”, do Elton John. – novamente, fizemos o coro.
-Chelsea? – Jonas fêmea havia chegado há poucos instantes.
-“Wonderwall – Oasis” – pela terceira vez, fizemos o “awn” em coro. Então os meninos chegaram. Notei que Jonas possuía um em mãos. Me perguntei se era o que eu havia mandado ou o de alguma outra menina que havia o feito também.
Assim que os casais se juntaram, fiquei encarando meus pés, já que Daniella já havia ido, alegando não estar bem. Eu sabia que ela estava decepcionada por Kevin não ter mandado nenhum para ela, mesmo que eles AINDA não estivessem ficando.
-Gente, erm, ‘tô indo. – falei constrangida. Não sendo respondida, me virei e segui para o portão, então senti alguém me puxar.
-Que foi? – disse em tom de descaso ao ver quem havia me puxado.
-Por que me mandou aquela música? – Jonas me perguntou.
-Essa é uma pergunta que eu deveria te fazer.
-Porque eu quis, oras. – ele arqueou uma sobrancelha e cruzou os braços.
-Porque eu quis, oras. – o imitei.
-A sua diz a verdade?
-Não, só mandei porque eu gosto dela, sabe? – falei ironicamente. – E a sua?
-Não, só mandei porque eu gosto dela, sabe? – ele fez uma voz fina, como se estivesse me imitando.
-Ou você mente muito, ou você é muito confuso.
-Por que diz isso?
-Sabe o que eu acho? Que no final das contas você gosta de sofrer e fazer os outros sofrerem também. Jonas, você é um babaca. –ignorei a pergunta dele.
-Eu sou um babaca, Demetria? Sou um babaca por tentar me redimir uma vez na minha vida? – ele indagou, gesticulando.
-Você é um babaca por sempre fazer as coisas do jeito errado. Quer saber, cansei. – novamente me virei, agora conseguindo passar pelo portão do colégio, que já se encontrava vazio, a não ser por nós dois e os casais, que pareciam nem ligar para nossa presença ali.
-Você quis dizer sempre fazer as coisas do jeito errado e você sempre se derreter, né? – Ele gritou.
-Eu? Me derreter? – passei bruscamente pelo portão, indo na direção dele. – Nunca! – então os casais se tocaram do que estava acontecendo.
-Foi isso que aconteceu em Paris, não foi? – Joseph comentou com um sorriso torto. Idiota, idiota, idiota! Fiz menção de levantar minha mão e refrescar a memória dele, mas eu levaria uma advertência, já que ainda estava em território escolar.
-‘Tá vendo o que eu digo? Há 3 minutos você estava falando que tava tentando se desculpar e agora já está implicando comigo. Jonas, definitivamente, você é um babaca! – saí, pisando forte, e, dessa vez, não recebendo nada como resposta.

Cheguei em casa bufando. Chutei o ar, tirando, assim, os sapatos. Joguei-me em minha cama e comecei a bater nela, berrando ao máximo.
Assim que meu fôlego acabou e eu pensei que meu cérebro estava sem oxigênio, eu parei de gritar e comecei a respirar fundo, sentindo meu coração disparar.
Ok, eu havia brincado com fogo, eu deveria saber que de um jeito ou de outro eu acabaria me queimando.
Lágrimas vieram aos meus olhos e eu comecei a chorar, sem nem saber direito por quê. Essa seria a última vez que eu choraria por influência dele. E essa seria uma promessa que eu cumpriria.

xxxxx

Estávamos a duas semanas do baile de formatura, e nós só iríamos a ele por amizade aos meninos. Por unanimidade, o McFly, que havia acabado de assinar contrato com uma gravadora, tocaria algumas músicas na festa.
Os meninos estavam super animados em relação ao contrato. Assim que acabarem o ano letivo, eles gravarão o primeiro álbum. Não tenho dúvida alguma de que eles estarão famosos em menos de 1 ano.
Só espero que não esqueçam de onde vieram e se tornem aqueles artistas mesquinhos que pouco se fodem pro fãs, que só querem o lucro. Já falei isso pra eles.
Tirando isso, nesses últimos 2 meses nada mudou muito. Bom, Daniella e Kevin começaram a ficar depois de quase 1 mês de enrolação; os casais continuam na mesma – embora Nicholas e Selena briguem quase sempre -; e eu e Joe estamos naquela de só falar o necessário, o que eu acho que é o ideal para a paz mundial.
Quanto ao pessoal da vila, Tim eventualmente fala comigo pelo facebook; Anne e Nick se separaram; e Came e Martha estão juntos ainda.
Tenho pensado muito ultimamente em como eu estaria se tivesse mantido um relacionamento à distância com Timmy. Mas sempre que esse pensamento aparece, eu trato de espantá-lo. Não gosto de ficar pensando “E se...”, me deixa pra baixo e eu me dou conta de que só faço besteira nessa vida.
Voltando à realidade, eu estava no meu quarto, apreciando Kit-Kat’s e vendo TV. “Skins” distorce um pouco nossa realidade, parece que tudo o que nós fazemos é se drogar, beber e ter relações sexuais. E, de fato, não é assim que as coisas são. Talvez para Ashley e sua gangue, as coisas funcionem assim, mas para a “minha” gangue não.
Ok, nós bebemos? Sim. Nós fumamos? Sim. Mas relação sexual é algo que não faz parte do meu cotidiano. Talvez do de Chelsea e James, mas do meu, não.
Cansei se olhar para a cara da principal e troquei de canal, parando em algum canal de filme.

Quando, finalmente, eu havia entendido a história do filme, meu celular tocou.
-Fala, broto! – Selena conseguia ser tão brega quando queria.
-Olá, Ms. Poyntner. – arranjei esse apelido recentemente em uma das nossas reuniões.
-HÁ-HÁ! – ela detestava que eu a chamasse assim.
-Então, bitch, qual o propósito da ligação? – perguntei sem rodeios, colocando o resto de um dos últimos Kit-Kat’s na boca.
-Queremos que você venha ao shopping conosco.
-Para...? - suspirei cansada. Ir ao shopping estava fora dos meus planos. Estava chovendo mais forte do que o normal.
-Comprar os vestidos para o baile, oras! – ela falou como se fosse óbvio.
-Ah, claro. – bati a palma da minha mão na testa. – Tinha esquecido disso.
-Então, vamos? – Sel perguntei.
-Vamos. Vou colocar uma roupa. Nos encontramos aonde? – indaguei, torcendo para que não fosse na casa dos Jonas. Chelsea sempre dava um jeito de se atrasar, o que corresponde a nós esperando-a em sua sala com o agradável irmão dela sentado no sofá assistindo à alguma partida de futebol.
-Na casa da Chelsea em meia-hora. Beijos. – então ela desligou. Xinguei baixinho e fui me trocar.

Cheguei à casa dos Jonas em 30 minutos cronometrados. Eu gostava de ser pontual quando era com os amigos.
Toquei a campainha, torcendo para que Chelsea viesse abrir a porta.
-Tarde, Lovato. – ele falou. Ignorei-o, dar boa tarde não era necessário, e fui para o quarto da irmã dele.
-Piranha! – gritei enquanto abria a porta do quarto, encontrando uma Chelsea calçando os sapatos.
-Pirralha! – ela berrou de volta. Ri e me joguei na cama dela.
-Ô abuso! – mandei o dedo do meio e comecei a cantar a música que tocava no computador.
-Aviso, os meninos vão com a gente. Eles têm que achar ternos novos. – ela me informou. Na mesma hora parei de cantar.
-Eles têm mesmo que ir? – perguntei fazendo uma careta.
-Têm, né! Imagina aqueles cinco numa loja de ternos! Na certa, o Kevin compraria um terno amarelo e colocaria uma máscara do Máscara na hora da entrega dos diplomas. – ri alto imaginando a cena.
-Ok, se é pro bem da humanidade...- me dei por vencida e voltei a cantar.

Entramos numa das lojas de terno, e cada garota ficou encarregada de procurar uma blusa social, um terno e uma gravata para cada menino. Como os casais estavam formados, eu tive que ajudar o Jonas, contra a vontade.
Fomos até os ternos, onde pegamos três modelos diferentes, mas todos pretos. Depois passei pela sessão de blusas com ele em meu encalço.
-Branca ou preta? – ele perguntou, segurando dois cabides na frente do tórax.
-Você não está indo para um enterro, Jonas. – falei séria. Ele devolveu o cabide com a camisa preta e manteve o com a blusa branca na mão.
Rumamos para a sessão de gravatas. Ele se divertia com uma gravata verde-abacate e outra amarelo-mostarda.
-Jonas. - O chamei depois de pegar três cores diferentes.
-Se você pensa que eu vou usar uma gravata rosa, você tá muito enganada! – ele deu ênfase ao “muito”. O encarei com um olhar de poucos amigos e o puxei até o provador.
Começamos do principal pros detalhes. Preferimos o primeiro modelo de terno, que o deixava com o tórax mais largo e um pouco mais alto.
-Agora, as gravatas. - estendi a em vermelho carmim para ele. Joseph fez uma expressão estranha e eu supus que ele não sabia como colocar. –Vem cá. – ordenei. Ele se aproximou, e eu me senti como uma dona chamando o cachorro. Uma sensação muito boa, se me permitem o comentário.
Dei o nó tradicional, sentindo seu olhar pesar sobre meu rosto. Tentei ignorar aquilo.
Deixei-o se olhar no espelho.
-Guarda a imagem. – tirei a gravata e coloquei a cinza, que era mais estreita embaixo. Ele se olhou novamente e fez uma careta. É, eu também não tinha gostado daquela. Desamarrei e coloquei a rosa.
-Eu não vou usar uma gravata rosa, Demetria. – ele implicou. Ignorei-o e continuei fazendo o nó do mesmo jeito. –É legal o jeito como você finge que não me escuta. – continuei o ignorando. – Como agora. Você finge que tá concentrada numa das coisas mais entediantes do mundo.
-Se olha logo no espelho, Joseph. – falei ríspida. Ele se olhou e ficou uns 2 minutos se admirando enquanto dava sorrisos e fazia poses em frente ao espelho.
Permiti-me o observar também. É, eu tinha arranjado um protótipo de Deus grego para odiar. De fato, minha vida era quase uma tragédia grega.
-Eu gostei dessa. – Joe exibiu seus dentes em um sorriso. Me controlei para não dar um sorriso meigo.
-Eu disse que ia ficar boa. – falei de forma vitoriosa.
-Na verdade, você não falou. – ele riu.
-Que seja. – disse, ríspida. Fomos ao caixa e encontramos todos, menos Chelsea e James, pagando. Assim que efetuamos a compra, nos deparamos com um James amassado e uma Chelsea vermelha. Começamos a rir, o que os fez ficar sem graça. Os vendedores nos olhavam como se fossemos alienígenas, mas aposto que se eles soubessem do que se tratava iriam nos expulsar de lá, ou rir, quem sabe.
Continuamos nossa procura por roupas para o baile. Agora era a nossa vez de achar algum vestido. Eu não sei se usaria o que Anne havia me dado, ou se compraria algum.
Os meninos desistiram na primeira loja, onde não havia nada que nos interessasse, e resolveram ir à loja da Apple, já que Kevin queria comprar um iPod novo. Combinamos de nos encontrar na praça de alimentação em 2 horas.
Entramos numa outra loja e começamos a escolher. Chelsea se apaixonou por um amarelo, mas a convencemos a levar um preto; Sel achou um branco; My achou um preto; Dani também escolheu um preto; e eu, bom, eu resolvi usar o que Anne havia me comprado.
Quanto aos sapatos, a única que comprou foi Chelsea, que alegou que sapatos vermelhos eram tudo. Creio que ela já possui uns 30 pares só na cor vermelha.
Para finalizar a tarde de compras, entramos na Victoria’s Secret, já que eu estava encarregada de comprar um creme novo para minha mãe. Chelsea aproveitou a deixa para ir à parte “Very Sexy” da loja. Isso que eu chamo de hormônios à flor da pele...
-Chelsea, larga essa cinta-liga e vem logo, criatura! – exclamei, rindo da cara de frustração dela.
-Mal amada. – ela resmungou.
-Mal amada não! Mal comida, ou melhor, não comida, sim! – brinquei e recebi um dedo do meio em resposta.
Encontramos o 5 meninos, que estavam com cara de tédio, na praça de alimentação.
-Vamos tomar sorvete? – Dani propôs. Os meninos responderam “não” em um alto uníssono, o que nos fez rir.
-‘Tá bom... vamos pra casa. – Daniella disse em um tom frustrado. Kevin riu e a abraçou.
-Eu pago um sorvete pra você amanhã. – ele disse, consolando-a. Dani riu e eles se beijaram.
Era estranho ver todo mundo se dando bem e eu continuar aqui, na mesma de anos atrás. Eu sentia um pouco de inveja e tinha que admitir isso. Mas, por outro lado, eu estava contente por elas.
Saímos do shopping e nos deparamos com uma forte chuva. Todos os meninos, exceto Joe, tiraram seus casacos para dar às namoradas.
Senti minhas bochechas arderem com a vontade imensa que eu sentia de chorar. Devia ser TPM.
Os casais começaram a correr o mais rápido que podiam, mas eu me mantive atrás. Estava acostumada a ficar atrás. Sozinha.
Andava em passos acelerados, mas não estava correndo. A chuva ensopava minhas roupas e eu não me importava. Os casais saíram da minha vista, assim como Joe, que eu não sabia aonde havia ido.
-Você gosta de se excluir, não é? – a voz dele surgiu ao meu lado do nada.
-Você gosta de chegar do nada, não é? - perguntei com a voz um pouco alterada pelo susto. Ele gargalhou.
-É legal surpreender as pessoas no meio dos pensamentos delas... – murmurei um “uhum” e passei a encarar meus pés, que constantemente eram afogados em imensas poças d’água.
-Por que você insiste em falar comigo? – perguntei sem pensar duas vezes. Com sorte, daqui a algumas semanas, eles estariam enfurnados num estúdio de gravação e eu não teria que olhar para o rosto dele.
Joe manteve-se calado por alguns segundos.
-Não sei... talvez eu goste de me socializar. – ele pressionou os lábios. Murmurei um “hum” desinteressado e notei que estávamos chegando à minha rua.
-Tchau, Jonas. Diga a eles que tentei me despedir. – falei sem emoção alguma e segui pela rua quase deserta que eu morava.

10 coment's para o proximo

domingo, 22 de julho de 2012

Capítulo 28

 The best things are free, for sure.

Saímos da do metrô e subimos a escadaria da estação até atingirmos o frio que anunciava que o inverno estava por vir.
Nunca havia ido ao Soho, mas, por estar com 5 meninos, eu não me preocupava. Tanto.
Estávamos caminhando lentamente em direção a lugar nenhum pelas largas calçadas da Totteham Court e seguimos até a esquina da Oxford com a Soho.
Três sujeitos altos caminhavam na direção oposta à nossa e eu senti todos os meus músculos se enrijecerem. Eu não era corajosa, fato.
Assim que eles passaram, soltei minha respiração e a mão que eu havia segurado no momento de tensão, a de Joe. Ótimo.
Passei minha mão na minha perna, como se a limpasse.
Chegamos à tal praça que Liam havia falado. Eu estava realmente com medo. Era escura, e algumas vezes eu escutava os galhos das árvores se mexendo.
-Não tá com medo, né, Lovato? – Jonas implicou comigo e eu o ignorei. De fato, eu não queria admitir que eu estava, sim, com medo. E muito.
-Pára, Joe. – Poyntner me defendeu. – Toma aqui um Marlboro Black. – ele estendeu um cigarro já aceso para mim e eu peguei. Dei uma leve tragada e cruzei minhas pernas por cima daquele desconfortável banco de madeiras onde estávamos os 10 encaixados. Relaxei um pouco, mas eu ainda estava alerta.
James tirou da bolsa de Chelsea uma garrafa de Whisky, o que fez com que todos dessem uma salva de palmas.
-Eu só espero que a gente acabe com isso, porque eu não vou agüentar o peso dessa garrafa! – Jonas fêmea exclamou.
Um grupo de adolescentes mal-encarados entrou na praça e ficou no lado oposto ao nosso. Todos percebemos isso, mas fingimos que não estávamos notando. Ok, eu não conseguia fingir. Estava tensa até o último fio de cabelo.
-Gente... – sussurrei. Ninguém me escutou. – Gente... – falei de um jeito baixo, porém mais alto que um sussurro.
-O que foi, Demi? – Judd perguntou.
-Eu acho bom a gente sair daqui. – afirmei indicando gentilmente o outro lado da praça com a cabeça.
-Ah, nem dá nada! – Joseph falou de um jeito convencido e depois olhou para o outro grupo. – Ok, eu concordo com a Demetria. – ele disse amedrontado. Todos olhamos e notamos que o grupo vinha na nossa direção.
Saímos do banco, tentando disfarçar e saímos da praça em passos largos.
-Olha discretamente pra trás, James. – Chelsea pediu. Todos acompanhamos James dar uma discreta olhada.
-Fodeu! – ele falou com os olhos arregalados. O resto de nós olhou. Notamos que um dos meninos tinha um canivete e não tinha medo de o mostrar.
-Cooorre! – Liam gritou. Disparamos na direção da esquina e entramos num pub que ainda estava aberto, porém quase vazio.
Sentamos em uma mesa, com os rostos corados e as respirações aceleradas. Estávamos chocados demais para falar alguma coisa. Vi que a mão de James tremia, já que o líquido que estava dentro da garrafa que ele segurava estava criando ondas.
Joseph começou a rir e o encaramos.
-Caralho, que insano isso! – ele continuava a gargalhar.
-É, não dá nada, não, Jonas. – retruquei em tom de desdém, e depois comecei a rir. A onda de adrenalina fazia com que eu não parasse de rir e sentisse minha barriga doer. Todas as poucas pessoas que estavam no pub olharam para nós, 10 jovens gargalhando e tremendo.
-Onde você estava com a cabeça quando veio pra cá, Liam? – perguntei quando a crise de risos cessou.
-Eu nunca vim aqui, na verdade. – ele confessou e deu uma risada.
-Já que estamos aqui, vamos aproveitar e curtir! – Chelsea falou com um sorriso infantil. A banda que tocava fazia um cover da Amy Winehouse. (música)

“All I can ever be to you,
(“Tudo que posso ser pra você)
is a darkness that we knew
(é um erro, nós sabemos)
And this regret I got accustomed to
(E a esse arrependimento eu tive que me acostumar)
Once it was so right
(Uma vez eu estava tão certa)
When we were at our high,
(Quando a gente estava alto)
Waiting for you in the hotel at night
(Esperando por você no hotel de noite)
I knew I hadn´t met my match
(Eu sei que não tinha meu par ideal)
But every moment we could snatch
(Mas a gente se via sempre que podia)
I don't know why I got so attached
(Não sei porque me apeguei tanto)
It's my responsibility,
(A responsabilidade é minha)
and You don't owe nothing to me
(Você não me deve nada)
But to walk away I have no capacity”
(Mas não sou capaz de ir embora”)

Levantamos e ficamos fazendo algumas coreografias toscas para a música, provocando boas risadas nas pessoas próximas a nós. De certa forma, me identifiquei um pouco. É, eu sempre dou um jeito de achar uma trilha sonora.
Os atendentes vieram reclamar e nós sentamos. Creio que eles perceberam que nós não havíamos feito pedido algum desde que entramos lá.

”I don't understand
(“Não consigo entender)
Why do I stress a man,
(Por que eu me estresso com um homem)
When there's so many better things at hand
(Quando existem tantas coisas melhores ao alcance)
We could have never had it all
(Nunca deveríamos ter tido nada)
We had to hit a wall
(Tínhamos que ter deixado pra lá)
So this is inevitable withdrawl
(então isso é uma retirada inevitável)
even if I stopped wating you,
(Mesmo se eu parar de te querer)
A perspective pushes through
(Uma perspectiva acaba)
I'll be some next man's other woman soon”
(Serei a outra próxima mulher de um cara em breve.”)

(p.s. – não sei se essa tradução tá certa, mas só achei essa, então...)

A vocalista parecia que estava morrendo ao cantar. Talvez ela estivesse embriagada. Nada mais cover da Amy do que cantar bêbada. [n/a: nada contra a Amy, amo as músicas dela *-*].
-Bom, já que não podemos fazer coreografias em pé, fazemos sentados... – Daniella, a peste, sugeriu. Começamos a levantar os braços e movimentá-los sincronizadamente de um lado para o outro.
Um outro atendente se aproximou e nos “convidou a se retirar”. Olhamos para trás e vimos um casal protestar, falando que nós não estávamos fazendo nada demais. Estávamos prestes a sorrir de forma vitoriosa quando o atendente insistiu que nos retirássemos. Demos de ombro e passamos por ele com caras nada boas. Joe, que estava na minha frente, ao passar por ele, estufou o peito. Não contive uma risada e Joseph olhou para mim.
-Que é? – perguntei, fechando meu sorriso.
-Garota doida... – ele resmungou em um tom baixo tornando a olhar para frente.

Fomos até a Golden Square, que era mais “habitada” do que a Soho Square. Sentamos próximo à estátua e começamos a falar de assuntos variados, desde a faculdade que os meninos iriam entrar, até o que faríamos se outros pivetes aparecessem.
Selena, My e Chelsea estavam sentadas nos colos de seus respectivos namorados e passaram a falar menos, se é que me entendem. Já eu, Dani, Kevin e Joe ficamos sem o que falar, logo, bebíamos e fumávamos para passar o tempo. Vez ou outra eu me intrometia no assunto de Paul Kevin e Joseph – embora eu falasse olhando para o Judd fixamente-, e vice-versa.
Eu queria ser como a Daniella, ela nunca se abalava com o que quer que Kevin dissesse, e tinha esquecido dele. Ou pelo menos aparentava. E era isso que eu mais invejava.
-Vocês deviam ter trazido o violão. – comentei enquanto observava as cinzas do meu cigarro caírem e sujarem o chão.
-Eu sabia que tinha esquecido de alguma coisa! – Jonas murmurou para ele mesmo.
-Mas imagina você correndo com o violão pendurado nas costas. – Nicholas, que tinha dado um tempo nos amassos, gargalhou. Imaginei a cena e comecei a rir descontroladamente. O mesmo aconteceu com os outros.
-A gente podia cantar, já que falta o violão... – My sugeriu.
-Close your eyes and I’ll kiss you... - Liam cantou no ouvido dela, que ficou constrangida e sorriu abobalhada.
-QUE BREGA! – Kevin, Joe, Daniella e eu gritamos.
-Recalcados. – os casais retrucaram rindo.
Olhei para Dani e comecei:
-I don't need love... - Daniella sorriu e continuou comigo.
-For what good will love do me? Diamonds never lie to me. For when love's gone, they'll luster on. – nos levantamos do banco e começamos a rodopiar ao mesmo tempo em que cantávamos.
-Diamonds are forever, Sparkling round my little finger. Unlike men, the diamonds linger... – fomos interrompidas por um gemido de Liam.
-TACARAM UM CABIDE EM MIM! – ele gritou aterrorizado. Todos rimos e procuramos quem teria atirado. Localizamos uma janela que estava aberta e com a luz acesa. E já que era a única, deduzimos que fosse de lá que o cabide veio.
- Men are mere mortals who are not worth going to your grave for! – gritei/cantei olhando para a janela. Uma senhora apareceu com uma expressão mal humorada e fechou a janela. –Essas pessoas não sabem apreciar o talento alheio! – berrei novamente em direção à janela e ri.
-Alguém esqueceu de dar o remédio dela hoje, né? – Nicholas “sussurrou” para Sel, que ria. Estirei a língua para ele e sentei no meu antigo lugar.
-Ainda tem cigarro? – perguntei depois alguns segundos em silêncio. Liam, que se agarrava com My, me estendeu a caixa sem deixar de fazer o que estava fazendo. Peguei um cigarro e roubei o de Kevin para acender o meu.
Sentir aquela fumaça invadir minha garganta. Era estranho, mas... bom. Olhei Joe fazendo anéis com a fumaça e tentei fazer, mas não deu certo e eu acabei tossindo. Ele olhou para mim e riu. Desviei o olhar e virei meu rosto, numa tentativa de impedi-lo de ver que eu ainda tentava.
Fracassei por várias vezes e tudo o que eu consegui foi tossir e/ou engolir a fumaça, sem soltá-la. Quando o cigarro foi completamente consumido pelo fogo, joguei a piteira no chão e pisei nela.
Abri a caixa do L.A. de cereja e tentei acender sozinha, mas não consegui porque o fogo incomodava meus olhos. Estava prestes a desistir quando Joe se sentou ao meu lado, pegou o cigarro de meus lábios sem dizer nada, e o acendeu.
-Brigada. – murmurei friamente, pegando meu cigarro de volta. Voltei a tentar fazer os anéis de fumaça.
Algumas tentativas a mais, e nada. Soltei um suspiro frustrado e comecei a tragar normalmente.
-Você tá fazendo errado... – ele comentou. Mirei seu rosto, que estava iluminada pela fraca luz branca do poste, e fiz uma expressão sarcástica.
-Não me diga! – voltei a encarar o arbusto à minha frente, que subitamente pareceu muito mais interessante que qualquer outra coisa. Joseph ignorou meu comentário e falou enquanto eu tragava.
-Tem que mover o queixo pra dar a forma.
-Uhum. – murmurei, fingindo desinteresse. O fitei com o canto dos olhos e vi que ele não me olhava mais. Fiz o que ele disse e consegui na segunda tentativa. Escutei-o rir.
-Eu disse. – ele se vangloriou. O encarei com uma expressão tediosa.
-Quer palmas? – ironizei.
-Suas não, obrigado. – Joseph fechou o sorriso e voltou a fumar em silêncio. Sorri vitoriosa e voltei a fazer os anéis. Era divertido, admito.

-Tô cansado daqui... – Kevin comentou após um suspiro cansado.
-Vamos rodar sem rumo, então? – Joe indagou. Paul Kevin concordou.
-Quem está conosco? – Judd perguntou.
-Ah, que se dane. - Daniella murmurou para si mesma. – Eu. – ela falou sem emoção para ele.
-Eu. – levantei o braço.
-Nós. – os outros 6 disseram. Levantei e os outros fizeram o mesmo. Começamos a caminhar na direção de lugar nenhum.

-DE JEITO NENHUM! NÃO ENTRO AÍ! – protestei à porta daquela... loja.
-Ah, Demetria, deixa de frescura. – Chelsea disse.
-Frescura nada! – continuei protestando. - Vocês são pervertidos. – adicionei ao meu protesto.
-Então tá. Fica aí sozinha. – SOZINHA? ÀS 5 DA MANHÃ? E NO SOHO?
-Ok, eu vou. – me dei por vencida. Ela deu um sorriso vitorioso e entrou comigo em seu encalço naquela loja asquerosa. Não me chame de puritana!
-Por que nós estamos aqui mesmo? – indaguei a mim mesma. My, que estava ao meu lado, respondeu:
-Porque vocês são 4 foguentos que quiseram sair de lá.
-O Jonas que é o foguento da história, não se esqueça. – observei. Ela riu e me empurrou na direção de uma prateleira lotada de vibradores. Um deles começou a se mexer na minha frente e eu não pude evitar um grito de sair.
Todos começaram a rir, inclusive a vendedora tatuada.
Deus, como isso era constrangedor!
Chelsea e James entraram na sessão de lingerie, enquanto Joseph e Judd foram para os vídeos. Permaneci encostada à parede, sem mexer em nada. Os outros se divertiam lendo o que cada coisa fazia. Eu os observava e cheguei à conclusão de que a comparação mais aproximada seria que eles estavam como crianças em loja de brinquedos. E, de fato, essa era uma loja de brinquedos.
-Demetria! – Daniella me chamou. – SEGURA! - Desviei meu olhar do piso preto e branco, e tudo o que eu pude ver foi algo de borracha vindo na minha direção e me acertando no peito.
-VOCÊ É LOUCA? – berrei, assustada. Todos gargalhavam. A vendedora até havia se apoiado no balcão de tanto que ria. Olhei para o chão e vi aquela coisa rosa imensa se debatendo contra o azulejo. Sério, o tamanho daquilo era surreal.
Peguei com uma expressão séria e procurei o botão que desligava. Assim que o encontrei, apontei para Daniella com “aquilo” e falei:
-Tá pensando em comprar um novo? Acho que esse é menor do que o que você tem, meu amor. – dei um sorriso sarcástico e me aproximei dela. Deixei em sua mão e saí da loja em passos firmes. Coloquei as mãos nos bolsos do casaco e resmunguei para mim mesma:
-Idiotas. Tomara que eu seja seqüestrada aqui fora. – peguei o último cigarro do meu bolso e acendi. Acho que estava ficando viciada naquilo. Fiquei observando a fumaça do cigarro perambular pelo ar até que todos saíssem da loja. Notei que Chelsea possuía uma sacola em mãos e dei uma risadinha.
-Vamos, pureza em pessoa. – Dani me zoou. Lancei um olhar de poucos amigos a ela e fiz o caminho até a casa de Chelsea em silêncio. Às vezes eu opinava em algumas coisas, mas eu não estava com um espírito “tagarela”.
Assim que cheguei em casa, me preparei para voltar à antiga rotina “depressão no domingo-suicídio na segunda”.

10 coment's para o proximo

Poisé, Joe so que se aproveita!!
suashua
A historia ja esta acabadno meninas!!
Xd
Então comentem MUUUIITOOO..........